Gripe A II

Na sequência do artigo abaixo, um bom exemplo de medidas tomadas pelas instituições de ensino vem, neste caso, da minha instituição – Universidade de Aveiro. O seu plano de contingência para enfrentar eventual pandemia da gripe A foi agora divulgado e pode ser consultado em: http://uaonline.ua.pt/detail.asp?c=15518.
Na escrita deste documento foi usada uma linguagem clara, objectiva e focada no essencial; este possui acções preventivas e medidas a adoptar em caso de contaminação.
Entre as primeiras destaco:

  • linhas de atendimento telefónico 24h e e-mail;
  • o reforço das acções de limpeza em fotocopiadoras, elevadores, computadores, puxadores e tampos de secretária;
  • a disseminação de dispensadores de solução alcoólica, toalhas de papel e toalhetes e lenços avulso; e
  • a sensibilização para evitar cumprimentos que envolvam contacto físico.

No segundo caso são referidas medidas como:

  • distribuição de máscaras e demais equipamento de protecção; e
  • a ponderação da necessidade de encerramento do espaço físico.

Gripe A

 Estamos ainda no Verão e os casos de contágio em Seres Humanos da gripe A (Vírus H1N1) continuam a aumentar, em todo o mundo e em Portugal.
O número de mortes é também crescente! Sem alarmismos tenho-me questionado e procurado informar-me sobre esta gripe; mas mantenho a grande questão:
Como é possível que, em pleno século XXI com todos os avanços científicos e tecnológicos, se assista a uma situação de pandemia como esta?
Existem já várias teorias explicativas. Algumas são bem imaginativas; outras levantam suspeitas, nomeadamente sobre os negócios que poderão estar ligadas a esta pandemia, que nos fazem pensar!
De qualquer modo, e agora que as férias estão a acabar e a própria OMS fala numa 2ª (ou mesmo 3ª) vaga de Gripe A com o advento do Outono assisto com preocupação ao começo das aulas em todos os níveis de ensino. Assim, além de todos os esforços que teremos de continuar a encetar, e dos que os serviços de saúde e de comunicação social têm feito, importa que todos os professores, nas suas primeiras aulas, façam uma campanha de informação e acção, por exemplo levando os alunos a cumprir com os procedimentos correctos de lavagem das mãos.
Sim, se usa casas de banho públicas repare quantas pessoas seguem os procedimentos aconselhados na lavagem das mãos e ficará, no mínimo, preocupado.
Para esta campanha educativa sugiro pois a consulta dos seguintes sites:

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+publica/gripe/virus+h1h1.htm
http://www.deco.proteste.pt/saude/gripe-a-respondemos-as-suas-duvidas-s562971.htm
http://static.publico.clix.pt/dossiers/gripeA/Default.aspx
http://aeiou.visao.pt/guia-sobre-a-gripe-a=f516586

Além disso, no 1º site acima recomendo os vídeos, como o que aqui se inclui sobre os cuidados a ter:

Crítica Social

Como já escrevi aqui, a música pode expressar muitos e múltiplos “olhares”. Depois da excelente prestação na recente passagem pelo Centro Cultural de Ílhavo a que tive o gosto de assistir, a maturidade dos Xutos e Pontapés proporcionou, no seu último trabalho, uma música que vale a pena ouvir: Perfeito Vazio.


Boas férias também com boa música!

Prémio Nacional Multimédia

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Decorreu no passado dia 25 de Junho a cerimónia de entrega do Prémio Nacional Multimédia (4.ª Edição), cuja informação pode ser consultada em: http://www.apmp.pt/gca/?id=94. O evento decorreu no Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações contou com a presença dos finalistas de cada categoria.
A razão de ser deste artigo prende-se com o facto do Courseware SERe (ver artigos neste blog de Março deste ano) ter sido finalista na categoria de “Educação e Cultura”. Independentemente de quem venceu (nesta caso a “Escola Virtual”) o que me pareceu de lamentar foi o facto de, no júri deste prémio, não ter participado nenhum especialista / perito em Educação.

Futuro Sustentável

Na página web da Década da Educação para um futuro Sustentável da Organização dos Estados Ibero-americanos está disponível o boletim nº 38 em: http://www.oei.es/decada/boletin038.htm,  dedicado ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de Junho.

Tal como escrevem os seus dinamizadores:
“El boletín, que lleva por título “5 de junio de 2009. Un Día Mundial del Medio Ambiente muy especial”, llama a convertir este 5 de junio en una jornada de activismo educativo en pro de un PROTOCOLO DE COPENHAGUE realmente efectivo para combatir el cambio climático. Una jornada que impregne la actividad escolar e irradie su acción a toda la sociedad, el 5 de junio y el resto del año, hasta lograr que los responsable políticos conviertan este Protocolo en una prioridad para la supervivencia de nuestra especie.”

Boas leituras e muitas acções em prol do ambiente!

Actualidade(s)

Depois de nas últimas semanas vários assuntos da Educação terem estado no centro das actualidades nacionais (caso da Professora de Espinho, Educação sexual, manifestação de ontem dos professores, …)  tive vontade de expressar algumas ideias sobre os mesmos.  Mas eis que ontem, ao ler  a Revista Única (#1909), encontrei a maioria delas expressas na crónica de Inês Pedrosa de título: “Avaliações – Histórias de um país onde a mediocridade rende e a excelência é proibida por lei”.

Assim, entre outras ideias que partilho, destaco:

  • O caso da Professora de Espinho não deve ser misturada nem deve ser relacionado com a questão da Educação sexual nas escolas Portuguesas;
  • Esta questão não é nova e existem já muitas boas práticas e acções em várias instituições educativas, como a tão referida de Moimenta da Beira;
  • “Viveu-se durante demasiado tempo a ignomínia igualitária que consiste em pagar do mesmo modo a excelência e a mediocridade — ou até, de premiar a mediocridade, que só é competente a lamber as botas certas”.
  • Os numerus clausus que impedem os Professores (e a maioria dos funcionários públicos) de acederem a Relevante (Muito Bom e Excelente) – 25 % dos que se candidatam em um número mínimo de 20 sendo que só um (5%) destes pode ser excelente—, têm de ser ponderados!

Não se pode limitar a Excelência; obviamente que também não se deve banalizá-la!
A proposta pode passar por uma cultura de avaliação rigorosa de todos (avaliados e avaliadores) que não impeça, quem quer que seja “relevante” de o ser, sem deixar de ter um desempenho profissional relevante por não ter perspectivas de alguma vez o ser!

Formação de Professores

A última revista Sísifo (disponível em  http://sisifo.fpce.ul.pt) tem um leque de artigos que sobre a formação e supervisão de professores que recomendo a todos os que se interessam ou trabalham nesta área.

De entre estes destaco o da Prof. Isabel Alarcão (referência ao fundo), por duas razões. Primeira porque nele apresenta uma re-conceptualização do conceito de supervisão “…que, na minha perspectiva, concede a esta actividade – a supervisão – uma maior abrangência, porque a estende à escola” (p. 119) a qual deve ser aprendente e reflexiva. Segunda, porque nele faz uma síntese de uma carreira de investigação e reflexão sobre esta temática, incluindo também evidências provenientes da sua prática, nomeadamente do caso de inovação curricular que acompanhou e apresenta na 2ª parte do artigo:

Alarcão, Isabel (2009). Formação e Supervisão de Professores. Uma nova abrangência. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 8, 119-128. Consultado em Maio, 2009 em: http://sisifo.fpce.ul.pt

Boas leituras!

O que é educar?

Depois da pergunta feita no artigo anterior e no contexto da sua actual pertinência (ver por exemplo o site: http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=70055&visual=3&layout=10 em que o  presidente da Conselho Nacional de Educação (CNE), Professor Júlio Pedrosa, refere que ainda não houve um entendimento “sobre os fins da educação e o que é educar”) venho remeter para possíveis respostas (disponíveis na internet):

  • Lei de Bases do Sistema Educativo (lei nº 46/86)  e alterações seguintes como a última (Lei n.o 49/2005) – ver por exemplo em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/405/lei_46_86.pdf
    “… o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.” (Art. 1, ponto 2);
    “… contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho. (Art. 2, ponto 4);“5 – A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva. “ (Art. 2, ponto 5).
  • A tradução para Português de: “Olivier Reboul, La Philosophie de l’éducation, Paris: Puf, 1971, pp. 11-32.” que pode ser lida em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/cadernos/ensinar/reboul.pdf; deste saliento:
    “A educação é a acção consciente que permite a um ser humano desenvolver as suas aptidões físicas e intelectuais bem como os seus sentimentos sociais, estéticos e morais, com o objectivo de cumprir, tanto quanto possível, a sua missão como homem; é também o resultado desta acção.”
  • A posição que um dos sites mais visitados por Educadores e Professores do Brasil: http://www.educador.brasilescola.com/orientacoes/o-que-educar.htm do qual se destaca:
    “Para a maioria das pessoas “educar” é uma obrigação exclusiva das escolas e de seus respectivos profissionais, se esquecendo que Educar é uma função de todos, tanto dos pais quanto dos educadores. O conceito de educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento, educar é estimular o raciocínio, é aprimorar o senso crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais.”

Perguntas

Dos vários comentários a alguns artigos deste blog que tenho recebido também por e-mail e de conversas informais tem resultado um conjunto de questões que a seguir sistematizo sem qualquer ordem de preferência ou importância e que espero possam despoletar comentários e possíveis respostas:

  •  O que é educar?
  • Afinal, a quem compete educar?
  • Porque existem dificuldades de aprendizagem, especialmente a Ciências e Matemática?
  • A (in)satisfaçãodos Professores Portugueses é diferente da de outros países? A que se deve? À avaliação de desempenho?
  • Qual deve ser o papel dos Pais / Encarregados de Educação?
  • O que se pode(e deve) fazer para melhorar a qualidade das aprendizagens dos alunos?
  • As alterações decorrentes do processo de Bolonha são (serão) uma resposta efectiva às necessidades de formação de professores?

3810

A Universidade de Aveiro vai emitir mais um Programa do 3810 na RTP2 esta noite – 24 de Março, cerca da 01h00.  A sequência das reportagens é a que a Newsletter nº 152 do 3810 apresenta e que se transcreve em seguida:

1) Courseware SERE

Courseware Sere é um recurso didáctico concebido a pensar na Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Os alunos do 1º e 2º ciclos do Ensino Básico constituem o público-alvo deste projecto de investigadores do Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da UA.

2) Museu do Vinho da Bairrada

Para além do leitão assado, há muito que a Bairrada é conhecida pelos seus vinhos. Desde 2003 que o Museu do Vinho da Bairrada mantém viva a história vitivinícola da região, ao mesmo tempo que brinda os visitantes com mostras de arte contemporânea.

3)  Webisódio #5 – Carne Pra Canhão

No episódio desta semana de “Carne Pra Canhão”, Alheiras recebe no seu quarto uma visita inesperada. A pensão Mimosa vai ser palco de uma tragédia…

Carne p’ra Canhão  é um projecto de alunos do Mestrado em Comunicação e Multimédia da UA que conta com o apoio do Laboratório SAPO.

Click

Para comemorar o Dia da Árvore e o Dia da Floresta, o Programa de Rádio da Antena 1 “Click” (Sábados às 13 h e 30 min) vai emitir amanhã a reportagem feita com dois dos autores (comigo e com a colega Maria João Loureiro) do Courseware SERe (ver artigos anteriores neste blog).
As “peças” serão:

  •  Investigadores da Universidade de Aveiro conseguiram extrair da casca do eucalipto substâncias químicas que podem ser usadas no tratamento de couros, na indústria farmacêutica, em cosméticos ou como aditivos alimentares.
  • Na rubrica sobre Biodiversidade, a bióloga Rosa Pinho da Universidade de Aveiro fala das origens desta data e do contributo dos descobrimentos para o empobrecimento da floresta portuguesa.
  • Courseware SERe – sobre a relação entre o ser humano e os recursos naturais, o qual foi desenvolvido por investigadores do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores da UA em parceria com a Ludomedia.
  • Na rubrica sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o docente da Universidade de Aveiro – Carlos Borrego revela como pode preservar os recursos naturais para promover uma consciência ambiental.

SERe na SIC

Porque não explicitei no anterior artigo sobre o Courseware SERe, clarifico que:
– os autores são Patrícia Sá, Cecília Guerra, Maria João Loureiro, Rui M. Vieira e Isabel P. Martins do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores – CIDTFF da Universidade de Aveiro;
– este recurso pretende dar resposta à falta de recursos didácticos informatizados de qualidade para o 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico (1º/2º CEB), concebidos no âmbito da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS);
– no site http://sere.ludomedia.pt é possível aceder ao software completo ou, no caso de não ter acesso à web, usar a versão em CD-ROM. Em ambas existe uma animação que serve como ponto de partida a uma fase de problematização orientadora do trabalho de pesquisa no que diz respeito, por exemplo, ao uso de recursos naturais energéticos (petróleo, biomassa florestal) ou à exploração de simulações sobre o impacte que o aumento da população e dos níveis e padrões de «consumo» de petróleo poderão ter no acesso aos recursos naturais.
– além do software educativo, o courseware integra um Guião de Exploração Didáctica – Professor, um Guião de Registos – Aluno/Utilizador, um Manual do Utilizador e uma Página web com ferramentas de suporte às suas actividades e acesso à mediateca.

Todas as sugestões e comentários sobre o courseware serão bem-vindos.

Acrescento que ontem – 16 de Março – o Programa “Nós por cá” do canal SIC fez um directo, onde na 2ª parte surge a reportagem sobre o Courseware SERe e pode também ser visto em:
http://sic.aeiou.pt/programasinformacao/scripts/VideoPlayer.aspx?ch=nos%20por%20ca&videoId={74C139F4-5389-422B-B584-EA0CEF06CAD1}

Earth Water

Uma colega enviou-me a informação e penso que, num blog como este, se justifica o artigo. Em resumo, trata-se de um projecto de solidariedade ligado à água Earth Water (ver foto abaixo) que se iniciou em Portugal.
Esta água, ao que se sabe, é o único produto no mundo com o selo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição (ver: http://earth-water.org/).
O slogan é: «A água que vale água». Isto porque, actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água potável.  Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.
Cabe-nos, pois, a todos um papel mais activo neste projecto de solidariedade!

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Courseware SERe

Será apresentado no próximo dia 26 de Fevereiro, na Universidade de Aveiro – Sala dos Actos Académicos pelas 15 h e 30 min, o Courseware SERe (software online e em CD-ROM, Manual do Utilizador, Guiões Didácticos,…). O destaque aqui dado a estes recurso educativo, resulta de várias razões,  entre as quais destaco:

  •  É um trabalho de uma equipa multidisciplinar desenvolvido mais intensamente ao logo dos últimos 3 anos em conjunto com uma empresa de conteúdos – Ludomedia;
  • Vem colmatar uma lacuna no mercado Português no que concerne aos recursos educativos de qualidade e fundamentados, nomeadamente que combinam as potencialidades das Tecnologias Educativas com uma Educação em Ciências focada no Desenvolvimento Sustentável.
  • Destina-se a maiores de 8 anos  e, em termos curriculares, foi concebido para alunos do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico;
  • Tem uma diversidade de actividades, centradas em duas fases – Petróleo e Florestas – e vai continuar a desenvolver-se para se focar em outros aspectos / dimensionalidades da sustentabilidade.

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Darwin

A propósito de comemorações e dado que no passado dia 12 de Fevereiro fez 200 anos que nasceu Charles Darwin (e também o 150º aniversário da publicação do livro “A Origem das Espécies”) não posso deixar passar a oportunidade para assinalar esse facto e destacar a iniciativa que o Pavilhão do Conhecimento está a desenvolver com o site:

http://www.darwin2009.pt/home/

Neste destaco para todos os interessados, particularmente professores dois links:

ACTIVIDADES DAS ESCOLAS (incluindo para o ensino básico)

RECURSOS EDUCATIVOS (especialmente os multimedia).

Com base nas observações efectuadas durante a viagem no barco Beagle além do livro anterior publicou: A Variação dos Animais e das Plantas sob a Domesticação (1868). Três anos mais tarde, como não tinha nestas obras sido explícito quanto ao Ser Humano, escreve: A Origem do Homem e a Selecção em Relação ao Sexo; este foi completado no ano seguinte com o livro: A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais.

Trata-se, do meu ponto de vista, de uma teorização que se propicia, em múltiplas vertentes, ao uso do pensamento crítico, como por exemplo a capacidades ligadas ao “suporte básico” (onde e em quê se baseia esta teoria?).