1973: o ano do nascimento das Bibliotecas das Universidades Novas e da BAD
«O que é uma biblioteca geral de universidade? Ou o que deverá ser? Como conseguir que o seja? Que papel lhe está reservado? Que distância medeia entre a concepção ideal de uma biblioteca geral e a realidade concreta das que conhecemos? Estas e muitas outras questões podem pôr-se quando surge a oportunidade de criar a partir de zero uma biblioteca deste tipo, e a sua importância ganha mais relevo quando se trata de uma universidade nova – importância que advém sobretudo de um conceito de universidade como instituição renovada nas ideias, nas estruturas, nas pessoas, nos objectivos, e não apenas de universidade que é nova só porque é mais recente do que as outras. (…) A criação das universidades novas portuguesas, em 1973, marcou uma posição perfeitamente actualizada nesta matéria, possibilitando implantar nelas um órgão até então inédito entre nós: os Serviços de Documentação. E, embora o Decreto-lei 402/73 não seja tão explícito seria conveniente, o mínimo que poderemos dizer é que ele criou uma situação susceptível de conduzir a um estado de coisas totalmente diverso daquele que caracterizava as universidades antigas e que, de tão enraizado, dificilmente se submeteria a modificações estruturais sensíveis.»
Calado, Adelino Amálio de Almeida – Perspectivas para a Biblioteca Geral da Universidade de Aveiro. 1980,pp. 1 e 6.
«Dez anos depois do aparecimento de Cadernos e mercê em grande parte do impulso gerado pela sua campanha de dignificação da classe, é criada em Lisboa, a Associação de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas… Com a criação da BAD termina, por assim dizer, a fase heróica da luta mantida até aí apenas pelos Cadernos».
Maria da Graça Pericão et al. “Cadernos Bibl. Arq. Doc.” Lisboa, 1, 1983.
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