Este é da minha colecção de produtos que vou guardando para um dia partilhar convosco quando vier a propósito. É um teste para verificar a qualidade do óleo de fritar. Se bem me lembro foi desenvolvido na Universidade do Minho… Funciona assim:
Óleos (1)
Este vai tal como me chegou:
“É curioso a quantidade de novidades e novas tendência de mercado que se consegue encontrar numa revista de hotelaria como a Inter Magazine. Encontrei um óleo alimentar de alto rendimento para fritar”
Cozinha experimental. Já experimentaram?
Às voltas sobre como vos interessar por coloides caí neste mundo da cozinha molecular, ou experimental, ou como lhe queiram chamar…À procura do El Bulli dei de caras na Bertrand com um novo livro de cozinha editado por eles e resultado do trabalho de um restaurante em Oeiras: Taberna 2780… Um festim… Tive a oportunidade de jantar lá este fim de semana e o menu é todo um curso sobre inovação e tendências… Se vos disser que comi Caldo verde, migas, arroz de polvo e pato com brás de legumes não vos entusiasmo muito… Bolo Eusébio para a sobremesa talvez vos desperte curiosidade pelo nome… Mas não se deixem enganar pelo ar pretensamente familiar do nome… O Caldo verde é uma versão descontruída e recriada daquilo a que estão habituados a dar esse nome… O resto dos pratos também… Para os da região aconselho a darem uma vista de olhos à reinterpretação do leitão com uma espuma de espumante (não é pleonasmo) a acompanhar… Uma lição de como se pode reinventar os clássicos em novos produtos e um regalo para os olhos e os sentidos… Espreitem o livro… Melhor ainda, vão lá (não se esqueçam de reservar…)
A ver se eu arranjo tempo de criar uns trabalhos com base nestes conceitos… A ver se trago cá um deles no próximo ano…
Sousacamp: Os cogumelos
Inovar por vezes é apenas fazer pela primeira vez aqui o que já se faz há muito em outros lugares… Ou em outras áreas de actividade… Cogumelos secos não são novidade… A Sousacamp também já tem 20 anos… E pelo site não liga muito à divulgação pela internet…
A Sousacamp tem no entanto algumas das maiores produções de cogumelos da Europa em Trás os Montes… Curiosamente num país onde o consumo de cogumelos é marginal… Produzem imensas variedades de cogumelos de boa qualidade que se encontram em grandes superfícies… Sou consumidor regular e recomendo… Mas o tema cai aqui não apenas porque é uma boa ideia de negócio mas também porque é um exemplo de como a internet pode para as empresas ser um pau de dois bicos… Pode ser usada para promoção ou para denuncia, como neste vídeo sobre as actividades da Sousacamp…
Tixotrópico
Tixotrópico… Pois… Da Wikipedia:
Thixotropy is the property of certain gels or fluids that are thick (viscous) under normal conditions, but flow (become thin, less viscous) over time when shaken, agitated, or otherwise stressed. In more technical language: some non-Newtonian pseudoplastic fluids show a time-dependent change in viscosity; the longer the fluid undergoes shear stress, the lower its viscosity.
Space Pen
A série Phaidon Design Classics editada em 15 volumes pelo Público é uma verdadeira enciclopédia de produtos… Embora o aspecto do design seja predominante há uma quantidade incrível de referências que constituirão material para muitos posts e muitas aulas e discussões no futuro… Vejam este excerto sobre a AG-7 Space Pen criada pelo Paul Fischer.
“Em 1965, Paul Fischer conseguiu registar a patnte da sua AG-7 Space Pen original. Concebida para se poder escrever em qualquer posição, esta caneta podia ser utilizada em qualquer circunstância. Graças ao seu cartucho pressurizado com nitrogénio, tornava inútila a gravidade normalmente necessária para garantir o fluxo de tinta. Para além disso, Fischer usou uma tinta tixotrópica, uma tinta semi-sólida que se liquidificava através da acção do rolamento da esfera. Assim a tinta só saia quando era necessária.”
Percebem facilmente que a característica principal desta esferográfica não é o seu design e porque é que ela aparece aqui num blog sobre produtos químicos, não é verdade?
Para os mais curiosos fica este artigo da Scientific American “Fact or Fiction?: NASA Spent Millions to Develop a Pen that Would Write in Space, whereas the Soviet Cosmonauts Used a Pencil“
Dyson (Também em vídeo)
Dyson
A sensação é que dispositivos electrónicos ou pequenos equipamentos domésticos ou profissionais têm pouco que ver com produtos químicos e muito com electrónica… Nada de mais errado… A vida da bateria deste computador em que vos escrevo é longa devido a uma película desenvolvida pela 3M que recobre o ecran permitindo a utilização de quantidades muito menores de energia… O velho retroprojector, hoje abandonado num canto da sala, só funcionava graças a uma lente de fresnel em plástico desenvolvida também pela 3M… Um Kindle ou qualquer outro leitor de e-books tem um funcionamento baseado também em principios químicos etc etc etc… A lista seria infindável… Vem isto a propósito dos equipamentos da Dyson. Os aspiradores Dyson funcionam usando mini ciclones que em essência não diferem daqueles que colocamos nas nossas fábricas excepto pelo tamanho… Foi essa componente industrial que me chamou a atenção para eles… No verão de 2008 tive a oprtunidade de encontrar o secador de mãos deles numa estação de serviço de uma auto-estrada francesa… O sistema de lámina de ar é inacreditável e mostra a fabulosa equipa de engenheiros especializados em escoamento de fluidos que trabalham com eles… Este ano apareceu a ventoinha sem hélice… Uma aplicação do princípio de Bernoulli que está na base de qualquer venturi… No fundo não muito diferente dos dispositivos que usamos no laboratório ligados às torneiras como trompas de vácuo… As ideias estavam todas disponíveis… Só faltava concretizar o produto…
Tendências
A revista Entrepreneur seleccionou as 10 1/2 tendências para 2010 que poderão guiar-vos no desenvolvimentos de novos produtos e negócios… São áreas que continuarão a crescer apesar da crise… A maior parte delas são-vos familiares de certeza e a 10,5 já cá foi abordada… Mas vale a pena dar uma vista de olhos no artigo de qualquer forma… Podem encontra-lo aqui.
Cin Paint-it
Este press release da Cin sobre um novo produto recentemente lançado parece de tal forma decalcado do meu discurso sobre a inovação em tintas que faço a cada ano durante a visita ao Jumbo que não resisto a transcreve-lo na integra… O original está aqui…
PAINT IT da CIN
Pintar agora é mais fácil!
Os amantes da bricolage, e mesmo quem não seja praticante do “faça você mesmo”, têm agora novos motivos para sorrir. A CIN acaba de lançar a forma mais simples, rápida e prática de qualquer um pintar o interior da sua casa ou escritório. Chama-se PAINT IT.
Agora já se pode dedicar a fazer aquele restyling há tanto desejado à sua casa sem ter de se mudar para um hotel ou para casa de familiares. A pensar em si, a CIN, líder ibérica no mercado de tintas e vernizes, criou PAINT IT, um inovador produto que transformou o trabalho de pintar interiores numa simples e divertida tarefa.
A nova tinta da CIN, disponível em 12 cores diferentes, diferencia-se desde logo pela extrema facilidade de aplicação, assegurando o efeito pretendido com uma única demão – o que desde logo permite poupar tempo e dinheiro, bem como evitar os sempre complicados acertos entre sucessivas aplicações. Mas há mais: além de ter um cheiro pouco intenso, o que facilita a utilização do produto e disponibiliza rapidamente os espaços pintados, esta inovadora tinta aquosa, mate e lavável está pronta a ser utilizada a partir da própria embalagem, uma vez que não precisa de ser diluída. Importa ainda salientar que a embalagem de PAINT IT é, para além de apelativa, muito prática: não só inclui instruções passo-a-passo, como integra uma grelha para facilitar a aplicação do rolo, desempenhando assim as funções do tradicional tabuleiro, aqui totalmente dispensável. Os especialistas da CIN ganharam uma vez mais a aposta: tornaram o acto de pintar uma experiência única e divertida.