“O Pisca (já mexe e) não Arrisca”, foi o nome que o ccTICua atribuiu às últimas atividades realizadas com alunos no 1º e 2º Ciclos, nos dias 20 e 21 de fevereiro, na escola EB23 da Pampilhosa do Botão e no Centro Cultural de Fornos de Algodres, e dinamizadas pela investigadora do CIDTFF, Maria José Loureiro e Filipe Moreira, colaborador do ccTICua.

Desde que o robô Mi-Go foi pensado, há alguns anos, este centro de competência tinha em mente a realização de atividades que cruzassem a robótica com o projeto SeguraNet, tendo surgido essa oportunidade numa ação que reuniu cerca de 300 alunos e 30 professores e consistiu na sensibilização para as normas de conduta online através de debate, mostras de vídeos e colocação de alunos em situações de conflito cognitivo perante o qual deveriam reagir da forma que lhes parecesse mais adequada.

A inovação esteve no facto ter sido introduzido, no final de cada sessão, uma atividade lúdica em forma de jogo, na qual os alunos, em pares, programavam um robô (que adquiria a personalidade de “Pisca não Arrisca”).

A atividade consistia na escolha de um cartão vermelho, ao acaso, no qual estava inscrito um comportamento online inadequado; fazer corresponder este comportamento a uma imagem retirada, maioritariamente, do material SeguraNet “5 dicas” que correspondesse ao conselho ou advertência para o minimizar; colocar, no tapete por onde o robô “Pisca” se movimenta, o ponto de partida (cartão vermelho) e o ponto de chegada (cartão da imagem), assim como os obstáculos sob a forma de cartões; e programar o robô para que chegasse ao destino, tendo em consideração os obstáculos e sua colocação.

Para isto foram utilizados, no primeiro dia, na Pampilhosa do Botão, os robôs Mi-Go, Doc e Cyber Robô da Clementoni. No segundo dia, em Fornos de Algodres, utilizou-se o Mi-Go, o Mouse robô e o Doc.

Observou-se, através das atividades realizadas, que, por um lado, os alunos têm grandes dificuldades em identificar quais os comportamentos online relacionados com determinado risco: sabem os comportamentos a adotar, mas perante situações concretas nem sempre são capazes de aplicar conhecimentos adquiridos previamente. Por outro lado, programar o robô, também nem sempre foi fácil, uma vez que muitos dos alunos demonstraram grandes dificuldades em questões relacionadas com a lateralidade.

A atividade foi, contudo, muito enriquecedora e proporcionou mais uma ocasião para efetuar aprendizagens contextualizadas e significativas que poderão levar os alunos a interiorizar os conhecimentos de forma mais consolidada.