Novembro 2016
Instituição proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Música
Designação – Partitura “A Severa” – espólio do compositor Frederico de Freitas
Data – 1931
Doador – Elvira de Freitas (filha do compositor)
Descrição – arranjo musical das músicas interpretadas no fonofilme “A Severa”, realizado por Leitão de Barros em 1931 e baseado no romance de Júlio Dantas, que retrata as aventuras amorosas do Conde de Marialva, dividido de amores entre uma jovem fidalga e a lendária fadista Severa. A sua estreia foi a 18 de junho do mesmo ano no Teatro Municipal de S. Luiz. Tratou-se do primeiro filme sonoro produzido em Portugal e realizado por um português e teve um enorme sucesso na época.
Outubro 2016
Inst. Proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Instrumentos musicais
Designação – Alaúde renascentista
Data de fabrico – séc. XX
Violeiro e doador – Joaquim Domingos Capela
Descrição – Costas em nogueira americana, tampo em pinho dos Alpes, braço e cabeça revestidos com folha de ébano. Verniz à base de álcool e goma laca, exceto o tampo polido com cera.
Método de afinação: Fá, Sol, Dó, Fá, Lá, Ré, Sol
Inscrição: “Homenagem a Maria Hormizinda”.
Dimensões – Comprimento total: 73 cm; Comprimento de corda: 57 cm
Alaúde renascentista (instrumento 16)
O alaúde renascentista é caracterizado por um cavalete colado ao tampo, uma cabeça com cravelhas laterais e inclinada atrás, quase noventa graus relativamente ao braço. Revestido por uma escala rente ao tampo, que exibe uma rosácea, o braço tem atado trastos móveis, em tripa, cujo posicionamento é tarefa árdua do tocador.
Setembro 2016
Inst. proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Cerâmica arqueológica
Designação – Pequena taça globular com asa e engobe no interior e exterior.
Datação – Calcolítico
Intervenção arqueológica – Agra do Castro (Universidade de Aveiro)
A coleção de cerâmica arqueológica da Universidade de Aveiro
A coleção de Cerâmica Arqueológica é constituída por dois núcleos de diferentes proveniências: um núcleo de materiais provenientes da intervenção arqueológica realizada na Agra do Crasto, para onde mais tarde se alargou o campus universitário e um segundo núcleo que integra um conjunto de 80 peças das quais 50 ainda se encontram inteiras, e em estado de conservação razoável. São peças de uso comum, de pastas vermelhas, algumas com decoração brunida vertical ou cruzada. Este segundo conjunto terá sido incorporado na UA, quando da criação do seu departamento de Cerâmica e Vidro, em 1976, com a finalidade de apoiar aulas aí ministradas.
A peça acima destacada pertence ao 1º núcleo do qual, segundo os arqueólogos e demais especialistas responsáveis pelas escavações neste arqueossítio, os vestígios encontrados poderão ser datados dentro do 2º milénio a.C., correspondente à Idade do Bronze, ou mesmo de meados do 3º milénio. São fragmentos de cerâmica de fabrico manual de pastas grosseiras de coloração escura, havendo também um conjunto de artefactos líticos, em pedra polida e talhada, como sejam utensílios sobre seixos, moventes de moinho de vaivém, e ponta de seta em sílex.
Esta peça já esteve exposta na Sala Hélène de Beauvoir (na biblioteca da Universidade de Aveiro), no âmbito da exposição “O museu da UA: uma coleção em crescimento”, que decorreu entre 16 de dezembro de 2013 a 24 de janeiro 2014, por ocasião das comemorações do 40º aniversário desta Universidade.
Julho 2016
Inst. proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Pintura
Título – Os pescadores
Autor – Chica Sales
Técnica – óleo sobre tela
Data – 2015
Dimensões – 90 x 70 cm
Coleção – Pintura UA
Nº inventário – UA-P-90
“… mais um despertar” para a Coleção de pinturas da Universidade de Aveiro
A pintura “Os pescadores” da artista moçambicana Chica Sales integra desde junho 2016 a Coleção de Pintura da Universidade de Aveiro, tendo sido doada pela própria artista à instituição, por ocasião da exposição “… mais um despertar”, que decorreu no Auditório Hélder Castanheira, na Livraria da UA, entre 4 e 13 de maio de 2016.
A obra doada segue a linha plástica figurativa de pulsares africanos que dominaram a exposição. Em “Os pescadores”, Chica Sales capta, pelo contraste de cores quentes/frias, pelo brilho conferido pelo branco e ainda pelo “escorrido” vertical do desenho, a cadência de um bando unido de pescadores enchapelados que carrega, às costas, o pescado.
Chica Sales, nasceu a 28 de fevereiro de 1964. Aos 13 anos já mostrava talento na fabricação de brinquedos de madeira, desenhando a lápis os modelos a serem fabricados.
Em 1984 forma-se em engenheira técnica civil pelo Instituto Industrial de Maputo.
Frequenta durante dois anos a Faculdade de Arquitetura na Universidade Eduardo Mondlane, mas será entre 1992 e 1995 que se formará em Desenho de Interiores e Decoração pela Patricia Stevens School of Interior Design em Washington DC e pela New York School of Interior Design, ensino a distância.
Aos 32 anos teve a sua primeira exposição de mobílias e acessórios fabricadas com material local e de baixo.
Em 1996 teve a primeira exposição de pintura a óleo, aguarelas, lápis e tinta-da-china, tendo a partir dessa data participado em 13 exposições individuais e 22 exposições coletivas em Moçambique, África do Sul, Zâmbia, Espanha, Brasil, Alemanha, América, China e Argélia.
Junho 2016
Inst. proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Cerâmica de equipamento
Denominação – Prato
Fábrica – Fábrica de Loiça de Sacavém
Data – Séc. XX
Dimensões- 32 cm.
Doador – Francisco Madeira Luís
Coleção – Cerâmica Contemporânea
Peça moldada. Formato circular com decoração monocroma em tons de rosa, através de técnica de estamparia. Motivo Cavalinho ou Estátua.
Foram várias as fábricas portuguesas que produziram, entre os finais dos séculos XIX e meados do XX, peças de cerâmica com o motivo Estátua ou Cavalinho. Eram muitas as famílias que tinham à sua mesa de jantar pratos de refeição estampados com este motivo nas mais variadas cores e suas variantes.
O motivo Cavalinho ou Estátua teve origem em Inglaterra, onde é conhecido pelo nomeGrecian Statue e começou a ser produzido a partir de 1840. Tendo os proprietários da fábrica de Sacavém e Massarelos raízes inglesas, importaram motivos do seu país de origem, que na época produzia a faiança mais popular em toda a Europa. Desta forma, no início do século XX foram diversas as fábricas que também copiaram este motivo, adaptando-o a várias versões, umas menos elaboradas, substituindo a técnica de estampagem pelo stencil e esponjado.