Pensamento da semana e Revista

Começa aqui um conjunto de pensamentos curtos em função do momento de pandemia que vivemos (em Portugal em decréscimo na 3ª vaga, devido ao confinamento desde a 3ª semana de janeiro deste ano). Além disso, divulgo um número de uma revista que ajudei a editar sobre o Pensamento Crítico na Educação.

Comecemos por esta segunda que é a revista Poiésis e o seu dossiê, Pensamento crítico na Educação: Estado de Arte e desafios.

O pensamento para esta semana tem a ver com a realidade atual em vários meios de comunicação social: Muitos comentadores sobre vários assuntos e com posições muito genéricas e pouco informadas, particularmente sobre educação. Raramente algum destes tem formação e investigação neste campo. E é confrangedor o espaço público continuado de que dispõem, por serem de partidos políticos ou influência e contactos privilegiados, sem o mínimo de conhecimento e fundamento sobre as questões atuais da educação, quer seja sobre a formação de professores, o seu desenvolvimento profissional, o E@D, ou ensino remoto de emergência que se vive em muitos países e nos vários níveis de ensino, os processos de ensino e as aprendizagens dos alunos … É quase como pedir a uma pessoa de qualquer profissão, que não especialista na área, que clarifique questões científicas e tecnológicas sobre o coronavírus e a decidir sobre a pandemia!

Novo Livro e seu lançamento

Tal como está no site do CIDTFF (https://blogs.ua.pt/cidtff/?p=33946) vem divulgar-se um novo livro “Pensamento crítico em Universidades Ibero-americanas: Percursos educativos e perspetivas de formação, organizada por Silvia F. Rivas, Carlos Saiz & Rui M. Vieira. O seu lançamento realizar-se-á no dia 13 de janeiro de 2021, pelas 17h00, em uma sessão de de formato online, via Zoom. O programa detalhado e o link de acesso serão divulgados mais adiante.

A obra é constituída por cinco capítulos, um dos quais sobre a realidade Portuguesa, e constitui um dos produtos da bolsa de mobilidade da Fundación Carolina que me foi atribuída.

Pandemia(s) e peso do vazio

Vivemos uma pandemia (COVID-19) que continua a fazer vítimas e a afetar e a condicionar a vida da maioria das pessoas de todo o planeta. Esperemos que rapidamente se obtenha uma cura, embora tal pareça ser muito difícil ainda este ano de 2020, e muito menos para todos.

Esta incrementou e proporcionou a tomada de consciência de outras “pandemias”. Uma delas é a da desinformação (vulgo Fakenews) e seus derivados, como as notícias falsas e a má informação. Outra é o crescimentos das conferências, encontros e afins online e webinares. De facto alguns congressos e conferências, como a que estou envolvido, que se realizará em Valência – VII SIA-CTS, tiveram de ser adiados e/ou passar a online em função da situação pandémica que se vivencia. Outros eventos surgiram neste período e crescem devido à facilidade da sua organização e baixo custo (ou mesmo ausência de custos).

Participei em alguns destes últimos, como aqui dei conta, e depois, dado o elevado número de convites, tive de ir recusando e adiando outros. Assisti voluntariamente a outros, para enriquecimento e salutar troca de argumentos e referenciais.

Desta participação e formação resultou um conjunto de aprendizagens, boas experiências e partilhas, especialmente com algumas Universidades Brasileiras. De outros resultou um vazio e um conjunto de opiniões e banalidades!

E deixo as palavras de Mia Couto (2019), que sugiro como leitura de Verão, sobre o “peso do vazio” que escreve em o “Universo num grão de areia”:

“O ato de pensar foi dispensado pelo uso mecânico de uma linguagem de moda. Já falei do workshopês como uma espécie de idioma que preenche e legitima a proliferação de seminários, workshops e conferências, que pululam de forma improdutiva pelo mundo inteiro” (p. 165).

PC+EDS e Cidadania

Divulga-se, por força dos temas principais deste espaço,  um  livro que procura sintetizar um trabalho de 3 anos de investigadores da linha da Cátedra Ibérica CTS+I. Este livro coordenado por Isabel P. Martins (Universidade de Aveiro) e Mariano Martín Gordillo (Grupo ARGO) foi editado pela Catarata (ver https://www.catarata.org/libro/ciencia-cordial_82719/) e tem um capítulo em que participo:

CAPÍTULO 3. CIÊNCIA, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA ESCOLARIDADE BÁSICA: QUE POSSIBILIDADES? QUE REALIZAÇÕES?
Celina Tenreiro-Vieira e Rui Marques Vieira

Boa leitura e boas festas.

Livro e Artigo

Nesta área destaca-se mais um livro e um artigo, respetivamente:

2 livros em 2018

De regresso antes das férias aqui fica a sugestão de dois livros publicados este ano de 2018:

Mais informações sobre estas duas publicações em:

Livro | Didática das Ciências para o Ensino Básico

Cadernos Didáticos | As Comunidades Online na Promoção do Pensamento Crítico em Didática das Ciências

Competências para o futuro

São vários os documentos e iniciativas recentes que têm vindo a destacar as competências para o futuro, entre os quais se salientam:

Salienta-se nestes a importância crescente e explícita ao pensamento crítico.  São boas notícias para impelir a que passe à ação!

InfoFuturoTrabalho

Site do III Seminário de Pensamento Crítico

 

Já está disponível o site (http://www.pensamiento-critico.com/IIIseminariointerPC/pt/) do III Seminário Internacional de Pensamento Crítico na Educação, que se realizará na Universidade de Caldas, na cidade de Manizales, Colômbia, de 11 a 13 outubro 2017.

Apela-se à participação, nomeadamente com a apresentação de comunicações orais,  posters e Workshops (http://www.pensamiento-critico.com/IIIseminariointerPC/pt/informacion-general) até 1 de junho (ver datas importantes em: http://www.pensamiento-critico.com/IIIseminariointerPC/pt/fechas-importantes).

 

Pensamento Crítico?

Venho, desta vez, destacar a relevância que, cada vez mais e repetidamente, é dada ao Pensamento Crítico. São em número crescente os investigadores, professores, organizações / instituições e sociedade em geral que o incluem no seu léxico, quer escrito, quer oral. Um dos exemplos que o evidencia vem das Nações Unidas (ver link) ao defender que (foto também abaixo):

“Educação deve estimular pensamento crítico para garantir direitos humanos.”

Esta visibilidade é positiva e o seu reconhecimento como campo de investigação é de assinalar. Todavia verifico também que o mesmo começa a ser usado com  muitos sentidos e pouca clareza concetual. Relevo pois que existem, em vários campos e áreas de investigação e dos saber, muitos avanços e contributos que nos permitem hoje usar o mesmo com mais propriedade e “sentido”. Alguma dela está neste blog e muita outra em revistas e livros nacionais e internacionais que importa também ir consultando.

Boas leituras.

Captura de ecrã 2016-10-26, às 22.23.34

Investigação em PC

Serve este para divulgar a publicação de dois trabalhos de investigação publicados este ano sobre Pensamento Crítico e, num deles, sobre CTS. O primeiro é um artigo de uma revista da área da Educação em Ciências e Matemática e o segundo um capítulo de um livro internacional sobre o Pensamento Crítico.

Reitoria da Universidade de Aveiro, março de 2016
Reitoria da Universidade de Aveiro, março de 2016

Competências do Século XXI

Em um blog também focado no Pensamento Crítico venho desta vez salientar a importância deste tipo de pensamento e de outros como a Criatividade, como competências fundamentais para uma cidadania plena no século XXI.

Este facto tem sido destacado em diversos contextos, especialmente por empresas e organizações. São exemplos destas os vários sites que proliferam na rede web como os seguintes:

Captura de ecrã 2016-02-02, às 16.35.00

 

Educação em Ciências e PC

Venho, desta vez, destacar 2 eventos, para os quais se convidam todos, e uma investigação sobre Pensamento Crítico, neste caso no Ensino Superior.

Os dois eventos são:

  1. Apresentação amanhã – dia 21 de outubro de 2015  na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, do estudo “Multimédia no Ensino das Ciências”, que compila a investigação feita nos 5 últimos anos nesta área, debatendo as suas potencialidades e fragilidades: faz-se bom uso da tecnologia para ensinar Ciências? Tal como está no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos o debate vai contar com os autores João Paiva e Carla Morais (Universidade do Porto) e comentários de Rui M. Vieira (Universidade de Aveiro). Já li o estudo e considero que, além do interesse para todos os que fazem investigação e formação nesta área, será um contributo para a discussão e reflexão sobre o papel das TIC na educação em geral e das Ciências, em particular.
  2. A 6ª Tertúlia “Pensar Educação” com a Professora Isabel P. Martins, que decorrerá de hoje a uma semana – dia 27 de outubro pelas 19h30min – com o título: “Professores, Educação e Sociedade – Dilemas ou desafios?”. Será mais uma oportunidade para ouvir e debater todo um conhecimento e experiência que importa muito considerar para o presente e um futuro sustentado em saber fundamentado! Atenção que é necessária inscrição (consultar site da tertúlia) e estamos limitados ao número de lugares do Restaurante Giz onde decorrerá esta tertúlia.

 

      No que se refere ao Pensamento Crítico remete-se para um estudo que se realizou em 38 Universidades públicas e 28 privadas norte-americanas sobre a ênfase que dão a este tipo de pensamento. O mesmo está sintetizado em:

http://www.criticalthinking.org/pages/study-of-38-public-universities-and-28-private-universities-to-determine-faculty-emphasis-on-critical-thinking-in-instruction/598

    e, pese embora ter já sido realizada a alguns anos e ser de uma realidade algo diferente da nossa, destaco retirando das conclusões:
    “Critical thinking is clearly an honorific phrase in the minds of most teacher educators such that they feel obliged to claim both familiarity with it and commitment to it in their teaching, despite the fact that few have had any in-depth exposure to the research on the concept and most have only a vague understanding of what it is and what is involved in bringing it successfully into instruction.”
    “Critical thinking is commonly confused with active involvement in learning (forgetting that active involvement alone is quite compatible with active “mislearning”).”
    “Even faculty in the CSU, which has a formal policy on critical thinking instruction, are apparently largely unfamiliar with the “definition of critical thinking” and specifications of what minimal conditions for instruction in it are inherent in the policy.”