“Economia é cultura”

Em um debate designado “Economia é Cultura” que foi publicado no jornal Público, já com dois artigos – “A economia somos nós” (6 de junho, p. 47) e “Multinacionalizar a economia” (9 de junho, p. 55), João Caraça , Sandro Mendonça e Gustavo Cardoso, respetivamente, um Físico, um Economista e um Sociólogo têm vindo a apresentar um conjunto de ideias que valerá a pena divulgar e debater.

Entre estas saliento:

  • • “O capitalismo já teve muitas fases, e essas formas anteriores foram rejeitadas”.
  • • “Basta de conformismo intelectual. É altura de reconhecer os verdadeiros problemas e conceber novas soluções estruturais.[…] Não chega mudar, é preciso mudar para melhor”.
  • • “É tempo de pararmos de lhe chamar “crise”, temos de trabalhar sob o princípio da “transição”.
  • • “Daí que, talvez,  única forma de obter respostas seja a de devolver a economia a todos nós e começar a fazer perguntas”, como a “6. Os euros estão a ser devolvidos à Europas, e dentro desta rumam á Alemanha. O euro é ainda um activo de referencia, ou apenas uma moeda europeia ou alemã?”
  • • “Esquecemos que o dinheiro não é mais do que uma convenção, um artefacto comunicacional criado para facilitar as trocas e as transações.”
  • • “E se o desafio é repensar o que é o valor, então é necessário também equacionar se vale a pena manter o atual sistema, sob pena de sermos empurrados pelos poderosos do momento para uma situação de incivilidade e de erosão dos nossos direitos.”

Inquietações II

Quando um diário tem na 1ª página a notícia abaixo e no dia seguinte (hoje) nada parece ter acontecido ou ter sido accionada alguma medida para que esta questão não se torne (se já não for) um problema grave e de segurança pública, só aqui me resta, para já, manifestar mais uma inquietação!

1ª Página de 18 de março de 2012

Pensar em Números

No contexto social e como educadores e investigadores não podemos deixar de pensar nos números da realidade atual que podem comprometer o nosso futuro coletivo:

  • Mais de um em cada três jovens portugueses está sem emprego;
  • Um em cada três desempregados procura emprego há mais de dois anos;
  • O número médio de filhos tem vindo a descer desde a década de 60 e está atualmente em um filho por casal;
  • Em 1990 havia 12% de crianças em Creches; hoje são 40%!
  • 16% das mulheres portuguesas trabalham (a média Europeia é o dobro).

Comentários? O que podemos fazer com esta realidade? …

Números

Ao ler  os jornais desta 1º semana de campanha e consultando sites e blogs diversos, além dos programas dos partidos, especialmente na área da educação avanço com alguns números que me impressionam:

  • 200 mil Portugueses deixaram de procurar emprego; ou sejam não estão nos cerca de 12% desempregados do país;
  • 23% das crianças do nosso país estão abaixo do limiar da pobreza.
  • A idade média dos portugueses actuais é de 38,5 (36,4 nos Homens e 40,6 nas mulheres); nasceram desde 1 de Janeiro de 2011 e até este momento 44 537 pessoas;
  • Já existem cerca de 5000 professores no ensino básico e secundário com Mestrado e Doutoramento (ainda não contando com os de Bolonha, para os quais o Mestrado será habilitação profissionalizante);
  • 40% dos portugueses ainda está indeciso sobre o sentido do seu voto no próximo Domingo.

O que representam / significam estes número tão díspares?

Do meu ponto de vista destaco:

  1. São pessoas reais que têm de ser consideradas nos debates e discussões, nomeadamente da próxima semana e depois realmente considerados nas decisões políticas;
  2. É muito complexo educar nestas condições apesar do aumento das qualificações dos docentes portugueses; como educar crianças que pouca ou nada têm para se alimentarem devidamente?
  3. Apesar das muitas sondagens o vencedor e o ou os partidos necessários para uma maioria parlamentar, nas próximas eleições legislativas, podem ser uma surpresa.
Pessoas em Barcelona