Inovação made in China

“How innovative is China?” perguntava-se um artigo da Economist que dava conta de que “China has overtaken America again. Its patent office received more applications than any other country’s in 2011.” Mas vale e pena ler o artigo que transcrevo aqui na integra para perceber o valor que hoje têm as patentes e os rankings que as envolvem:

“In America and Europe, roughly half of patent applications are lodged by foreigners. This used to be true in China, but in the past few years filings by locals have surged to three-quarters of the total (see chart). Is this because China has suddenly become more innovative? Or is it because government incentives have prompted people to file lots of iffy patent applications, which the local patent office has a tendency to approve?

 

Data from the UN’s World Intellectual Property Office suggest that some of the apparent spurt in Chinese innovation is illusory. Or at least, patents in China are probably less valuable than those in America or Europe.

Hardly any Chinese inventors seek to patent their ideas abroad. Between 2005 and 2009 fewer than 5% did (see chart 2). In America, the figure was 27%; in Europe, more than 40%. Geeks in the West should not relax, but it is not clear that their Chinese rivals have yet outstripped them.”

 

O mau funcionamento da máquina de ideias…

Um dos últimos números da Economist traz uma capa interpelante, para não dizer mais, conforme podem ver na reprodução abaixo. Há neste momento um debate intenso que vale a pena seguir sobre o impacto que as inovações disruptivas têm sobre a sociedade. Vários advogam que o computador, a internet, a biotecnologia, a descodificação do genoma, a revolução nas telecomunicações estão a ter um impacto muito menor que a eletricidade, os transportes e outros avanços tiveram sobre o bem estar e a produtividade da sociedade. Uma destas ideias é resumida no tema da capa “Molecular medicine has come nowhere close to matching the effects of improved sanitation.” Vale a pena ler o artigo apesar de extenso… Como é hábito na economist é cheio de exemplos e contra exemplos e de material para alimentar a reflexão mais do para dar respostas… Desde a fé que os redatores da Economist põem no potencial da impressão 3D ou nos carros sem condutor enquanto revolução no transporte, na argumentação de que a falta de impacto das novas tecnologias se pode dever a um efeito cinético, em que as coisas demoram o seu tempo a fazer efeito (devo dizer que o impacto dos computadores e da facilidade no acesso à informação tem tido um impacto fantástico na produtividade científica… espero que se venha a traduzir em novas tecnologias a prazo…) Um dos argumentos para explicar o impasse na inovação (e produtividade) é a própria globalização. Autores argumentam que com o abaixamento do preço da mão de obra devido à globalização o investimento em ganhos de produtividade (através da inovação) deixaram de ser relevantes… Argumentos sobre o efeito potenciador da globalização sobre a inovação são também apresentados… Fica a sugestão e a imagem que espero desperte o vosso interesse…

Molecular medicine has come nowhere close to matching the effects of improved sanitation

Tomelo e o leite de burra

Tomelo é uma empresa que, baseada no conceito de eco desenvolvimento, utiliza o leite de burra de uma raça autóctone portuguesa ameaçada de extinção, para a produção de produtos de beleza e higiene pessoal. Usando a burra Cleo como imagem criaram um leque alargado de produtos baseados nesta pouco usual matéria prima.

Para os que não tem disponibilidade para ir a Vimioso podem encontrar os produtos deles online, na loja do Porto ou em vários distribuidores pelo país a fora… Atendendo à época fica a versão natalícia da Cleo…

 

 

 

 

 

Perfume de… pizza

Quem não gosta do aroma do pão quente ou de uma pizza a sair do forno?… Mas quem se lembraria de transformar esses aromas num perfume?… A Pizza Hut lembrou-se… Pode não ser um sucesso de vendas como perfume mas o carácter lúdico do produto constitui uma interessante campanha de marketing para a marca…

 

PS E no entanto como ambientador para determinados ambientes poderia ser um sucesso…

Tasmanian Rain

Não deixam de me surpreender as formas engenhosas de vender aquilo que podemos ter gratuitamente… Que tal uma garrafa de água da chuva?  É exatamente isto que nos propõe a Tasmanian Rain… O produto não é novo, embora só agora tenha chegado ao meu conhecimento, mas continua a ser imaginativo, vender água da chuva engarrafada vinda de paises exóticos… Tenho dúvidas que seja tão saudável e ambientalmente correcta quanto pretende mas isso é outro assunto…

Portugal Foods em Abu Dhabi

Depois de aqui ter elogiado a indústria do calçado é a vez da alimentar. A Portugal Foods é a marca através da qual o sector agro-alimentar protuguês se promove internacionalmente. É sempre bom ver sectores industriais a trabalhar em conjunto para ganhar dimensão, massa crítica e chegar mais longe. Aparentemente a participação na SIAL 2012 foi um grande sucesso.  Notem na reportagem o sucesso que um produto improvável (azeite com láminas de ouro) e já aqui discutido fez num mercado peculiar como o árabe…

Um blog sobre inovação, tendências e novos produtos