Category Archives: Gourmet

The Gin Box e o Time to Market

Os cocktails de gin foram a febre deste Verão… Moda ou tendência? Não saberia dizer… Pareceu-me uma moda mas os próximos meses e o próximo Verão o dirão… Se for uma tendência esta caixa que a The Gin Box lançou no mercado é um conceito bem pensado e terá tudo para ser um sucesso neste Natal e nos tempos mais próximos… Podem descobrir mais no facebook ou na loja online… Se for apenas uma moda pode tornar-se um bom exemplo de como o Time to Market é importante e como chegar ao mercado no final do Verão pode ser tarde demais… A seguir com atenção este e outros produtos que eles venham a lançar porque este criador parece ser atento, imaginativo e gostar de qualidade… Fiquem com a imagem em preto (também disponível em branco)…

Meia dúzia

Este post hoje é dedicado a um grupo de alunos que quis apostar na inovação em embalagem mas ainda não teve uma boa ideia… A boa ideia aqui foi simplesmente meter as compotas dentro de bisnagas. Enquanto a maioria pensa em como criar algo que as substitua estes dois irmãos que criaram a Meia dúzia, de acordo com esta notícia no Público um Eng Químico e a outra Engª Alimentar, resolveram trilhar o caminho contrário… Com grande sucesso que lhes deu visibilidade inclusivamente na Wallpaper. Uma boa ideia pode ser tão simples quanto isto… Para mais informação ou descobrir mais sobre o produto basta aceder ao site

“Jorge Ferreira, 38 anos, é engenheiro químico e trabalha na área da consultadoria. Gosta de pintar nos tempos livres e começou a imaginar um produto que pudesse ser comercializado nas bisnagas metálicas que os pintores costumam ter no estúdio. ”

Chobani Greek Yogurt

As  revistas de gestão adotaram este novo case study e nas redes não se fala de outra coisa… E eu que tenho o recorte em cima da minha mesa de trabalho desde o final de Agosto não posso continuar a fugir a falar deste fenómeno. Comecemos pelo início na primeira pessoa:

“I’ve always loved yogurt—the thick kind I grew up eating in Turkey, where my mother made it from scratch on our family’s dairy farm. When I moved to the United States, in 1994, I found American yogurt to be disgusting—too sugary and watery. If I wanted yogurt, I usually made it myself at home. So when I came across a piece of junk mail advertising a fully equipped yogurt factory for sale, in March 2005, I was curious. The factory was about 65 miles west of the feta cheese company, Euphrates, that I’d started in upstate New York a few years earlier. In 2005 Euphrates had fewer than 40 employees and about $2 million in sales; it was barely breaking even.

Kraft owned the yogurt factory, and it had decided to get out of the yogurt business. The advertisement showed some photographs of the building, which had been constructed in 1920 and appeared to be in rough shape. The best thing about the place was the price: less than $1 million. Some of the individual machines would cost more than that if purchased new.  I was able to borrow the money to buy the factory—and after Chobani hit the market, I financed our growth through further bank loans and reinvested profits.”

 

 

2005: Hamdi Ulukaya buys an old Kraft yogurt plant in upstate New York.

2006: The plant makes U.S.-style yogurt for other companies, while Ulukaya and a Turkish-born yogurt maker develop the Chobani recipe.

2007: The first cup of Chobani hits grocery shelves in Great Neck, New York.

2009: Chobani becomes the best-selling brand of Greek yogurt in the United States.

2010: Chobani becomes the best-selling brand of all yogurt in the United States and expands to Canada and Australia.

2013: Chobani sales are expected to top $1.3 billion.

 

Haveria tanto para dizer mas deixo-vos com esta imagem da HBR é uma magnífica descrição do que é uma inovação disruptiva na sua criação de mercado. E o que é surpreendente com o Chobani é como se cria uma inovação disruptiva a partir da introdução num mercado de um produto que é na base um produto tradicional e sem grande novidade tecnológica, mas com uma leitura das tendências de mercado que o leva ao sucesso. Se se consegue criar um mercado de mais de 2 mil milhões de euros a partir do iogurte grego que mercados e de que valor conseguiríamos criar a partir de alguns dos nossos produtos tradicionais? Necessito de voltar aqui ao apelo em favor das natas e do frango de churrasco?

 

E já agora a minha homenagem a Hamdi Ulukaya que soube sonhar a mudança, acreditar nela, e trabalhar para a fazer acontecer.

 

 

Coisas de fim de Verão: Os gelados da Fabridoce

Como era fim de semana resolvemos provar os gelados da Fabridoce. Fica-se sempre com vontade de testar os produtos mais curiosos… E estes gelados de sabores tão locais deixaram-me com água na boca e bastante intrigado. Confesso que não tinha grandes expectativas relativamente a um gelado  de ovos moles… Mas estava enganado… Provamos este e o de requeijão com doce de abóbora e são ambos gratas surpresas que me deixam cheio de vontade para testar os de frutas. Muito interessante também as parcerias, desde logo com a APOMA para o de ovos moles, mas também com a Sabores da Idanha para o requeijão, a Confraria dos sabores da abóbora para o doce de abóbora… Imagino que para a banana da Madeira e os mirtilos se tenham feito parcerias idênticas… É pena que o site da marca seja tão limitado… Esta reportagem na SIC é no entanto muito esclarecedora e um bom exemplo de desenvolvimento de um novo produto, e de como dar uma nova roupagem e encontrar novos mercados para coisas tipicamente portuguesas…

Empadaria

O que leva um chef consagrado a dedicar-se ao fast-food?… Um alargamento do mercado? Não sei, mas para todos os que não temos oportunidade de desfrutar das refeições criadas por Avillez nos seus espaços mais consagrados temos agora a Empadaria do Chef.  Um conceito simples aliando temas importados a sabores nacionais e que aumenta a qualidade de vida de quem, mesmo que ocasionalmente, tenha que comer numa praça de alimentação de um centro comercial… A empada de cozido à portuguesa, ou a de alheira (provada esta semana em Lisboa) reconstroem com sucesso temas da gastronomia nacional. Uma ideia de produto bem conseguida e já disponível também no norte do país…

 

Ouriços de Castanhas

Mesmo de viagem não podia esquecer que é dia de São Martinho … E por isso a minha escolha de produto hoje vai para o Ouriço de Castanha criado por Eurico de Castro da Sweet Gourmet. O pasteleiro transmontano resolveu criar um produto gourmet para valorizar uma das riquezas da terra e, de férias em NY aproveitou para fazer uma avaliação do produto numa prova pública. O sucesso junto dos potenciais consumidores encorajou-o no lançamento do novo produto. Para já apenas disponível na Rota dos Sabores, em Bragança…

Inovação alimentar

Chegou-me por mail uma chamada de atenção para esta interessante reportagem da RTP no programa O Nosso Tempo. Entre os 10′ e os 20′ podem assistir a um conjunto de peças sobre a inovação em grandes empresas como a Compal (de onde vêm as ideias para os novos sabores de sumos?) e Néstle, ou pequenas empresas pouco conhecidas como a b.muu que faz concept burger ou a ELLG gourmet.  É só seguir o link. Vale a pena gastar estes 10 minutos a descobrir um pouco mais sobre a inovação na indústria alimentar e de como inovar pode ser tão divertido e custar tão pouco… Atrevam-se… E já agora ficam com links para estas empresas mencionadas no vídeo caso queiram descobrir mais sobre elas…

What else? Eric Favre…

Há imenso tempo que quero falar-vos da Nespresso, mas “what else” pode alguém dizer sobre a Nespresso que não seja conhecido ou intuído por todos… É um dos mais fabulosos produtos da última década congregando múltiplas tendências e assuntos abordados ao longo de toda a disciplina. De facto quase se poderia estruturar DPQ em torno do Nespresso como Case Study… E quem diria que tem apenas uma década de vida? Inventado em 1975 por Eric Favre “aprés, il faudrait le vendre”… A primeira patente de fazer cafés com uma cápsula data de 1996, as primeiras máquinas chegaram ao mercado em 2000… E hoje são mais de 70 patentes que protegem o conceito (máquina, cápsula, serviço… Notem aqui o serviço!!…) E com as primeiras patentes a expirar em 2012 e a concorrência a lançar-se neste mercado mais que apetecível que surpresas no reserva a Nestlé para se manter na liderança neste mercado que tem crescido a 30% ao ano durante os últimos 10 anos?… Dificilmente se consegue encontrar exemplo mais dramático de uma inovação disruptiva na indústria de produtos químicos (talvez o pequeno comprimido azul…) Por vezes a admiração faz-nos ficar sem palavras… Não era um post mas um livro com toda a sua história que a cápsula merecia…
Fica a invenção do processo Nespresso contado pelo seu próprio inventor: Eric Favre, que saltou da banheira a gritar “zut (plutot merde)”… Um indíviduo e uma história a descobrir…