Category Archives: Natural

Coração de fruta

O outro prémio da Nutrition awards foi para a Frulact e chegou ao meu mail como muitas outras notícias de novos produtos desta empresa porque ex-alunos da UA estiveram envolvidos no seu desenvolvimento. A ideia conceptualiza a introdução do conceito “fun” no consumo de fruta. Fica a transcrição da notícia do Público sobre este assunto:

“Imagine-se um coração de kiwi, uma estrela de morango ou um nome escrito em letras de pêssego: foi também à volta da fruta que se pôs a trabalhar a empresa agro-alimentar Frulact. A fruta já é há muito tempo a base do seu trabalho – é a Frulact quem trata a fruta que é depois integrada em iogurtes de várias marcas. Mas desta vez decidiram testar a ideia de um dos funcionários e tentar desenvolver fruta moldada em diferentes formas.

A base utilizada é uma fonte amiloproteica, que pode ser sêmola de trigo duro, glúten, farinha de arroz ou farinha de milho, e depois uma fonte de fruta (também podem ser usados vegetais ou cacau) que pode representar até 98% do produto final.

A ideia é que daqui saia fruta nas formas que se quiser: estrelas, corações, letras ou outra qualquer, que podem ser consumidas em separado ou colocadas em iogurtes outoppings de gelados, por exemplo. O produto, baptizado como FruShape, ainda não está no mercado porque a empresa procura agora um parceiro interessado em comprar uma parte da produção suficiente para justificar o investimento em maquinaria.”

Chobani Greek Yogurt

As  revistas de gestão adotaram este novo case study e nas redes não se fala de outra coisa… E eu que tenho o recorte em cima da minha mesa de trabalho desde o final de Agosto não posso continuar a fugir a falar deste fenómeno. Comecemos pelo início na primeira pessoa:

“I’ve always loved yogurt—the thick kind I grew up eating in Turkey, where my mother made it from scratch on our family’s dairy farm. When I moved to the United States, in 1994, I found American yogurt to be disgusting—too sugary and watery. If I wanted yogurt, I usually made it myself at home. So when I came across a piece of junk mail advertising a fully equipped yogurt factory for sale, in March 2005, I was curious. The factory was about 65 miles west of the feta cheese company, Euphrates, that I’d started in upstate New York a few years earlier. In 2005 Euphrates had fewer than 40 employees and about $2 million in sales; it was barely breaking even.

Kraft owned the yogurt factory, and it had decided to get out of the yogurt business. The advertisement showed some photographs of the building, which had been constructed in 1920 and appeared to be in rough shape. The best thing about the place was the price: less than $1 million. Some of the individual machines would cost more than that if purchased new.  I was able to borrow the money to buy the factory—and after Chobani hit the market, I financed our growth through further bank loans and reinvested profits.”

 

 

2005: Hamdi Ulukaya buys an old Kraft yogurt plant in upstate New York.

2006: The plant makes U.S.-style yogurt for other companies, while Ulukaya and a Turkish-born yogurt maker develop the Chobani recipe.

2007: The first cup of Chobani hits grocery shelves in Great Neck, New York.

2009: Chobani becomes the best-selling brand of Greek yogurt in the United States.

2010: Chobani becomes the best-selling brand of all yogurt in the United States and expands to Canada and Australia.

2013: Chobani sales are expected to top $1.3 billion.

 

Haveria tanto para dizer mas deixo-vos com esta imagem da HBR é uma magnífica descrição do que é uma inovação disruptiva na sua criação de mercado. E o que é surpreendente com o Chobani é como se cria uma inovação disruptiva a partir da introdução num mercado de um produto que é na base um produto tradicional e sem grande novidade tecnológica, mas com uma leitura das tendências de mercado que o leva ao sucesso. Se se consegue criar um mercado de mais de 2 mil milhões de euros a partir do iogurte grego que mercados e de que valor conseguiríamos criar a partir de alguns dos nossos produtos tradicionais? Necessito de voltar aqui ao apelo em favor das natas e do frango de churrasco?

 

E já agora a minha homenagem a Hamdi Ulukaya que soube sonhar a mudança, acreditar nela, e trabalhar para a fazer acontecer.

 

 

TomTato

Mão amiga faz-me chegar esta “monstruosidade” que prova que não necessitamos de OGMs para produzir bizarrices… Passado o primeiro impacto o resultado parece ser bem curioso… Como inovar numa atividade com mais de 5 milénios como a agricultura… O produto é exatamente o que se vê na imagem abaixo, uma mistura de um tomateiro com uma batateira através da enxertia de um tomateiro num pé de batata. Está já disponível no mercado e podem adquiri-la junto da Thomson & Morgan aqui.

Like

Esta chegou por mail e vai mesmo tal e qual, sem cortes nem adições

“Boa tarde professor,

Não é nada inovador, mas um Aluno de Engenharia Química, Frederico Barros, que certamente teve DPQ com o professor lançou agora os Sabonetes Like,
 Aromas de Côcô, Morango, Mel e Baunilha. Não ficou de mão atadas e começou a trabalhar naquilo que aprendeu.
Ainda é um projecto muito recente mas os sabonetes são óptimos e tem um aroma fantástico.
Cumprimentos,
AIF”

Inovação alimentar

Chegou-me por mail uma chamada de atenção para esta interessante reportagem da RTP no programa O Nosso Tempo. Entre os 10′ e os 20′ podem assistir a um conjunto de peças sobre a inovação em grandes empresas como a Compal (de onde vêm as ideias para os novos sabores de sumos?) e Néstle, ou pequenas empresas pouco conhecidas como a b.muu que faz concept burger ou a ELLG gourmet.  É só seguir o link. Vale a pena gastar estes 10 minutos a descobrir um pouco mais sobre a inovação na indústria alimentar e de como inovar pode ser tão divertido e custar tão pouco… Atrevam-se… E já agora ficam com links para estas empresas mencionadas no vídeo caso queiram descobrir mais sobre elas…

Le Pain Quotidien

Ainda cá não chegou mas é uma dos franchisados que acredito tenham um potencial de sucesso muito elevado. O mais perto é em Madrid e foi aí que o conheci. Nestes dias em Londres tornou-se no fornecedor oficial dos pequenos almoços do grupo… O pão é fantástico, as compotas divinais, os capucinos servidos em malgas imensas tornaram-se um must a cada manhã… O ambiente rústico e acolheder é o ambiente perfeito para os produtos fabricados com ingredientes naturais, de origem biológica ou de comércio justo. E sobretudo para os pães longamente levedados como já não se usa… Experimentem quando puderem… Se puderem… Ou então ganhem coragem e montem o primeiro por cá…

Beleza biológica (ou orgânica?)

No Público de 18/10 há um artigo muito interessante sobre uma empresa portuguesa de cosméticos. Chama-se Myeko ( de my + eco). Propõem cosméticos à base de produtos naturais biológicos. Gostei por multipla razões, agarram bem as tendências actuais de consumo, criam produtos atraentes como se pode ver abaixo na imagem, e é um conceito e um tipo de empresa que qualquer um de vocês poderia ter criado pois insere-se completamente no âmbito do que falamos nesta disciplina. Descubram mais sobre ela… Inspirem-se…

Químicos… sem químicos

Trouxe esta para um amigo que se interessa pela divulgação da química mas não resisto a partilha-la convosco pelo que traduz de tendências sociais que afectam também de forma muito significativa os produtos (químicos… shhh…) Um estojo didático para ensinar química… sem químicos…

Isto lembra-me o agente do serviço de fronteiras que inspecionava o meu passaporte e que me perguntou onde ia e o que ia fazer… Que era Eng. químico e ia a uma conferência  de química disse eu… E traz químicos consigo perguntou-me de imediato… Menti-lhe dizendo que não… Como poderia eu explicar-lhe que o ar que respirava, a água que bebia e todo o meu corpo, as minhas roupas e até o passaporte que ele segurava nas mãos eram químicos?… Não evitou que me enviasse de imediato para o “secondary control” como perigoso subversivo…

IMG_4849