Um dos últimos números da Economist traz uma capa interpelante, para não dizer mais, conforme podem ver na reprodução abaixo. Há neste momento um debate intenso que vale a pena seguir sobre o impacto que as inovações disruptivas têm sobre a sociedade. Vários advogam que o computador, a internet, a biotecnologia, a descodificação do genoma, a revolução nas telecomunicações estão a ter um impacto muito menor que a eletricidade, os transportes e outros avanços tiveram sobre o bem estar e a produtividade da sociedade. Uma destas ideias é resumida no tema da capa “Molecular medicine has come nowhere close to matching the effects of improved sanitation.” Vale a pena ler o artigo apesar de extenso… Como é hábito na economist é cheio de exemplos e contra exemplos e de material para alimentar a reflexão mais do para dar respostas… Desde a fé que os redatores da Economist põem no potencial da impressão 3D ou nos carros sem condutor enquanto revolução no transporte, na argumentação de que a falta de impacto das novas tecnologias se pode dever a um efeito cinético, em que as coisas demoram o seu tempo a fazer efeito (devo dizer que o impacto dos computadores e da facilidade no acesso à informação tem tido um impacto fantástico na produtividade científica… espero que se venha a traduzir em novas tecnologias a prazo…) Um dos argumentos para explicar o impasse na inovação (e produtividade) é a própria globalização. Autores argumentam que com o abaixamento do preço da mão de obra devido à globalização o investimento em ganhos de produtividade (através da inovação) deixaram de ser relevantes… Argumentos sobre o efeito potenciador da globalização sobre a inovação são também apresentados… Fica a sugestão e a imagem que espero desperte o vosso interesse…
Molecular medicine has come nowhere close to matching the effects of improved sanitation