Decorreu entre os dias 8 e 10 de julho, no Centro de Congressos de Lisboa, o Encontro Ciências 2019 – Encontro com a Ciência e Tecnologia em Portugal, onde o CIDTFF esteve presente com três comunicações:

8 julho | DigCompEdu: o Quadro, a Check-In e a SAT | Margarida Lucas
As políticas nacionais e internacionais reconhecem a necessidade de equipar os cidadãos com as competências necessárias para utilizarem as tecnologias digitais de modo crítico, confiante e criativo. Aos educadores atuais, no sentido lato do termo, é exigido um conjunto cada vez mais amplo de competências que implica o desenvolvimento da sua própria competência digital.
O objetivo desta comunicação é dar a conhecer o Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores, também conhecido por DigCompEdu, que propõe 22 competências, organizadas em seis áreas de competência. A comunicação pretende, ainda, dar a conhecer duas ferramentas desenvolvidas a partir do DigCompEdu, bem com do modelo de progressão que propõe (níveis de proficiência A1-C2): uma de autorreflexão e outra de autoavaliação. Sobre estas, serão apresentados dados relativos a educadores de diferentes níveis de ensino e, com base nos mesmos, apontadas recomendações para o desenvolvimento da sua competência digital.

8 julho | Um ambiente térmico pode condicionar saúde de qualidade | Mário Talaia
A história mostra que quando se registam condições atmosféricas que favorecem certo tipo de circulação atmosférica a saúde, o bem-estar, a destreza motora e a tomada de decisão poderão ficar afetadas.
Há episódios relevantes registados como memória futura nomeadamente o ataque inesperado do general “Inverno” contra o exercito de Napoleão e exercito Nazi que tentaram fazer posse da URSS.
Ondas de calor fazem aumentar o número de episódios de insolação que se registam nos serviços de urgência hospitalar.
A qualidade do ar condiciona a saúde do ser humano. É bom salientar que a concertação do ozono troposférico aumenta com a temperatura do ar e episódios de trovoada. A concentração de pólenes, nas estações polínicas, apresenta riscos para a saúde afetando doenças do tipo DPOC, nomeadamente DVR (Doenças Ventilatórias Obstrutivas). Espaços verdes devem ser devidamente investigados face a surtos de alergia aos pólenes.
O ensino e aprendizagem fica afetado quando os estudantes estão num ambiente térmico considerado de quente ou de frio, favorecendo resultados tendencionalmente mais negativos.

9 de julho | Ambiente de Aprendizagem Colaborativa e Adaptativo | Vanda Santos (CIDTFF) & Pedro Quaresma
A plataforma Laboratório de Geometria na Rede (em Inglês, Web Geometry Laboratory – WGL), um ambiente de ensino e aprendizagem híbrido (presencial e à distância) colaborativo e adaptativo, integrando um sistema de geometria dinâmica. Um dos principais objetivos do ensino e da aprendizagem da matemática é melhorar a formação do pensamento abstrato em geometria dos alunos. O estudo da geometria, com sua natureza formal e construtiva, é e sempre será muito importante para uma prática matemática.
A utilização dos meios computacionais no ensino da geometria deve ser encarada como uma forma nova de conceber o ensino, ou seja, um novo instrumento de avaliação/diagnóstico durante as aulas. A aprendizagem da matemática subentende que os alunos trabalhem, de formas diversificadas na sala de aula, não só ao nível da interpretação mas também ao nível da criatividade com recurso à utilização de ferramentas computacionais.
A aprendizagem colaborativa é uma estratégia que pode melhorar a aprendizagem de diferentes temas em diversos níveis de ensino. A aquisição e partilha do conhecimento, pelos alunos em atividades colaborativas, resulta de um processo no qual a participação social possibilita a interação, a colaboração, o desenvolvimento e a avaliação das atividades, como ocorre nas atividades de resolução de problemas. A aprendizagem adaptativa, aquando da utilização do módulo adaptativo, é um importante contributo que fornece oportunidades em adquirir conhecimento, competências e atitudes.
O WGL sendo de acesso livre, garante a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e equitativa com o objetivo de melhorar uma aprendizagem eficaz.
Pretende-se a demonstração desta ferramenta nas vertentes administrador/professor/aluno.

Estudantes de doutoramento bolseiros da FCT tiveram a oportunidade de apresentar as atividades em curso e resultados recentes sob a forma de posters digitais, exibidos ao longo dos três dias do evento, em ecrãs tácteis. Estre estes, o poster do investigador de doutoramento Ângelo Ferreira “O caso do Externato de S. José. A língua portuguesa em Timor-Leste durante a ocupação da indonésia”.

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