14 julho 2025 | 14h00 | Videoconferência
No próximo dia 14 de julho de 2025, pelas 14h00, realizam-se via Videoconferência as Provas do Programa Doutoral em Didática de Ciências e Tecnologia de Mariluce de Oliveira Silva.
A tese tem como título “O pensamento algébrico nos livros didáticos de matemática adotados pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnogia da Bahia”, tendo sido desenvolvida sob a orientação de Maria Manuel da Silva Nascimento (CIDTFF, UTAD) e coorientação de Ana Paula Aires (CIDTFF, UTAD).
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Resumo
Este estudo diz respeito a uma investigação sobre o pensamento algébrico em livros didáticos adotados por instituições de ensino brasileiro. Tem como objetivo fornecer uma visão do desenvolvimento do pensamento algébrico, bem como sua disposição didática no tema Sequências Numéricas. Dessa forma, analisa quatro livros didáticos em três fases distintas da regulamentação brasileira. O primeiro, de 1995, utilizado antes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) entrarem em vigor; O segundo e terceiro, de 2010, durante a vigência dos PCN; E o quarto, de 2020, pós PCN, já com a nova regulamentação em vigor, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em 2018, a BNCC passou a ser o programa oficial de educação, propondo a consolidação, ampliação e aprendizagem desenvolvida no ensino médio no ensino da matemática no Brasil.
O estudo tem como referencial teórico e didático o Enfoque Ontosemiótico do Conhecimento e Instrução Matemática (EOS) e será usado para analisar livros didáticos. Na análise dos níveis de algebrização foi utilizada a Ferramenta de Análise Epistêmica (FAE), adaptada pela autora deste trabalho. A FAE se baseia em componentes e indicadores propostos por Godino e colaboradores. Para identificar características das práticas matemáticas na análise didática foram utilizadas as facetas da idoneidade didática do EOS: Epistêmica, cognitiva, mediacional, interacional e ecológica.
A análise dos níveis algébricos presentes nos livros didáticos evidenciou uma tendência clara de redução nos níveis mais elevados de algebrização ao longo do tempo. Paralelamente, a avaliação da idoneidade didática, indicou que, com a implementação de novas diretrizes educacionais, alguns indicadores passaram a ser mais recorrentes em alguns livros didáticos. Por exemplo, a sugestão de utilização de outros materiais manipulativos para auxiliar as tarefas (faceta mediacional), realização de atividades em grupos, um maior número de questões (faceta interacional), contextualizadas (faceta ecológica), entre outros indicadores. A análise conjunta evidencia que livros com níveis equilibrados de algebrização e práticas didáticas adequadas têm maior potencial para promover o desenvolvimento do pensamento algébrico de forma eficaz.
Palavras-chave: Livro Didático; níveis de algebrização; adequação didática; enfoque ontosemiótico.
