É fácil nos dias que correm não usar o pensamento crítico e deixar a irracionalidade imperar no “bota abaixo”. Sempre tentei, neste espaço e sobre as questões educativas, em específico, e sociais e tecnológicas, em geral, que tal não se verificasse e não cair, por exemplo, em falácias como a do ataque pessoal. E vou tentar que tal continue, mesmo vivendo tempos de “crise” económica, mas também social e de valores!
Neste contexto, é com apreensão que tenho assistido à tomada de decisões sobre política educativa e ainda mais às questões que se avizinham, entre as quais destaco as seguintes sob a forma de questões:
- O que considera este Ministério de Educação como essencial nos currículos? Quem é (que conhecimento, experiência, …) que está a fazer a dita revisão curricular? Relembra-se que, e tal como já também se escreveu e fundamentou aqui, do ponto de vista dos currículos, as nossas orientações estão em coerência com as grandes tendências e relatórios de estudos internacionais, mas ainda não chegaram às práticas de sala de aula. O que pensa o Sr. Ministro fazer para mudar tal situação?
- Como e quem irá fazer os exames e as provas de aferição? E para quando alargadas no ensino básico à Ciências experimentais? O Currículo não é nem pode ser só Língua Portuguesa e Matemática!
- Como será a prova de acesso à profissão? Centrada em conhecimentos, quando os currículos das unidades curriculares da formação de professores, até por imposição do processo de Bolonha, estão centradas em competências?
- O que se pensa mudar no concurso dos futuros professores, especialmente entre os do 2º CEB que têm um inovador modelo?
- Que mudanças se vão fazer na avaliação de desempenho de Professores? e Como lidar e melhorar o ambiente (que me parece pouco propício a uma educação plena) que se vai vivenciando nas escolas (e que é um espelho do sentir social nacional)?
- Qual a fundamentação (além da falta de recursos financeiros) para algumas das opções feitas, por exemplo, em encerrar escolas com mais de 20 alunos em zonas interiores que assim “afundam-se na desertificação” sem futuro?
- …
