Homens temporariamente sós

Tom Peters falava dos mercados mais subestimados como sendo o dos seniores e das mulheres. Surpreendentemente vamos descobrindo que em muitas situações é o dos homens… Aqueles, temporariamente sós, de que falava o Rui Reininho… E já não é produtos de higiene pessoal ou cosméticos de que falamos mas de… electrodomésticos… Não, não são gadgets mas ferros de engomar!!! Sim… A Philips percebeu que havia um mercado realmente mal servido para alguns dos seus produtos e criou um ferro de engomar dirigido a um novo público.  “A more robust, heavy-duty tool to tackle hampers of laundry. Something with a larger grip and a more masculine look!”. Esta imagem publicitaria holandesa mostra do que se trata

Mas esta publicidade da Europa de Leste vai mais directa ao ponto

E Extreme Ironing, já conhecem?

 

iPhone, uCopy, iSue

Não resisti a copiar este bem conseguido título de um artigo da economist (1 de Setembro 2012) relacionado com a batalha judicial entre a Apple e a Samsung que aquela venceu obrigando esta a pagar 1000 milhões de dólares numa das mais avultadas sentenças de um processo de violação de patentes até hoje. E a questão permanece e já aqui a abordamos. As patentes, que foram criadas como forma de promoção e fomento da inovação, estão hoje a tornar-se perigosamente num dos seus principais adversários. Aguns comentários que não resisto a transcrever:

“A proliferation of patents harms the public in three ways. First, it means that technology companies will compete more at the courtroom than in the marketplace—precisely what seems to be happening. Second, it hampers follow-on improvements by firms that implement an existing technology but build upon it as well. Third, it fuels many of the American patent system’s broader problems, such as patent trolls (speculative lawsuits by patent-holders who have no intention of actually making anything); defensive patenting (acquiring patents mainly to pre-empt the risk of litigation, which raises business costs); and “innovation gridlock” (the difficulty of combining multiple technologies to create a single new product because too many small patents are spread among too many players).”

“Apple’s own early successes were founded on enhancing the best technologies that it saw, notably the graphical interface and mouse that were first invented at Xerox’s Palo Alto Research Centre. “It comes down to trying to expose yourself to the best things that humans have done—and then try to bring those things in to what you’re doing,” said Jobs in a television documentary, “Triumph of the Nerds”, in 1996. “And we have always been shameless about stealing great ideas.”

Vale a pena ler o artigo completo aqui.

Ainda à volta dos JO’s

Um exemplo do Thomas L. Friedman de como o mundo estava a ficar plano era o aumento do número de países que conseguem uma medalha nos Jogos. Em Londres continuou a ser verdade. Para sermos os melhores do mundo já não necessitamos de morar no ocidente ou no centro do mundo, um Jamaicano ou um Afegão podem ser campeões…

De volta à NELO…

Para os interessados nestas coisas da inovação vale a pena visitar a página da empresa dedicada à R&D. Não apenas para ver as colaborações académicas e empresariais que tornam este sucesso possível, mas para ir mais longe e perceber como se faz o desenvolvimento de novos modelos e a interação constante com os lead users, afinal os próprios atletas, que são um dos segredos do sucesso da NELO.

“How do we translate such statements as “…the boat is heavy/lighter on the bow.” or “I think I’m too pushed to the front/back of the boat.”? ” esta é uma das partes mais complexas do desenvolvimento de novos produtos. Vejam aqui a abordagem deles para resolver esta questão…

Ganhamos 25 medalhas nos Jogos Olímpicos!…

É mesmo verdade! 25 medalhas… E porque é que eu não vi nenhuma notícia sobre o assunto? Foi só porque estava no estrangeiro? Ou alguém, no meio desta crise que tende a incensar as empresas exportadoras, se esqueceu de assinalar este feito notável de uma das nossas marcas de maior projeção internacional: NELO!… Sim, NELO, de Vila do Conde… E não são nenhuma empresa sub contratada a fazer fatos de banho para o Phelps… É antes uma das nossas empresas mais inovadoras e de maior impacto no nicho de mercado para o qual trabalha: kayaks de alta competição. Com 75% do barcos em competição nestes Jogos, 6 barcos em cada final e com 25 medalhas (das quais apenas uma foi notícia entre nós…) em 36 possíveis “A number never achieved before by any boat builder.”

Não deixem de visitar a página da NELO para ver o justificado orgulho deles pelo seu desempenho. E oxalá alguém se lembre de dar mais visibilidade aos exemplos positivos que temos entre nós.

Um detalhe mais técnico para aqueles que se interessam por estas coisas: A importância dos lead users no desenvolvimento dos produtos e no serviço prestado pela empresa:  “Dealing with the best paddlers in the World is our passion, we had only one member of our staff that has not been a competitive paddler himself, but even him shares the same passion. We care about their boats, their parts, and even created a small waiting lounge for them to relax while waiting for their equipment to be fine tuned.”

 

Viarco

Há empresas tradicionais que, incapazes de se renovarem, estiolam e morrem… Não sei qual a saúde da Viarco mas o esforço que uma empresa  tradicional tem feito por se renovar, criando produtos que podem ser marginais no seu leque de ofertas mas que são imensamente apetecíveis, é notável e merece todo o nosso apoio… Numa altura de compre nacional, compre Viarco, não por ser nacional mas por ser mesmo muito interessante. Para os que andam distraídos e não têm reparado nos novos produtos da Viarco aqui ficam alguns exemplos:

Os lápis aromatizados que me encantaram este fim de semana e despertaram a vontade de escrever este post:

O Tablet que nasceu no âmbito de uma disciplina da ESAD e que por isso não poderia deixar de mencionar aqui

Ou o brilhante Dummy Pencil que orgulhosamente se auto-intitula de “o pior lápis do mundo”

Ficam com os links diretos para a loja online para que se deixem tentar e descubram as outras ofertas da Viarco… E já agora, se puderem ver ao vivo não percam, mas se não puderem passeiem-se pelo projeto Viarco Express...

Mc Bifana

O Rober McMath apontava o “étnico” como um dos Hot Buttons para o sec XXI. O “ambiente” era outro. A McDonalds parece apostada em tocar em todos os botões… Primeiro adotando um logo verde na Europa, para passar uma imagem mais… verde… pois…

E depois da sopa, da bica e da nata, agora adota a bifana (!)… Quando vi a publicidade também não acreditei mas é o étnico-local em ação…

Para quando o McCourato? Se calhar era melhor eu correr para o INPI a registar a ideia…

A pobreza na Europa

O mercado tem potencial em todas as circunstâncias, desde que compreendemos como ele se vai desenvolver a prazo, e saibamos antecipar e adequar-nos à sua evolução. Para várias empresas a crise tem sido uma oportunidade… O que doi é ver que a Unilever nos perspectiva (nós, a Europa) como um mercado em empobrecimento e está a adoptar mecanismos de mercado que têm tido sucesso em países em desenvolvimento. Doi mas merece reflexão e ação… Ver notícia no Público.

Um blog sobre inovação, tendências e novos produtos