Alice Bowman, responsável operacional da sonda New Horizons, missão da NASA a Plutão, na UA

O American Corner da Universidade de Aveiro (UA), em parceria com a cartazEmbaixada dos EUA, convidam a comunidade académica a participar na palestra “Reaching for New Horizons”, que se realiza no dia 6 de outubro de 2015, das 11h00 às 12h30, no Anfiteatro do Departamento de Física da Universidade de Aveiro.

A entrada é livre e será entregue um certificado de participação.

As inscrições para a palestra e informações adicionais podem ser solicitadas para o eMail soliveira@ua.pt, ou através do n.º de telefone 234 370 875.

A sonda espacial New Horizons foi lançada pela NASA em 2006 e passou, no dia 14 de julho de 2015, a cerca de 12.500 quilómetros de Plutão, a distância mais curta de sempre. A palestra é uma organização do American Corner da UA, em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos da América e está aberta ao público em geral.

Alice Bowman, responsável operacional da missão New Horizons (Mission Operations Manager, ou “MOM” para os seus colegas), trabalha no Laboratório de Física Aplicada da Universidade de John Hopkins (EUA) – Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, (centro de pesquisas sem fins lucrativos, independente, mas vinculado à Universidade, que presta serviços ao Departamento de DefesaNASA e outras agências governamentais dos EUA). Começou a trabalhar no projeto da New Horizons em 2001. Um dos sonhos seus sonhos era ser astronauta, mas hoje em dia, Alice afirma que se sente mais segura em terra firme, mesmo que o encantamento com as novas descobertas ainda a encha de expetativas.

A New Horizons é uma missão não-tripulada da NASA projetada para voar para além de Plutão, descoberto há 85 anos, para explorar objetos da Cintura de Kuiper. A sonda foi lançada em 2006 e foram precisos nove anos e meio para que, após uma viagem de 4800 milhões de quilómetros, atingisse aquele que já foi o nono planeta do sistema solar, mas que perdeu este estatuto em 2006 (ironicamente, pouco depois do lançamento da sonda), tendo sido despromovido de planeta “clássico” a “planeta-anão”. A sonda fez a sua grande aproximação a Plutão, a 14 de julho de 2015 e assume uma relevância especial pelo facto de ter permitido recolher informação numa zona do universo pouco explorada até hoje.

A sonda, que pesa cerca de meia tonelada – e que Glen Fountain, responsável pelo projeto, descreveu como “um piano de cauda com uma saladeira pousada em cima dele” (a antena parabólica), tem energia para durar cerca de 20 anos.

O momento mais emocionante já passou, como as surpreendentes imagens do planeta-anão Plutão que deliciaram os cientistas e o mundo em julho passado, mas a missão está longe da sua conclusão. Agora a New Horizons já se encontra muito para lá de Plutão, e está a embrenhar-se cada vez mais na Cintura de Kuiper, na fronteira do sistema solar, onde se albergam muitos mais “pequenos planetas”, ou “pequenos corpos gelados”.

Em 2019, se tudo correr como previsto, a sonda deverá passar ao pé de um pequeno objeto designado pelo nome de código 2014 MU69, situado a 1600 milhões de quilómetros do planeta anão.

Será assim a primeira vez que uma nave espacial vinda da Terra observa e estuda de muito perto um “objeto da Cintura de Kuiper” (KBO, na sigla em inglês). A Cintura de Kuiper é uma zona cheia de asteróides, que começa para lá de Neptuno, que foi descoberta em 1992 e da qual Plutão é o representante mais próximo da Terra.

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