Este conceito de comprar pão fresco a cada dia, ou ter por perto padarias para o fazer, está longe de ser universal… Quem como eu viveu no estrangeiro, pode apreciar hábitos muito distintos na relação com o pão e preferências também muito distintas no que respeita ao tipo de pão. Nós que exportamos (e reimportamos) padeiros para vários países (veja-se o Brasil e a Venezuela…) demos por nós dedicados a cozer pão em casa durante a última crise alimentar… Não tanto por gosto como por necessidade face ao elevado preço do pão, recuperou-se a tradição de fazer pão em casa que a minha avó cultivou até ao final da vida… Mas a verdade é que a tecnologia chegou ao pão e as máquinas a dada altura vendiam-se como pãezinhos quentes… Depois foi a longo aventura de descobrir as melhores receitas… Confesso que tentei muitas combinações mas as melhores eram umas farinhas do Lidl em que bastava juntar água… Infelizmente desapareceram substituidas por umas de qualidade muito inferior… Mas como já disse muitas vezes, inovar é por vezes, face a uma alteração de tendências de consumo, trazer para um mercado aquilo que já existe há muito noutros… Foi o que fizeram com sucesso os nossos fabricantes de farinhas. A Nacional e a Branca de Neve não deixaram de lançar misturas para fazer pão em máquinas a que basta juntar água… Confesso a minha predileção por acordar de manhã com o cheiro de um bom pão de sementes da Branca de Neve a espalhar-se pela casa… (A Lusitana tem uma pessoa a desenvolver o produto e isso nota-se…)
(Devo confessar que esta imagem foi indecentemente espoliada de um blog temático sobre fabrico caseiro de pão http://omeupao.blogs.sapo.pt/ que eu de manhã não estou em condições de tirar fotos a um pão quente que me apareça pela frente ;-))