Joana Pinho (CIDTFF) & Maria Helena Ançã (CIDTFF) | Revista Lusófona de Educação, 58, pp. 31-49
Resumo:
A deslocação, a nível mundial, de pessoas de forma forçada, tem potenciado a chegada de um número significativo de imigrantes e refugiados à Europa. Neste panorama, é desafio da Educação em Portugal dar respostas de acolhimento que incluam indubitavelmente o ensino da Língua Portuguesa, enquanto língua de acolhimento. Este estudo, de natureza qualitativa e que privilegia a estratégia de estudo de multicaso, visa a análise de conteúdo das respostas dadas a uma entrevista, por imigrantes e refugiados em formação em português. Assim, pretende-se dar resposta à questão de investigação “Quais as representações de imigrantes e refugiados, quanto aos desafios e potencialidades do ensino do Português Língua de Acolhimento (PLA), em contexto não formal?”. Os resultados deram-nos pistas para a estruturação do ensino
do português língua de acolhimento a imigrantes e refugiados: i) através de uma abordagem holística que favoreça a interação e a participação dos aprendentes em práticas sociais e em diferentes contextos de aprendizagem; ii) que tenha em conta os contextos psicossociais e psicolinguísticos decorrentes da situação migratória, como as representações, motivações e atitudes face à língua portuguesa; e, ainda, iii) que se privilegie a diversidade linguística e cultural presente nos grupos de aprendizagem, através de um ensino multicultural e plurilingue.
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Referência:
Pinho, J., & Ançã, M. H. (2023). Aprender português língua de acolhimento, em contexto não formal: imigrantes e refugiados em Portugal. Revista Lusófona de Educação, 58, 31-49. https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle58.02