Category Archives: empreendedorismo

Nelo no MUDE

E não vos vou massacrar a cabeça com a Gaiola Dourada, que apesar de ser um produto de sucesso e que merece discussão não entra no tipo de produtos que aqui normalmente apresento (Pensem no entanto no potencial do mercado da saudade que aquele filme mostrou existir…) Queria antes falar-vos hoje de novo da NELO. Depois de tantas medalhas olímpicas até já passamos a achar graça ao pitoresco da marca: NELO. O MUDE (Museu de Design e da Moda, a visitar quem não conhece ainda) resolveu criar “um novo espaço de programação dedicado à apresentação de produtos, serviços e marcas nacionais que sejam exemplos de inovação e criatividade, bom design e estratégico posicionamento de mercado.” Bem hajam! Este Verão o escolhido foi a NELO

“A empresa NELO é a empresa líder no mercado de kayaks e canoas de competição, estando presente em mais de 40 países. A fábrica, com mais de 7.000 m2 e de 100 trabalhadores, conjuga a tecnologia e know-how com a qualidade artesanal do seu início.

O primeiro prémio Olímpico foi obtido em Atlanta 1996 dezasseis anos depois, em Londres, obtiveram 25 medalhas.

A Nelo gere ainda 5 centros de treino (4 em Portugal e 1 em Cuba) por onde já passaram mais de 4000 atletas de 30 nacionalidades diferentes.”

Nando’s Nelo’s e outras marcas portuguesas

Naturalmente que quando o Álvaro sugeriu lançar a Nata como objecto de franchising internacional mencionou o Nando’s como exemplo. Claro que enquanto a intelligentzia nacional ria alarve da proposta do ministro o Fernando Duarte, aquele empresário de origem portuguesa que converteu o frango PERi-PERi numa “fashion” fazia comentários elogiosos à ideia… Afinal ele fez exatamente isso com uma outra singularidade portuguesa tornando-a num produto apetecível pelo mundo fora. O pedido dos One Direction (alguns dos fãs da cadeia) antes do concerto de Newcastle deu a volta ao mundo nas redes sociais. O que é que eu acho interessante nisto? O potencial que alguns dos nossos produtos menos prezados, como o frango de churrasco, têm no mercado internacional quando não temos pejo em os assumir… Afinal julgam que pizza e hamburguers são alta cozinha americana? Nem sequer vergonha da Marca. Gosto de ver a forma despudorada como se assume o Nando’s, ou a Nelo… Em contraponto à vergonha sentida por alguns dos nosso intelectuais urbanos face ao sucesso de produtos como a Gaiola Dourada (veja-se a inenarrável crónica do MEC no público de 8/9)… O meu desafio para os meus atuais e passados alunos? Imaginar como poderemos converter um produto típico português em algo capaz de conquistar o mercado internacional como fizeram com os gelados de ovos moles, um “starbucks” de natas, ou um frango de churrasco…



Nata’s Nando’s e outras formas de ser português

Apetecia gritar “volta Álvaro, tinhas razão” cada vez que se  mordisca aquela massa estaladiça…  Não sei se o aparecimento da NATA Lisboa tem ou não a ver com o desafio que o ex-ministro lançou e que motivou mais uma vaga de achincalhamento público, mas obviamente que  é a concretização com sucesso da ideia do ministro. E não apenas pela qualidade das natas que fazem esquecer os pasteis de Belém, mas por toda a envolvente que os bares da NATA Lisboa conferem ao bolo que está no centro das suas atenções, o ambiente acolhedor, as opções variadas e alternativas de bebidas, as propostas de pequenos almoços, a qualidade do serviço… Enfim, tudo a um nível que não se consegue naquela confusão hiper-turística  em Belém… E ainda por cima bem pensado para um público internacional sejam turistas em Portugal, seja a colocação no mercado internacional de franchising.  Notem o lema “The World Needs Nata”, o menú bilingue claro e simples… Tem tudo para ser um sucesso internacional… A NATA Lisboa que a nata, o pastel, esse já o é e só quem nunca saiu de Lisboa pode ignorar tal fato. Este verão encontrei-a numa banca de doces em pleno Covent Garden em Londres… Fiquei adepto e feliz por agora podermos comer uma boa nata no Porto, Braga, Gaia, ou Cascais… Espero que em breve em Paris, Londres e Berlim… Onde poderiamos juntar umas bolas ao menú… E o Nando’s? Assunto para o próximo post.

Coisas de fim de Verão: Os gelados da Fabridoce

Como era fim de semana resolvemos provar os gelados da Fabridoce. Fica-se sempre com vontade de testar os produtos mais curiosos… E estes gelados de sabores tão locais deixaram-me com água na boca e bastante intrigado. Confesso que não tinha grandes expectativas relativamente a um gelado  de ovos moles… Mas estava enganado… Provamos este e o de requeijão com doce de abóbora e são ambos gratas surpresas que me deixam cheio de vontade para testar os de frutas. Muito interessante também as parcerias, desde logo com a APOMA para o de ovos moles, mas também com a Sabores da Idanha para o requeijão, a Confraria dos sabores da abóbora para o doce de abóbora… Imagino que para a banana da Madeira e os mirtilos se tenham feito parcerias idênticas… É pena que o site da marca seja tão limitado… Esta reportagem na SIC é no entanto muito esclarecedora e um bom exemplo de desenvolvimento de um novo produto, e de como dar uma nova roupagem e encontrar novos mercados para coisas tipicamente portuguesas…

Tomelo e o leite de burra

Tomelo é uma empresa que, baseada no conceito de eco desenvolvimento, utiliza o leite de burra de uma raça autóctone portuguesa ameaçada de extinção, para a produção de produtos de beleza e higiene pessoal. Usando a burra Cleo como imagem criaram um leque alargado de produtos baseados nesta pouco usual matéria prima.

Para os que não tem disponibilidade para ir a Vimioso podem encontrar os produtos deles online, na loja do Porto ou em vários distribuidores pelo país a fora… Atendendo à época fica a versão natalícia da Cleo…