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McDonald’s e a pera rocha

A McDonald’s continua a apostar nos sabores locais. De acordo com  John Alves, diretor de Marketing e Comunicação da McDonald’s Portugal

“Depois dos lançamentos do McLusitano, do Sundae de Doce de Ovos ou da McBifana, realizados este ano, o Sundae Origens com cobertura de Pera Rocha do Oeste é mais uma inovação exclusiva para o mercado português que traduz a nossa filosofia de integração e adaptação ao gosto e preferências nacionais.”

Surge assim este novo produto, desenvolvido em Portugal, em exclusivo para o mercado nacional, pela Frulact – o mais recente parceiro nacional da McDonald´s – em colaboração com a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP).

Intentional Chocolate

É de mim ou esta coisa do New Age por vezes vai um bocadinho longe demais?… E não me pronuncio sobre a qualidade do chocolate… Tirem as vossas próprias conclusões…

“Intention is a thought, a blessing, a prayer, any act of consciousness that comes from the we not the me.™ To be intentional is to lead a purposeful life, to create meaning through decisions and actions that do no harm and benefit others™. At the core of intention is love. (…) Intentional Chocolate™ is the result of breakthrough technology enabling chocolate to be “embedded” with the focused good intentions of experienced meditators. Intentional Chocolate™ is unique among food products in that it has been experimentally demonstrated to improve the overall well being of those who consume it. The results of this pilot study are published in the November 2007 edition of the peer reviewed, scientific publication Explore: the Journal of Science and Healing. Intentional Chocolate™ is the first product born out of mind- matter technology.” Pois… Parece que até está “demonstrado cientificamente”… Com resultados publicados em peer review journal publicado pela Elsevier!!!!

Beauty drink e os aliméticos

Já nos iamos familiarizando com os nutracêuticos mas agora temos aí os aliméticos (alimentos + cosméticos). Na linha da beauty food de que falei ontem há agora uma série de produtos visando a beleza a partir de dentro, criando alguma indulgência para o consumo de chocolates (Choc beauté) ou outras goluseimas (Beauty candy). Os pioneiros neste domínio foram, como seria de esperar, empresas de cosmética como a Daniele de Winter em França ou a Cris Arcangelli no Brasil.

Os Beauty Drink da Cris Arcangelli são muito curiosos porque se dirigem já a um segmento de mercado mais baixo do que os da Danilel de Winter permitindo uma maior difusão do produto, e têm uma embalagem em que os principios activos são preservados na tampa só se misturando na água no momento da abertura. Ganharam um prémio FISA deste ano. São ainda complementados pelos Beauty Candy, “balas” de colagéneo com vitaminas em quatro sabores…

“Beauty in, porque a beleza primeiro vem de dentro”

 

De volta aos gelados…

É  um tema recorrente aqui… Voltamos a ele antes que de todo passe a vontade… Descobri a Cold Stone Creamery num livro sobre inovação há dias… Está agora na minha lista de prioridades para a próxima visita aos EUA…  Criou uma classe própria dentro dos gelados trazendo o espectáculo e transformando um acto pouco mais que trivial numa experiência inesquecível… Mas ecutemo-los…

“Donald and Susan Sutherland, scoured the world in search of the perfect ice cream.  (…) until Donald and Susan pursued their “Ice Cream Dream”– we were stuck with some pretty disappointing alternatives.  But after 1988 and the opening of the first Cold Stone Creamery in Tempe, Arizona, things changed.

At Cold Stone Creamery, we are proud of our heritage as Ice Cream Innovators. This heritage is based on a tradition of continuously redefining plain old regular ice cream into something truly extraordinary. Around here, we call every ice cream we serve a “Creation” – because each one is a work of art. Freshly made, smooth, creamy ice cream blended on a frozen granite stone with endless combinations – fruits, nuts, candy, cookies, brownies… Ever since we opened our first store back in 1988, we’ve been serving up what we refer to as Creations™  (…) we’re actually more like ice cream artists.”

Porque a inovação não é só a nível do produto que se faz, aqui de facto faz-se a nível do processo, do produto, do serviço, com toppings de fun e esxperiência… Mas para perceber melhor só vendo. Um video sobre o ambiente e apreparação dos gelados … O youtube está cheio deles, por razões óbvias…

Adoçantes: The sweetener battle

Há um artigo muito interessante sobre adoçantes numa das últimas edições da Economist que não resisto a transcrever na íntegra. Espero que gostem

The sweetener battle. The competition to make the most natural fake sugar

Jan 28th 2010 | CHICAGO | From The Economist print edition

AMERICANS have a sweet tooth and odd expectations. They slurp caramel macchiato as coffee and believe that candy, when placed in a bowl, becomes cereal. Strangest of all, many want their beloved artificial sweeteners to be less artificial. Merisant, which makes Equal, an aspartame sweetener, declared bankruptcy in January 2009, having been caught out by changing tastes. This month the firm emerged from bankruptcy ready for a comeback. It is betting heavily on the industry’s new divine ambrosia: a fake sugar that is natural.

Artificial sweeteners, now a $1.1 billion business in the country, have been part of Americans’ diet for decades. In 1957 saccharine made its debut as Sweet’N Low; the 1980s brought aspartame in Diet Coke and in Equal’s blue packets. The arrival of sucralose in 2000 upended the market. Manufactured by Tate & Lyle and marketed as Splenda by McNeil Nutritionals, sucralose had many advantages. Unlike aspartame, it did not fall apart when baked. Splenda’s slogan, “made from sugar so it tastes like sugar”, created a natural image. By 2007 Splenda had seized 61% of sugar-substitute sales in grocery and drug stores according to Information Resources Inc, a research firm.

There have been dark spots, however. Splenda-sweetened Diet Coke was a bust. The sugar lobby and Merisant sued McNeil, claiming that its slogan was misleading (McNeil changed it). Buoyed by a ruling from the International Trade Commission last year, other firms are now producing sucralose to compete with Splenda. And now there is another white hope.

The latest pretender is stevia, a shrub, and a sweetener extracted from it that was cleared for use by the Food and Drug Administration in December 2008. In some ways stevia is ideal. It contains no calories. It is natural. It also happens to taste like odious liquorice. Yet America’s food giants have thrown their weight behind it. Merisant, partnered with PepsiCo, and Cargill, with Coca-Cola, promptly introduced PureVia and Truvia, improving stevia’s taste with natural ingredients.

In supermarkets, green-and-white boxes of PureVia and Truvia now beckon to shoppers with promises of being “all natural” and “nature’s perfect sweetness”. Wary of being left out, McNeil and NutraSweet, a big producer of aspartame, have rushed to offer stevia products. Truvia, Cargill and Coca-Cola’s product, is in the lead. Food processors, used to working with Cargill, are adding it to their ingredients. In December Truvia captured 58% of retail sales in the stevia-sweetener market, according to ACNielsen, a research firm.

Still, Truvia accounts for just 6% of retail sales of sugar substitutes. If stevia sweeteners are to become truly popular, they must overcome two obstacles. First, they cost more to make than their rivals. Second, most stevia products still have a distinct flavour. Merisant reckons it can solve both problems. Yet when Craig Petray, NutraSweet’s chief executive, is asked whether stevia tastes good, he replies gently: “I would say it tastes really different.”

Ainda para as festas

De viagem frequentemente trago fotos de curiosidades para vos mostrar e que acabam a morrer no meu imenso ficheiro de imagens sem nunca chegar à sala de aulas… Esta é uma delas que trouxe de uma viagem a Filadélfia em 2008…

Há produtos que achamos que serão um sucesso e que rapidamente encontram o caminho do esquecimento… Há outros que, sem que ninguém perceba porquê, se tornam num sucesso… A história desta cebola recoberta de chocolate é uma delas…

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Bochox

 E para continuar nos chocolates vamos ao Bochox… Já conhecem? Não me perguntem pela qualidade do produto porque não me senti tentado a prová-lo mas é um exemplo do FUN aplicado a um produto para tentar marcar a diferença.

A embalagem imita uma caixa de medicamentos (com aquele nome tinha que ser algo deste tipo a embalagem…) cheia de advertências… O conceito tem muita piada. Se o chocolate é bom ou não já não sei…

Segredos

E não resisto a partilhar um segredo. Em chocolates, gelados e doces sou muito selectivo e exigente. Ao morar em Roma descobri que gostava de gelados, mas quando eram feitos de produtos naturais, fruta autêntica, leite, ovos… Nos chocolates é semelhante. Há poucas marcas de chocolate que eu ache que valem a pena. A Valrhona “por supuesto” (O meu orientador de doutoramento, Erling Stenby, um apreciador de grand cuisine e alguém que me ensinou muito para além de ciência dizia-me que distinguia as boas pastelarias pelo facto de terem Valrhona à venda…) mas não é a única. Há um par de anos em Berlim descobri a Rausch. Dentro do clássico a loja é um bonito espaço, os chocolates bem embalados e a diversidade estonteante… Discriminados por origem os negros são muito intensos com uma textura muito agradável. Infelizmente parecia um prazer limitado às escassas viagens à Alemanha…

Por mero acaso descobri que se podiam encontrar em Portugal também… Sob outra marca  (J.D. Gross) mas mantendo essencialmente a mesma qualidade podem encontrá-los no Lidl aos preços a que o Lidl nos habituou… Com teores de cacau de 30 a 76% ao gosto de cada um… Experimentem-nos…

Balaguer, conhecem?

E chegar a um quarto de hotel e ter uma caixinha de boas vindas de chocolates Balaguer?

Este catalão é genial. Traz os conceitos de cozinha de autor para os chocolates. A maneira como combina sabores é extraordinária. A grande vantagem é que enquanto as criações de um grande Chef ficam confinadas ao seu restaurante as de Balaguer entram no domínio dos produtos de consumo e tornam-se acessíveis ao publico em geral. Para além da formulação ele é um mestre também no design, vejam isto

 

E as suas lojas são prodígios de minimalismo. Se quiserem uma experiência diferente com chocolates passem por lá.