3 comentários em “Pensamento Crítico e Educação Ambiental”

  1. O pensamento crítico pode ser desenvolvido em sala de aula através do debate ou discussão sobre um tópico relativo à educação ambiental. No trabalho que estamos a desenvolver, há uma actividade em que os alunos são levados a questionar-se sobre a utilização dos biocombustíveis. O objectivo é que analisem as vantagens e as desvantagens que têm e apresentem argumentos a favor ou contra a utilização destes combustíveis. No entanto, este tipo de sessões pode relacionar-se com uma infinidade de temáticas. Dou o exemplo da extinção de certas espécies (animais ou vegetais) devido à sua sobreexploração por parte do Homem.
    Pode parecer complexo para crianças ao nível do 1.º Ciclo trabalhar estas temáticas mas, como referem Howe, Robert W.; Warren, Charles R. no artigo referido através do link, uma vantagem da educação ambiental é que pode ser abordada de uma forma adaptada às crianças e ao seu nível de aprendizagens. Além disso, quando trabalhados, esses problemas podem ser melhor compreendidos porque remetem para situações reais, podendo até ser simulados.

  2. ARTIGO – EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SÉCULO XXI – REAVALIANDO PARADIGMAS
    1.

    Roosevelt S. Fernandes é coordenador do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS – http://www.nepas.com.br

    No seu sentido mais amplo, educação significa o meio formal (ação do Estado) e informal (ação difusa) em que os hábitos, saberes, costumes, maneiras de interagir com o ambiente e valores de uma comunidade, são transferidos de uma geração para a seguinte.
    Por sua vez, a educação ambiental é uma dimensão da educação, atividade intencional que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando a potencializar a prática social e a ética ambiental.
    Tais conceitos servem como pano de fundo para a nossa reflexão: o princípio do desenvolvimento sustentável não é mais o caminho único para enfrentar as diferentes facetas da temática ambiental. Ou seja, já passamos da fase do “desenvolvimento sustentável”; a hora agora é da “produção e consumo sustentáveis”.
    Para isso, as ações de governo e as pressões da sociedade devem ter a adequada, imediata e responsável resposta – com práticas sustentáveis – por parte do setor produtivo, sem a qual não há como levar o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
    Por outro lado, nesse caso, ao analisar a posição das maiores economias mundiais, observa-se uma nítida preocupação com a crise financeira, porém, com um discurso vago e breve em relação à problemática ambiental.
    No entanto, entre o contexto limite das visões dos pesquisadores e dos políticos, persiste uma análise de idêntica importância, ainda não suficientemente abordada, voltada a saber como a sociedade está preparada para, depois de devidamente informada, pressionar por soluções proteladas, aceitar as consequências da adoção das mesmas e, sobretudo, como nossos futuros gestores, no horizonte do curto e médio prazo, estão preparados não apenas para implementar as propostas conhecidas, mas gerar novas e efetivas respostas para o cenário que a sociedade deverá enfrentar, já que o tempo, nesse novo contexto, é uma variável progressivamente mais crítica.

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