Elvira de Freitas (filha do compositor Frederico de Freitas) nasceu em Lisboa em 1928. Tal como o seu pai, Elvira desenvolveu uma notável e multifacetada carreira musical, tendo contactado com músicos da época do seu pai, nomeadamente Lourenço Varella Cid, António Eduardo da Costa Ferreira e Lopes Graça.
A sua formação musical começou aos 17 anos na classe de piano, no Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1958 ingressou na École Normal como bolseira do governo francês e em 1959 foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, no Conservatório Nacional de Paris. Desempenhou funções enquanto professora, quer no Liceu Camões como no Instituto Gregoriano de Lisboa e no Conservatório Nacional. Foi ainda pianista, compositora e maestrina na Emissora Nacional.
Aos 28 anos ganhou o prémio nacional de composição ex-aecquo (igual mérito) com o seu pai com a obra “Missa de Requiem” e aos 43 anos com a “Marcha do Bairro Alto”.
Para além do convite da CEE para integrar um grupo de mulheres ibéricas com o objetivo de representar a sua profissão no seu país, foi ainda distinguida com uma entrevista pela Ministra grega, Melina Mercouri.
Das suas obras destacam-se, entre outras, “Sonata para piano”, “O Natal dos Meus Meninos”, “Missa Requiem” e “A Profecia do Bandarra”.
Elvira de Freitas faleceu em Lisboa em 2015.