Carolina Vianna & Maria Helena Araújo e Sá (CIDTFF) | Revista da Associação Portuguesa de Linguística, (12), 91–11

Resumo

O atual debate em torno da crescente presença de alunos imigrantes nas escolas portuguesas leva a discussões variadas sobre a formação docente e a prática de sala de aula. Considerando-se que grande parte desses alunos vem de países lusófonos, a questão da variação linguística sobressai especificamente no contexto da aula de Português, uma vez que se põe em discussão o ensino da norma-padrão europeia nas escolas de Portugal. Estão também diretamente relacionados ao fazer dos professores os documentos oficiais que regem o ensino de Português na escola básica. Tendo em vista esse último ponto, o presente artigo pretende analisar, nos textos de tais documentos relativos ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, alguns trechos nos quais é possível estabelecer um diálogo com a discussão sobre variação linguística, observando em que medida está prevista e é incentivada, nesses documentos orientadores, uma prática docente que, além de cumprir o papel da escola de dar a conhecer a norma-padrão aos estudantes com os quais trabalha, também valorize as diferentes variedades linguísticas e a diversidade em suas turmas.

Palavras-chave: variação linguística, norma-padrão, ensino de Português, Aprendizagens Essenciais, Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

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Referência:
Vianna, C., & Araújo e Sá, M. H. (2025). Dimensões da formação e atuação docente: a presença do debate sobre variação linguística em documentos oficiais orientadores do Ensino de Português no 2.º Ciclo da Educação Básica. Revista da Associação Portuguesa de Linguística, (12), 91–112. https://doi.org/10.26334/2183-9077/rapln12ano2025a6