Entre 11 e 15 de junho de 2018, decorreu a SEMANA DE ESCRITA CIENTÍFICA CRIATIVA “A Escrever é que a gente se entende“, dinamizada pelo Núcleo de Investigadores Bolseiros do CIDTFF, que proporcionou um conjunto de cinco workshops em que várias questões ligadas à escrita científica foram abordadas, nomeadamente, como escrever ciência de uma forma criativa.
Apesar da complexidade do repto, o desafio foi bem agarrado pelos diferentes dinamizadores, bem como pelos participantes.
11 de junho | João Paulo Guimarães (ILCML, UP) abordou como Escrever ciência criativamente. Tal como o poeta, o que o investigador faz é recontextualizar, pois já tudo existe e foi dito antes. Num momento em que os próprios investigadores parecem enfastiados com a linguagem científica utilizada nos seus trabalhos, é preciso reinventar a escrita, para conferir personalidade ao trabalho de escrita académica sem lhe fazer perder o rigor, fundamentação e credibilidade, cativando o leitor (seja par, seja público geral).
12 de junho | Luís Pedro (DeCA, UA) partilhou dicas para Escrever na web. Os Novos Media trazem novos formatos: blogs, podcasts, infografias, twitch, digital storytelling, scrollytelling, etc. Uma vez que as revistas científicas são rígidas no que se refere a normas de publicação, coartando os intuitos criativos do investigador, estes meios facultados pelos Novos Media poderão ser uma possibilidade alternativa de divulgar o seu trabalho.
13 de junho | Ana Margarida Costa (DEP, UA) dedicou-se a Making academic writing fun. Reviu regras linguísticas e partilhou sugestões de escrita de ciência em língua inglesa, de forma a que os participantes possam escrever de uma forma simultaneamente correta e apelativa.
14 de junho | Liliana Oliveira (SCIRP, UA) fez uma Aproximação ao jornalismo científico, deixando claro que é possível ser-se mais criativo ao comunicar ciência. A técnica da pirâmide invertida vertical utilizada pelos jornalistas para escreverem um comunicado de imprensa poderá ser uma estratégia a adotar pelos investigadores no momento de escreverem o próximo artigo.
15 de junho | Conceição Garcia (Escrever Escrever, Lisboa) partilhou Storytelling: Narrar ciência. Fugindo à escrita científica para falar do ato de contar uma narrativa, o último workshop da semana foi dedicado ao poder das histórias, que requerem alguém que queira contar e alguém que queira ouvir. Não basta ter uma boa história; a forma como é contada (comunicada) é, também, determinante. Cabe a cada investigador contar a história da sua investigação de forma a cativar o leitor, assegurando, assim, que o herói faz a viagem de regresso a casa.
As organizadoras da SEMANA DE ESCRITA CIENTÍFICA CRIATIVA agradecem aos participantes e aos dinamizadores, que assim contribuíram para a concretização da iniciativa.