Nas últimas semanas tivemos a divulgação de 3 resultados comparativos na Educação. Já aqui se abordou cada um deles, mas agora e dada a oportunidade será “3 em 1” (os dois primeiros em: http://iave.pt/np4/310.html):
- TIMSS 2015 (ver por exemplo: http://www.cnedu.pt/pt/noticias/internacional/1178-resultados-dos-alunos-no-teste-internacional-timms-2015)
- PISA 2015 (http://www.cnedu.pt/pt/noticias/internacional/1179-resultados-pisa-2015#.WEbuL-pSxLc.facebook) e o
- Ranking das Escolas Portuguesas de 2016 (base de dados em vários jornais Portugueses como em: http://www.publico.pt/ranking-das-escolas-2016/listas).
Sobre cada um tem existido um conjunto variado de artigos de opinião em jornais e na blogosfera com ênfase em diferentes questões e “aproveitamentos político-partidários” como se ilustram com os seguintes títulos (para aceder à notícia ou opinião completa clicar em cima do título):
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Alunos do 4.º ano melhoram na matemática, mas tropeçam nas ciências;
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“Ainda as reacções ao TIMSS“;
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PISA 2015: alunos portugueses ficaram pela primeira vez acima da média da OCDE;
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As tentações de Crato e da direita perante os resultados do PISA
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São públicas, inseridas em meios pobres, mas estão no topo do “ranking do sucesso”;
De toda esta informação destaco 3 ideias:
- Há uma melhoria clara dos resultados dos alunos Portugueses, com destaque para a Matemática; esta tem sido crescente e, no PISA, é caso único entre os países participantes.
- Esta melhoria resulta de um conjunto de medidas políticas, com destaque para os Programas de Formação de Professores do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico (CEB) a Matemática, Ciências e Português, entre 2005 e 2010, que influenciaram, muito provavelmente os resultados do PISA e Rankings. Mas, tendo em conta que estas questões são complexas e multi-dimensionais, considero que o fator determinante para esta melhoria do sucesso escolar dos alunos nestas provas e comparações foi o profissionalismo dos Professores.
- Se não forem tomadas medidas urgentes estes resultados dificilmente continuarão a melhorar, como já evidenciam os resultados dos alunos do 4.º ano de escolaridade a Ciências no TIMSS. Uma delas prende-se com uma revisão profunda do programa de Estudo do Meio do 1.º CEB, do início dos anos 90, que deve ser (re)visto em articulação com os programas e metas das Ciências Naturais do 2.º e 3.º CEB (sobre os quais na altura da sua discussão aqui deixamos a nossa discordância – “Parecer e Novas Metas de Ciências” (http://blogs.ua.pt/ctspc/archives/848).
Boas festas e com um ano de 2017 com êxito educativo para todos.