Category Archives: Tendências

The Gin Box e o Time to Market

Os cocktails de gin foram a febre deste Verão… Moda ou tendência? Não saberia dizer… Pareceu-me uma moda mas os próximos meses e o próximo Verão o dirão… Se for uma tendência esta caixa que a The Gin Box lançou no mercado é um conceito bem pensado e terá tudo para ser um sucesso neste Natal e nos tempos mais próximos… Podem descobrir mais no facebook ou na loja online… Se for apenas uma moda pode tornar-se um bom exemplo de como o Time to Market é importante e como chegar ao mercado no final do Verão pode ser tarde demais… A seguir com atenção este e outros produtos que eles venham a lançar porque este criador parece ser atento, imaginativo e gostar de qualidade… Fiquem com a imagem em preto (também disponível em branco)…

CR7 e a Pepsi: Previsões de Lindstrom take 2

Não vou dar notícia que a esta hora todos conhecem já as imagens infames da campanha da Pepsi tendo como protagonista o CR7… Relembremos…

Vale a pena menciona-las aqui pelo exemplo paradigmático de uma campanha que acaba por se virar contra o anunciante. Não deixarei de usar este exemplo nas minhas aulas ao longo dos próximos anos junto com a da campanha da Cacharel. É uma das previsões sobre o futuro do marketing de Martin Lindstrom “Predicts that a consumer backlash will happen against brands that are pushing too hard and being unethical.” Díficil encontrar melhor exemplo do que esta campanha da Pepsi…

Meia dúzia

Este post hoje é dedicado a um grupo de alunos que quis apostar na inovação em embalagem mas ainda não teve uma boa ideia… A boa ideia aqui foi simplesmente meter as compotas dentro de bisnagas. Enquanto a maioria pensa em como criar algo que as substitua estes dois irmãos que criaram a Meia dúzia, de acordo com esta notícia no Público um Eng Químico e a outra Engª Alimentar, resolveram trilhar o caminho contrário… Com grande sucesso que lhes deu visibilidade inclusivamente na Wallpaper. Uma boa ideia pode ser tão simples quanto isto… Para mais informação ou descobrir mais sobre o produto basta aceder ao site

“Jorge Ferreira, 38 anos, é engenheiro químico e trabalha na área da consultadoria. Gosta de pintar nos tempos livres e começou a imaginar um produto que pudesse ser comercializado nas bisnagas metálicas que os pintores costumam ter no estúdio. ”

Bubleology

De regresso de férias uma rápida passagem de uma horas por Londres que não podia deixar de ser aproveitada para ver as novidades… Travel bags com embalagens de menos de 100 mL já não o são mas chegou já aos produtos de segmento alto

Os bubble tea também não são uma novidade. Misturando chá com bolas de tapioca têm um aspeto, textura e sabor muito populares. Apareceram em Taiwan nos 80’s, continuam muito populares no oriente, tendo-se entretanto espalhado pelo mundo.

Mas a Bubbleology é uma  nova cadeia particularmente interessante pela forma como assume a química como uma imagem de marca.

Notem a montra do bar. Da foto não se percebe imediatamente do que se trata.

A química tem andado arredada das preferências do grande público. Tornou-se adjetivo para qualificar coisas de má qualidade por contraponto ao natural. O natural é uma das grandes tendências atuais na alimentação, mas a Bubbleology parece estar a presentir uma mudança de paradigma (e a contribuir para ele). Toda a decoração é feita com material de vidro de laboratório  e o seu interior parece um laboratório.

Mas a surpresa não ficaria por aqui. Um dos sucessos em cena era

Parece que a sociedade se está a reconciliar com a ciência…

Coração de fruta

O outro prémio da Nutrition awards foi para a Frulact e chegou ao meu mail como muitas outras notícias de novos produtos desta empresa porque ex-alunos da UA estiveram envolvidos no seu desenvolvimento. A ideia conceptualiza a introdução do conceito “fun” no consumo de fruta. Fica a transcrição da notícia do Público sobre este assunto:

“Imagine-se um coração de kiwi, uma estrela de morango ou um nome escrito em letras de pêssego: foi também à volta da fruta que se pôs a trabalhar a empresa agro-alimentar Frulact. A fruta já é há muito tempo a base do seu trabalho – é a Frulact quem trata a fruta que é depois integrada em iogurtes de várias marcas. Mas desta vez decidiram testar a ideia de um dos funcionários e tentar desenvolver fruta moldada em diferentes formas.

A base utilizada é uma fonte amiloproteica, que pode ser sêmola de trigo duro, glúten, farinha de arroz ou farinha de milho, e depois uma fonte de fruta (também podem ser usados vegetais ou cacau) que pode representar até 98% do produto final.

A ideia é que daqui saia fruta nas formas que se quiser: estrelas, corações, letras ou outra qualquer, que podem ser consumidas em separado ou colocadas em iogurtes outoppings de gelados, por exemplo. O produto, baptizado como FruShape, ainda não está no mercado porque a empresa procura agora um parceiro interessado em comprar uma parte da produção suficiente para justificar o investimento em maquinaria.”

Chobani Greek Yogurt

As  revistas de gestão adotaram este novo case study e nas redes não se fala de outra coisa… E eu que tenho o recorte em cima da minha mesa de trabalho desde o final de Agosto não posso continuar a fugir a falar deste fenómeno. Comecemos pelo início na primeira pessoa:

“I’ve always loved yogurt—the thick kind I grew up eating in Turkey, where my mother made it from scratch on our family’s dairy farm. When I moved to the United States, in 1994, I found American yogurt to be disgusting—too sugary and watery. If I wanted yogurt, I usually made it myself at home. So when I came across a piece of junk mail advertising a fully equipped yogurt factory for sale, in March 2005, I was curious. The factory was about 65 miles west of the feta cheese company, Euphrates, that I’d started in upstate New York a few years earlier. In 2005 Euphrates had fewer than 40 employees and about $2 million in sales; it was barely breaking even.

Kraft owned the yogurt factory, and it had decided to get out of the yogurt business. The advertisement showed some photographs of the building, which had been constructed in 1920 and appeared to be in rough shape. The best thing about the place was the price: less than $1 million. Some of the individual machines would cost more than that if purchased new.  I was able to borrow the money to buy the factory—and after Chobani hit the market, I financed our growth through further bank loans and reinvested profits.”

 

 

2005: Hamdi Ulukaya buys an old Kraft yogurt plant in upstate New York.

2006: The plant makes U.S.-style yogurt for other companies, while Ulukaya and a Turkish-born yogurt maker develop the Chobani recipe.

2007: The first cup of Chobani hits grocery shelves in Great Neck, New York.

2009: Chobani becomes the best-selling brand of Greek yogurt in the United States.

2010: Chobani becomes the best-selling brand of all yogurt in the United States and expands to Canada and Australia.

2013: Chobani sales are expected to top $1.3 billion.

 

Haveria tanto para dizer mas deixo-vos com esta imagem da HBR é uma magnífica descrição do que é uma inovação disruptiva na sua criação de mercado. E o que é surpreendente com o Chobani é como se cria uma inovação disruptiva a partir da introdução num mercado de um produto que é na base um produto tradicional e sem grande novidade tecnológica, mas com uma leitura das tendências de mercado que o leva ao sucesso. Se se consegue criar um mercado de mais de 2 mil milhões de euros a partir do iogurte grego que mercados e de que valor conseguiríamos criar a partir de alguns dos nossos produtos tradicionais? Necessito de voltar aqui ao apelo em favor das natas e do frango de churrasco?

 

E já agora a minha homenagem a Hamdi Ulukaya que soube sonhar a mudança, acreditar nela, e trabalhar para a fazer acontecer.

 

 

Origami para sem abrigo

No seguimento do artigo sobre calçado origami fizeram-me chegar este sobre abrigos origami para sem abrigo ou para situações de catástrofe. O Cardborigami é uma criação da designer Tina Hovsepian e consiste num abrigo feito de cartão, usando os conceitos do origami, capaz de proporcionar um alojamento temporário.

A simplicidade do conceito, os materiais, e o objetivo do trabalho fazem disto uma boa ideia a caminho de se tornar uma inovação. Para isso só lhe falta chegar ao mercado, e para isso conta com uma campanha de crowdfunding no GoFundMe. Para quem quiser contribuir…

Café e Coreia

Patent applications for coffee-related products surge

SEOUL, Oct. 2 (Yonhap) — The number of new applications submitted to the country’s copyright agency for coffee-related products and brands surged in 2012 from four years earlier, data showed Wednesday.

Around 1,100 coffee-related trademark applications were filed in 2012, rising sharply from an annual figure of 300 cases tallied in 2008, according to the Korean Intellectual Property Office.

Esya foi a notícia que li num jornal económico coreano de regresso à Europa. Mas bastava olhar para os expositores para perceber como as bebidas à base de café inundaram o mercado. Vejam as fotos abaixo.

Mas olhar para os expositores de um país estrangeiro é muito interessante de variadas formas e descobrem-se surpresas… Vejam o interesse dos coreanos em bebidas energéticas (de novo a cafeína) e em particular o Guaraná… Este V tem 30% mais cafeína que um Red Bull…

E a venda de suplementos alimentares como bebidas

E em particular o Gurosan Coreano ( com o sugestivo nome de Dawn…)