Alguns dos avanços da investigação em educação apontam no sentido da necessidade de se repensar a formação inicial e continuada dos professores. Destacam-se hoje e neste espaço dois artigos.
O primeiro artigo em que sou um dos autores (banner abaixo) aponta para as diferentes competências digitais dos professores portugueses da área das Ciências e Matemática e a urgência de formação de qualidade que proporcione aos mesmos a possibilidade de potenciarem criticamente o uso das ferramentas digitais no processo de ensino / aprendizagem das disciplinas do ensino básico e secundário das referidas áreas. E as diferenças estatísticas entre professores destas áreas merece reflexão aprofundada.

O segundo artigo (também ao fundo) e fazendo uso dos destaques revela:
• uma queda drástica no denominado pensamento de ordem superior (que corresponde a muitas das capacidades de pensamento crítico que neste espaço se defende desde 2007) ao passar da apresentação de tarefas pelo professor, por oportunidades de envolvimento dos alunos, para casos que foram seguidos por evidências do pensamento dos alunos;
• Os episódios de pensamento dos alunos indicaram, na maioria das vezes, interações de baixa qualidade;
• Todos os professores incorporaram tarefas de pensamento, no entanto, apenas uma pequena minoria tomou medidas para facilitá-las ainda mais de maneiras que proporcionassem oportunidades autênticas de envolvimento de alta qualidade dos alunos com o pensamento;
• Há necessidade de reavaliar os conhecimentos e capacidades que devem ser contemplados no desenvolvimento profissional para ajudar os professores a planificar e fazer mais perguntas de ordem superior e para apoiar o envolvimento dos alunos com tarefas de pensamento.
