No passado dia 24 de setembro de 2021, o investigador do CIDTFF, Davys Moreno, em conjunto com o Professor Doutor Federico Avanzini e o aluno de Doutoramento Nicola Davanzo, ambos da equipa do Departamento de Informática da Universidade de Milão, fizeram a apresentação dos Instrumentos Musicais Acessíveis – Netytar e Netychords – no Festival de Música de Cremona, com a sessão “Playing without hands: new digital instruments for accessible music”.

O Netytar e o Netychords são instrumentos musicais digitais acessíveis (Accessible Digital Musical Instruments), especialmente criados para serem tocados sem mãos, que estão na base do trabalho a ser desenvolvido por Nicola Davanzo. O investigador Davys Moreno tem colaborado no desenvolvimento destes instrumentos, com o intuito de os tornar acessíveis a crianças com Deficiência Motora decorrente de Paralisia Cerebral (PC). Esta colaboração enquadra-se no âmbito da realização de um estágio doutoral, financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, durante seis meses no LIM – Laboratorio di Informatica Musicale, na  Università degli Studi di Milano Statale em Itália.

Durante o estágio, e com o apoio dos seus orientadores – Professores Doutores António Moreira, Oksana Tymoshchuk e Carlos Marques – em colaboração com o Professor Doutor Federico Avanzini, propôs-se a alcançar os seguintes objetivos: 

– Conhecer os ADMI (Accessible Digital Musical Instruments) que estão a desenvolver na Universidade de Milão, com o objetivo de observar como se pode aplicar na prática esta tecnologia musical para o ensino da música;

– Conhecer outras realidades, relacionadas com a inclusão de crianças com Deficiência Motora decorrente de (PC), na Educação Musical, como trabalham com elas, o que fazem;

– Conhecer as Tecnologias / Produtos de Apoio utilizados para promover a inclusão na educação musical;

– Informar-se sobre que adaptações são feitas nos currículos e contextos, que modelos de ensino são utilizados, além das parcerias feitas, de acordo com a sua experiência de investigação;

– Aprender como melhorar os contextos onde a aprendizagem musical ocorre;

– Elaborar um artigo que reflita o trabalho conjunto realizado;

– Prever futuros projetos de trabalho colaborativo entre todos os envolvidos.