Category Archives: Globalização

Orabrush

Uma escova para lavar a língua e acabar com o mau hálito!?!… Não, uma belíssima história de uma inovação que requereu muita persistência do seu criador e que, depois de muitos Nãos!, conheceu o sucesso através de um vídeo viral na net… Uma bela história de como a net torna o mundo plano… Mas primeiro a história copiada daqui

“Dr. Bob Wagstaff (75 yr old inventor of the Orabrush) spent 8 years trying to bring Orabrush to market. He spent over $40k on an infomercial. It only sold about 100 orders. He approached Walmart, Walgreens, CVS and many others, but no one was interested in his tongue cleaner. He approached Oral-B and Colgate asking if they wanted to buy his patent. They were not interested.

In 2009, as a last ditch effort, Dr. Bob went to the Marriott School of Management at BYU and asked a market research class to see if they could come up with new ways to market the product online. The student group presented their findings and said: “92% of the people who would actually like to try Orabrush will not buy Orabrush on the internet. We suggest you drop the idea of marketing Orabrush on the Internet.”

Escutem-na na voz dos seus principais atores…

E agora podem ficar com o vídeo que fez o sucesso do produto…

“We want to thank YouTube for leveling the playing field and making something like Orabrush possible :)”

The sexiest… (part II)

Se havia indústria que tinha tudo para que as coisas corressem mal era esta… Foram-se embora as Clark’s deste mundo que daqui só queriam os baixos salários… Os empresários portugueses que ficaram souberam subir na cadeia de valor… E como as mais de 40 marcas portuguesas exportam mais de 95% da sua produção são mal conhecidas em casa… Aqui ficam algumas, a começar pelas mais conhecidas… Para os interessados o melhor é passearem-se pelos sites das marcas ou pelo blog  da APICCAPS Portuguese Soul .

Fly London

Luís Onofre

DKODE

Vudu shoes

Carlos Santos

 

 

Profession: Bottier

Exceed

 

 

 

 

 

The sexiest industry in Europe

Dizem que pelos sapatos se pode avaliar o tipo de pessoa… E de país? Tenho usado a indústria do calçado em Portugal nas minhas aulas como exemplo de como se pode ter sucesso num mundo globalizado e por isso tenho seguido com atenção a sua evolução. O panorama é surpreendente e um exemplo para muitas outras áreas de atividade de como podemos ter sucesso subindo na escala de valor em lugar de tentarmos competir pelo baixo custo. Alguns números: O sapato português é o segundo mais caro do mundo com um preço médio de €26/par tendo crescido quase 5€ entre 2010 e 2011. Só superado pela Itália e à frente da França (paradigma internacional do luxo). Mas (ao contrário do que acham alguns “iluminados” que conhecem a economia apenas dos livros)  isto não afeta as exportações. Antes pelo contrário. Portugal é o 11º maior exportador mundial de calçado exportando 95% (!) do que produz para mais de 130 países. Isto num valor de cerca de 1.6 mil milhões de euros tendo crescido 16%  em 2011… E o valor das nossas exportações de sapatos vale o triplo daquilo que importamos… Sim, da China e de muitos outros países do extremo oriente… Dessa China que hoje já deslocaliza a produção de calçado para a Etiópia (Pois… Há sempre quem produza mais barato…)

E como chegamos aqui?!  Como foi possível obter este sucesso competitivo numa área tão difícil? Liderança, investimento, inovação, qualidade, subida na cadeia de valor, recursos a designers (estrangeiros quando foi necessário), criação de marcas próprias… Todo um “case study” que merecia a atenção dos nossos gestores, políticos e jornalistas… Voltarei ao assunto…

Vejam como a industria se promove (The sexiest industry in Europe… 😀 )!!!

Portuguese Shoes from Tiago Ribeiro // BOLD CS on Vimeo.

 

(Os Srs. Gaspar e Coelho não querem tirar os olhos da menina e olhar para os sapatos para perceber que “Yes, we can!”? E sem ser pelo empobrecimento coletivo…)

Ainda à volta dos JO’s

Um exemplo do Thomas L. Friedman de como o mundo estava a ficar plano era o aumento do número de países que conseguem uma medalha nos Jogos. Em Londres continuou a ser verdade. Para sermos os melhores do mundo já não necessitamos de morar no ocidente ou no centro do mundo, um Jamaicano ou um Afegão podem ser campeões…

Mc Bifana

O Rober McMath apontava o “étnico” como um dos Hot Buttons para o sec XXI. O “ambiente” era outro. A McDonalds parece apostada em tocar em todos os botões… Primeiro adotando um logo verde na Europa, para passar uma imagem mais… verde… pois…

E depois da sopa, da bica e da nata, agora adota a bifana (!)… Quando vi a publicidade também não acreditei mas é o étnico-local em ação…

Para quando o McCourato? Se calhar era melhor eu correr para o INPI a registar a ideia…

Inovação em Portugal

Na verdade nem tudo são más notícias por cá embora as boas tenham pouca visibilidade nos media.

De acordo com os resultados mais recentes do Innovation Union Scoreboard 2010 Portugal é o país que mais tem subido neste ranking multidimensional de inovação estando neste momento à cabeça do grupo de inovadores moderados à frente dos demais países do sul da Europa.  É verdade que ser o primeiro dos últimos não é um grande lugar e que continuamos abaixo da média da EU, mas quem tem seguido este assunto ao longo dosúltimos anos não pode deixar de se regozijar pelos progressos que temos feito nos últimos anos nesta área tão importante para o futuro das empresas e da economia nacional….

De um conjunto de 25 indicadores este estudo destaca o nosso país em Novos doutorados por mil habitantes entre 25 e 34 anos”, com o terceiro valor mais alto do estudo, e assinala ainda bons desempenhos nos indicadores “PMEs que inovaram no produto ou no processo” e “que introduziram inovação organizacional ou no marketing”. Estamos ainda bem posicionado nos critérios que medem o crescimento de indicadores como a Despesa I&D nas empresas, a percentagem dos jovens com idades entre 20 e 24 anos com pelo menos o Ensino secundário completo ou as PME inovadoras que colaboram com outras empresas. A despesa pública em I&D, as receitas de licença e patentes a partir do estrangeiro e a venda de inovações novas para o mercado e novas para as empresas são também destacados neste estudo.

Asian medical innovation

Por vezes há coisas que nos despertam e dão vontade de partilhar… Como este artigo que acabei de ler na Economist de 22/1 sobre a inovação em tecnologia médica na Ásia… Já cá tinha escrito sobre o assunto, mas a importância de termos consciencia dele é demasiado grande, sob múltiplos aspectos, para não voltar a ele…

Life should be cheap
How China and India can help cut Western medical bills
…Frugal innovators in China and India are making medical devices that are cheaper—sometimes by an order of magnitude—than their Western equivalents. Companies such as China’s Mindray and India’s TRS serve home markets that include vast numbers of people for whom every yuan or rupee counts. So these companies focus relentlessly on reducing costs. They create products that are stripped to their essentials: scanners that cost $10,000 rather than $100,000; portable electrocardiographs that cost $500 instead of $5,000.

These devices are not merely cheap knock-offs of Western designs. Often they are just as effective as the gold-plated kit used in the West, yet they are rarely found in rich-world hospitals. Their absence helps explain the massive disparity in costs between Western and emerging-world treatments. A night in an American hospital typically costs 25 times as much as a night in an Indian, Brazilian or Chinese one; a night in a European hospital typically costs four times as much.

Western medical-device firms are well aware of eastern innovation. Indeed, firms such as GE Healthcare, Philips and Medtronic are investing heavily in China and India: setting up research centres, hiring local talent and developing frugal inventions of their own, which they gleefully sell both locally and in other emerging markets. Alas, they are not rushing to market such thrifty ingenuity back in America or Europe.

Two main factors keep cheap devices out of Western markets. One is the muting of price signals. Health care is not an efficient market in the rich world because—be it in Europe, where the state typically pays the bills, or in America, where private insurance companies do—the customer does not have to shop around. Patients neither know nor care how much anything costs, so they demand the best of everything, which is wonderful for the makers of hugely expensive equipment.

A second factor—which applies more in America than in Europe—is red tape. America’s Food and Drug Administration (FDA) is excessively risk-averse: it often takes twice as long to approve a new medical technology as European regulators do. America’s confusing approvals process deters upstart medical-technology firms, since they typically lack the deep pockets and army of experts required to navigate it. And for a device to succeed in America it must be blessed not just by the FDA but also by the bureaucrats who oversee Medicare and Medicaid, the two huge government health-care schemes. Obtaining that blessing can take years.

Frugally does it

Just as the appearance of cheap, well-engineered Japanese cars disrupted Western car markets, so the rise of frugal technology could transform the market for medical devices. Western politicians need to encourage this to happen. By turning their governments into better purchasers and by eliminating the barriers that discourage the sale of cheap technology in the rich world, they could bring down the cost of health care. That should earn them the gratitude of patients, taxpayers and workers—in other words, voters.”

As últimas da DuPont

Depois de um prolongado namoro em que tiveram uma joint venture para a produção de etanol a DuPont comprou a Danisco por $6,3 mil milhões de dólares. Ao contrário do que costumo fazer neste blog estas são notícias fresquinhas de hoje.

“DuPont recently announced it had entered into a definitive agreement for the acquisition of Danisco, a global enzyme and specialty food ingredients company, for $5.8 billion in cash and assumption of $500 million of Danisco net debt.  Upon closing, this transaction would establish DuPont as a clear leader in industrial biotechnology with science-intensive innovations that address global challenges in food production and reduced fossil fuel consumption.” (DuPont News, 11/1/11)

Na véspera de um exame que fecha mais um ciclo desta disciplina é o fecho do círculo e o regresso aos temas da primeira aula e os caminhos que percorre a indústria química nos dias de hoje. Está tudo contido neste parágrafo…