«No âmbito da assunção das suas opções matriciais e do (difícil) entendimento com o FFH[1], logo em 1978, a UA contratou os arquitectos Armindo do Espírito Santo e Eduardo Rebello de Andrade, para a elaboração de um Estudo Geral de Zonamento de uma área de 80 ha, com vista à implantação, em menos de uma década, de um conjunto de edifícios universitários para um universo de 7000 estudantes.
Inevitável e deliberadamente, este Plano Geral da Universidade de Aveiro (PGUA) surgiu em ruptura com o que no PIAS [2] se desenhara para o campus. Em Outubro de 1979, estava concluído e foi adoptado. A UA passava definitivamente a assumir em pleno o planeamento de seu território e, logo em 1981, viu o Município integrar aquele seu primeiro plano no Plano Geral de Urbanização de Aveiro. (…) A implantação prévia do Pavilhão 1 e a definição do cruzamento frente ao hospital e ao conservatório como ponto de acesso ao futuro campus, conjugados com a presença da cerca do seminário, impuseram uma morfologia linear com uma concentração de serviços a meio curso, bem distante da de um edifício concentrado .
(…) Entretanto a premência de instalações impunha a construção, quase simultânea à elaboração do plano, de mais dois pavilhões (então) provisórios, os quais no seu paralelismo concretizam a lógica daquela linearidade em direcção a nascente e depois a sul, inevitavelmente em torno da cerca do seminário.»
ROSSA, Walter – Roteiro Campus da Universidade de Aveiro. Aveiro: Universidade, [2006?]. p. 24.