Com este título – “Processo Revolucionário em curso” o jurista Pedro Lomba escreveu ontem no jornal Público que a formação online que as universidades, como a prestigiada Harvard, estão a oferecer vão provocar uma revolução.
A este respeito defende:
“Numa visão optimista, esta entrada em força na Internet por parte das grandes universidades permitirá expandir ainda mais o seu poder e comercializar os seus serviços. Numa visão pessimista, isto pode ser para as universidades o equivalente ao que aconteceu à industria discográfica, aos livros e à imprensa escrita. Em suma: uma revolução.”
Concorda?
Creio que a palavra correcta seria evolução.
As universidades de referência dos USA apanharam o comboio do conhecimento tardiamente e de forma, por enquanto, inadequada. Diria até que o peso das mesmas poderá atrasar a correcta distribuição, integração e avaliação do conhecimento.
Daquilo que me foi dado ver, podemos agora assistir a aulas gravadas pelos mais conceituados professores a nível mundial, mas pouco mais.
Para fechar o círculo seria preciso ir mais além:
– a informação deve ser prestada de forma apelativa e motivadora para o aluno;
– o material deve permitir fazer pausas e aumentos na velocidade de transmissão para absorção desde ou daquele conceito que possa ser mais ou menos importante;
– a universidade deve aprender com a industria dos jogos por forma a fornecer um feedback sobre o nível que atingiu o aluno;
– a universidade deve criar plataformas online de troca de experiências do tipo Google Hangout e em simultâneo permitir o mesmo in situ.
No dia em que a aprendizagem for feita pelo aluno em casa, ou no comboio, e a realização dos trabalhos/discussões for realizada em sala, então teremos um sistema que já não será Taylorista, mas será adaptado as necessidades e ritmos de cada um.
Caro Luís Penha,
Obrigado pelo contributo e posição sobre esta questão. Concordo na globalidade com o referido.
Todavia, como se pode verificar pela imensidão de conteúdos que estão no iTunesU, as questões didático-pedagógicas estão quase ausentes na maioria da formação online que conheço e está aberta ao público em geral. Aliás, muita dessa formação apresenta informação e não conhecimento!
Existem, mesmo assim, alguns bons exemplos e alguns deles estão a ser implementados em várias universidades, como a de Aveiro. Vamos ver os resultados e acompanhar a investigação neste área que vai sendo produzida, como a dissertação de mestrado que está em: http://ria.ua.pt/handle/10773/1414