No seguimento do artigo sobre calçado origami fizeram-me chegar este sobre abrigos origami para sem abrigo ou para situações de catástrofe. O Cardborigami é uma criação da designer Tina Hovsepian e consiste num abrigo feito de cartão, usando os conceitos do origami, capaz de proporcionar um alojamento temporário.
A simplicidade do conceito, os materiais, e o objetivo do trabalho fazem disto uma boa ideia a caminho de se tornar uma inovação. Para isso só lhe falta chegar ao mercado, e para isso conta com uma campanha de crowdfunding no GoFundMe. Para quem quiser contribuir…
Chamam-me a atenção para uns quantos exemplos de personalização em vários tipos de produto. Retenho um para aqui apresentar. E de novo da Viarco. Desde um lápis de carpinteiro, a um molho de lápis em cedro passando por um lápis para o dia da mãe… Se diziamos ontem que o limite era a imaginação, pode ver-se que imaginação não falta por estes lados…
A personalização dos produtos é uma tendência cada vez mais importante. Há tempos as bicicletas e a sua personalização foram objeto de posts aqui no blog. Mas se não é de grande consumo é necessário mais imaginação. Ficam aqui dois exemplos de sucesso que contribuem para uma fidelização dos clientes/utilizadores à marca:
O primeiro saiu-me no monitor quando abri o Google no dia do meu aniversário
Não é difícil fazer uma coisa destas com a informação que têm de nós… Mas concebe-lo e dar-se ao luxo de o fazer para os milhões de utilizadores que usam o Google diariamente comporta um trabalho e tem custos que nem todas as empresas se disponibilizariam a pagar… Mas a sensação que se tem ao ver uma coisa destas é muito mais forte do que qualquer campanha de marketing…
O segundo exemplo é uma campanha bem conseguida da Nutella que visa personalizar os rótulos das embalagens. Claramente o que limita a personalização de um produto é apenas a nossa imaginação…
Os MUPIs da SAP já me deram temas para outros posts. É uma empresa muito atenta às necessidades de gestão e à criação de ferramentas para a gestão da inovação. Agora que a Open innovation entrou decididamente no mainstream da gestão a SAP desenvolveu uma ferramenta tipo cloud para a recolha de informação dispersa na empresa, potenciando o brainstorming.
SEOUL, Oct. 2 (Yonhap) — The number of new applications submitted to the country’s copyright agency for coffee-related products and brands surged in 2012 from four years earlier, data showed Wednesday.
Around 1,100 coffee-related trademark applications were filed in 2012, rising sharply from an annual figure of 300 cases tallied in 2008, according to the Korean Intellectual Property Office.
Esya foi a notícia que li num jornal económico coreano de regresso à Europa. Mas bastava olhar para os expositores para perceber como as bebidas à base de café inundaram o mercado. Vejam as fotos abaixo.
Mas olhar para os expositores de um país estrangeiro é muito interessante de variadas formas e descobrem-se surpresas… Vejam o interesse dos coreanos em bebidas energéticas (de novo a cafeína) e em particular o Guaraná… Este V tem 30% mais cafeína que um Red Bull…
E a venda de suplementos alimentares como bebidas
E em particular o Gurosan Coreano ( com o sugestivo nome de Dawn…)
“First we observe and digest a new product. Then we imitate it. In the end we understand it well enough to design a new product independently.” Zhang Ruimin, CEO of Haier.
As viagens são motores de inovação e expõem-nos a imensos casos de estudo. Nos próximos posts apresento-vos alguns que trouxe da minha recente visita à Coreia. Hoje sobre a cópia e o quanto esta forma elementar de desenvolvimento de novos produtos está ainda patente na indústria coreana. E nem vou abordar as guerras Samsung vs Apple ou a forma despudorada como as marcas coreanas copiam o design dos carros alemães… Fiquem com estes poucos exemplos…
Tranquilizem-se os apaixonados pelas torradas (com ou sem côdea) com manteiga a derreter, falamos do velhinho VW, em produção desde 1950. A última unidade sairá da fábrica da VW no Brasil no final deste ano. O desaparecimento de um produto de sucesso e de culto, que marcou gerações, deixa-nos sempremais pobres. Resta esperar que as existentes continuem a rolar pelas nossas estradas por muito tempo… E que como aconteceu com o Carocha, mini, ou Fiat 500 e que um dia a VW se resolva a presentear-nos com a versão sec XXI deste clássico… Fiquem com o anúncio de deslançamento…
E não vos vou massacrar a cabeça com a Gaiola Dourada, que apesar de ser um produto de sucesso e que merece discussão não entra no tipo de produtos que aqui normalmente apresento (Pensem no entanto no potencial do mercado da saudade que aquele filme mostrou existir…) Queria antes falar-vos hoje de novo da NELO. Depois de tantas medalhas olímpicas até já passamos a achar graça ao pitoresco da marca: NELO. O MUDE (Museu de Design e da Moda, a visitar quem não conhece ainda) resolveu criar “um novo espaço de programação dedicado à apresentação de produtos, serviços e marcas nacionais que sejam exemplos de inovação e criatividade, bom design e estratégico posicionamento de mercado.” Bem hajam! Este Verão o escolhido foi a NELO
“A empresa NELO é a empresa líder no mercado de kayaks e canoas de competição, estando presente em mais de 40 países. A fábrica, com mais de 7.000 m2 e de 100 trabalhadores, conjuga a tecnologia e know-how com a qualidade artesanal do seu início.
Naturalmente que quando o Álvaro sugeriu lançar a Nata como objecto de franchising internacional mencionou o Nando’s como exemplo. Claro que enquanto a intelligentzia nacional ria alarve da proposta do ministro o Fernando Duarte, aquele empresário de origem portuguesa que converteu o frango PERi-PERi numa “fashion” fazia comentários elogiosos à ideia… Afinal ele fez exatamente isso com uma outra singularidade portuguesa tornando-a num produto apetecível pelo mundo fora. O pedido dos One Direction (alguns dos fãs da cadeia) antes do concerto de Newcastle deu a volta ao mundo nas redes sociais. O que é que eu acho interessante nisto? O potencial que alguns dos nossos produtos menos prezados, como o frango de churrasco, têm no mercado internacional quando não temos pejo em os assumir… Afinal julgam que pizza e hamburguers são alta cozinha americana? Nem sequer vergonha da Marca. Gosto de ver a forma despudorada como se assume o Nando’s, ou a Nelo… Em contraponto à vergonha sentida por alguns dos nosso intelectuais urbanos face ao sucesso de produtos como a Gaiola Dourada (veja-se a inenarrável crónica do MEC no público de 8/9)… O meu desafio para os meus atuais e passados alunos? Imaginar como poderemos converter um produto típico português em algo capaz de conquistar o mercado internacional como fizeram com os gelados de ovos moles, um “starbucks” de natas, ou um frango de churrasco…
Um blog sobre inovação, tendências e novos produtos