28 fevereiro 2024 | 14h30 | Sala do Senado, Edifício Central e da Reitoria, Universidade de Aveiro

Realizam-se no dia 28 de fevereiro de 2024, pelas 14h30, na Sala do Senado, Edifício Central e da Reitoria da Universidade de Aveiro, as provas do Programa Doutoral em Multimédia em Educação de Isabel Maria Rodrigues Bernardo, com o título “Aprender a Filosofar no Ensino Secundário: Orientações Curriculares e Didáticas para Integração do Pensamento Crítico”.

Isabel Bernardo é orientada por Rui Marques Vieira (CIDTFF, Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro), e por Alexandre Franco de Sá (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra).

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Resumo

Com esta investigação pretendeu-se propor orientações curriculares e didáticas para o ensino e aprendizagem da Filosofia no ensino secundário português, centrados no desenvolvimento de competências filosóficas de conceptualização, problematização e argumentação que permitam ao aluno mobilizar, explícita e intencionalmente, o seu pensamento crítico. A professora investigadora partiu da conceção de que o ensino da Filosofia carece de uma didática e de que esta deve promover o aprender a pensar filosoficamente (aprender a filosofar). Assente neste pressuposto, tratou-se de saber como desenvolver nos alunos esse pensar filosófico, a partir das competências enunciadas, e até que ponto esse pensar poderia integrar disposições e capacidades de pensamento crítico.

A investigação, de carácter exploratório, decorreu em contexto naturalista com uma turma do 11.º ano de escolaridade, com uma abordagem multimetodológica, de pendor qualitativo-interpretativo, com cruzamento de dados qualitativos e quantitativos e aplicação concomitante de metodologia de estudo de caso e de educational design research.

Assentes em metodologias ativas, em trabalho colaborativo, numa conceção pedagógica de avaliação e com suporte em tecnologias digitais, aos alunos participantes foram propostas atividades estruturadas a partir das competências de problematização, argumentação e concetualização e com orientações para o desenvolvimento de disposições e capacidades de pensamento crítico, segundo a taxionomia de Robert Ennis.

A análise do impacte das atividades realizadas e implementadas, sobretudo a partir da observação de produções textuais escritas pelos alunos participantes, ainda que apenas tenham permitido conclusões de caráter exploratório, permite inferir que é possível integrar o desenvolvimento do pensamento crítico num ensino orientado para a aprendizagem do filosofar.

Palavras-chave: ensino e aprendizagem da Filosofia; competências filosóficas; pensamento crítico; Robert Ennis; metodologias ativas; tecnologias digitais em educação