João Almeida & Mário Cruz (CIDTFF) | in Sensos-e, Vol 6, No 2 (2019): INW2019, pp. 3-19

O número especial da revista Sensos-e, dedicado à InterNetWorking Conference – Intercultural Week 2019 (INW19), conta com editorial e um artigo da (co)autoria do investigador do CIDTFF, Mário Cruz. Além de Mário Cruz, destaca-se ainda a participação da investigadora do CIDTFF, Ana Sofia Pinho (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa) na revisão dos artigos.

Resumo:

“Começaram a surgir alguns estudos relacionados com a implementação da metodologia “Escape Room” (Guigon 2018) em contextos de ensino secundário, sendo o seu enfoque a maneira como o uso deste tipo de abordagem pode promover o desenvolvimento das competências do século XXI (Cruz & Orange , 2016), ou seja, o pensamento crítico, a resolução de problemas e a colaboração. No entanto, pouco tem sido investigado sobre os efeitos desta metodologia para alunos do 1º CEB.

Este artigo visa apresentar o projeto “Escape 2 Educate” e discutir a implementação da metodologia “Escape Room” em ambientes de aprendizagem de inglês no 1º CEB. No âmbito deste projeto, os alunos foram trancados dentro de uma sala de aula, e para escapar – e, portanto, ganhar o jogo -, tiveram que superar uma série de desafios usando conhecimentos específicos e competências adquiridas nas aulas de inglês.

Seguindo uma abordagem metodológica etnográfica, observámos práticas baseadas na metodologia ‘Escape Room’ com um grupo de alunos que se encontram a frequentar inglês no 2º / 3º anos de escolaridade. Durante estas práticas os alunos foram convidados a responder questionários, decifrar enigmas, escrever mensagens, resolver problemas, analisar vídeos de forma crítica, etc.

Os resultados mostram que as tarefas baseadas na metodologia “Escape Room” promovem o comportamento colaborativo entre os alunos, o que, por sua vez, promove a resolução criativa de problemas e o pensamento crítico na sala de aula. De facto, esta metodologia, como uma experiência gamificada que permite que a aprendizagem seja envolvente, significativa e experiencial (Fernández-Corbacho, 2014), pode ser uma maneira muito interessante e divertida de desenvolver competências, não apenas daqueles que aprendem, mas também daqueles que ensinam.”

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Referência:
Almeida, J., & Cruz, M. (2019). ‘Escape 2 Educate’: a metodologia “Escape Room” no ensino de inglês no 1º CEB. in Sensos-E, 6(2), pp. 3-19. Retrieved from https://doi.org/10.34630/sensos-e.v6i2.3466