In praise of… copying

Pode parecer paradoxal um artigo em louvor da cópia num blog sobre a inovação. No entanto os meus alunos sempre me escutaram dizer que a cópia é o primeiro nível da inovação. Aprendemos imitando antes de sermos capazes de fazermos por nós próprios… Estudos recentes mostram no entanto que a importância da cópia pode ser bastante mais vasta para o sucesso das empresas e mesmo para a criação de novas ideias… Mas deixemos este último ponto para um próximo post… O livro “Copycats: How smart companies use imitation to gain a strategic edge” de Oded Shenkar é uma obra provocatória mas que mostra que a imitação de modelos inovadores pode ser uma aposta ganhadora. A forma como a Apple sempre imitou e se baseou em outros produtos para o desenvolvimento de novos produtos ainda mais apelativos deveria ser um exemplo. E se, como admitido no manual de Oslo, é inovação a introdução num mercado de um produto disponível num outro, então temos tudo a ganhar em abrir os olhos e aprender com os exemplos alheios. Afinal o que é a Ryanair senão um clone da Southwest Airlines? Os interessados podem aprofundar o tema numa boa recensão do livro que podem encontrar aqui.

Num outro livro recente, uma autobiografia de Eli Broad, um empresário pouco mediático mas que criou duas empresas da Fortune 500 e fundou o Museum of Cpontemporary Art de Los Angeles, o autor admite que uma das suas regras de ouro é nunca ser um pioneiro. ´De acordo com a sua experiência é mais proveitoso ser o segundo numa nova ideia. (“The second guy can just charge along the path the first guy has marked, avoiding the rough patches where he stumbled”). Não por acaso o livro tem o interessante título de “The Art of Being Unreasonable“.