A morte do Walkman

Nem só do aparecimento de novos produtos trata este blog. Como sabem os produtos são com entidades vivas, nascem, crescem, multiplicam-se e morrem… Há um mês a internet zumbia com a morte de um dos ícones das últimas décadas: O Walkman desaparece ao fim de 30 anos e 220 milhões de unidades vendidas. Não necessito de explicar como esta foi uma inovação disruptiva que mudou a nossa forma de escutar e consumir música. Os ipods de hoje não são mais que os netos desta genial criação de Akio Morita e da sua luta por convencer a empresa de que a ideia fazia todo o sentido…

O Walkman é também uma enorme lição de como o enorme sucesso de um produto pode ser o início da derrocada de uma empresa se não for sendo capaz de se ir colocando em causa e ultrapassando… Acreditar que em equipa que ganha não se mexe é a tática de treinadores de bancada e empresários votados ao fracasso. Como dizia há dias aqui em Aveiro a terminar a sua apresentação Philip Kotler “uma empresa que daqui a cinco anos esteja a produzir as mesmas coisas e da mesma maneira está condenada à morte…” O sucesso da Sony impediu-a de perceber e acompanhar a revolução digital e de toda a mudança de comportamentos, consumo e tecnologia que ela acarretou… (Na verdade a história é ainda mais complexa e com mais avisos à navegação e exemplos de má gestão… Mas fica para outra vez…)