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O Rol está de volta

Esta chegou assim:

“Hoje folheava o jornal “Mundo Académico” e dei de caras com uma novidade que me deixou contente. Então decidi partilha-la consigo. O gelado ROL da Olá está de volta este Verão para comemorar os 50 anos da marca, foi o mais votado pelos portugueses para regressar numa edição especial.

 Fica o link: http://www.ola50anos.com/#/saudades/

Como sabem os gelados são um tipo de produto peculiar com uma renovação frequente e que pode ser objecto de reedições por motivos vários. Para comemorar os 50 anos a Olá decidiu lançar uma eleição junto dos consumidores para que fosse escolhido o gelado que queriam ter de volta. Apesar da campanha do Nuno Markl pelo Fizz limão o Rol venceu com 42% dos votos… Ainda assim o Programa da Manhã da Comercial dedicou um dia ao regresso do Rol… Hilariante.. E assim temos o Rol de volta para todos os nostalgicos matarem saudades…

rol

Adoçantes: The sweetener battle

Há um artigo muito interessante sobre adoçantes numa das últimas edições da Economist que não resisto a transcrever na íntegra. Espero que gostem

The sweetener battle. The competition to make the most natural fake sugar

Jan 28th 2010 | CHICAGO | From The Economist print edition

AMERICANS have a sweet tooth and odd expectations. They slurp caramel macchiato as coffee and believe that candy, when placed in a bowl, becomes cereal. Strangest of all, many want their beloved artificial sweeteners to be less artificial. Merisant, which makes Equal, an aspartame sweetener, declared bankruptcy in January 2009, having been caught out by changing tastes. This month the firm emerged from bankruptcy ready for a comeback. It is betting heavily on the industry’s new divine ambrosia: a fake sugar that is natural.

Artificial sweeteners, now a $1.1 billion business in the country, have been part of Americans’ diet for decades. In 1957 saccharine made its debut as Sweet’N Low; the 1980s brought aspartame in Diet Coke and in Equal’s blue packets. The arrival of sucralose in 2000 upended the market. Manufactured by Tate & Lyle and marketed as Splenda by McNeil Nutritionals, sucralose had many advantages. Unlike aspartame, it did not fall apart when baked. Splenda’s slogan, “made from sugar so it tastes like sugar”, created a natural image. By 2007 Splenda had seized 61% of sugar-substitute sales in grocery and drug stores according to Information Resources Inc, a research firm.

There have been dark spots, however. Splenda-sweetened Diet Coke was a bust. The sugar lobby and Merisant sued McNeil, claiming that its slogan was misleading (McNeil changed it). Buoyed by a ruling from the International Trade Commission last year, other firms are now producing sucralose to compete with Splenda. And now there is another white hope.

The latest pretender is stevia, a shrub, and a sweetener extracted from it that was cleared for use by the Food and Drug Administration in December 2008. In some ways stevia is ideal. It contains no calories. It is natural. It also happens to taste like odious liquorice. Yet America’s food giants have thrown their weight behind it. Merisant, partnered with PepsiCo, and Cargill, with Coca-Cola, promptly introduced PureVia and Truvia, improving stevia’s taste with natural ingredients.

In supermarkets, green-and-white boxes of PureVia and Truvia now beckon to shoppers with promises of being “all natural” and “nature’s perfect sweetness”. Wary of being left out, McNeil and NutraSweet, a big producer of aspartame, have rushed to offer stevia products. Truvia, Cargill and Coca-Cola’s product, is in the lead. Food processors, used to working with Cargill, are adding it to their ingredients. In December Truvia captured 58% of retail sales in the stevia-sweetener market, according to ACNielsen, a research firm.

Still, Truvia accounts for just 6% of retail sales of sugar substitutes. If stevia sweeteners are to become truly popular, they must overcome two obstacles. First, they cost more to make than their rivals. Second, most stevia products still have a distinct flavour. Merisant reckons it can solve both problems. Yet when Craig Petray, NutraSweet’s chief executive, is asked whether stevia tastes good, he replies gently: “I would say it tastes really different.”

Farinha para pão

Este conceito de comprar pão fresco a cada dia, ou ter por perto padarias para o fazer, está longe de ser universal… Quem como eu viveu no estrangeiro, pode apreciar hábitos muito distintos na relação com o pão e preferências também muito distintas no que respeita ao tipo de pão. Nós que exportamos (e reimportamos) padeiros para vários países (veja-se o Brasil e a Venezuela…) demos por nós dedicados a cozer pão em casa durante a última crise alimentar… Não tanto por gosto como por necessidade face ao elevado preço do pão, recuperou-se a tradição de fazer pão em casa que a minha avó cultivou até ao final da vida… Mas a verdade é que a tecnologia chegou ao pão e as máquinas a dada altura vendiam-se como pãezinhos quentes… Depois foi a longo aventura de descobrir as melhores receitas… Confesso que tentei muitas combinações mas as melhores eram umas farinhas do Lidl em que bastava juntar água… Infelizmente desapareceram substituidas por umas de qualidade muito inferior… Mas como já disse muitas vezes, inovar é por vezes, face a uma alteração de tendências de consumo, trazer para um mercado aquilo que já existe há muito noutros…  Foi o que fizeram com sucesso os nossos fabricantes de farinhas. A Nacional e a Branca de Neve não deixaram de lançar misturas para fazer pão em máquinas a que basta juntar água… Confesso a minha predileção por acordar de manhã com o cheiro de um bom pão de sementes  da Branca de Neve a espalhar-se pela casa… (A Lusitana tem uma pessoa a desenvolver o produto e isso nota-se…)

(Devo confessar que esta imagem foi indecentemente espoliada de um blog temático sobre fabrico caseiro de pão http://omeupao.blogs.sapo.pt/ que eu de manhã não estou em condições de tirar fotos a um pão quente que me apareça pela frente ;-))

Praxis

Mark Penn no seu livro sobre microtendências identifica as microcervejarias como um negócio em crescimento. Eu, que sou fã desde o tempo em que morava na Dinamarca há mais de 15 anos, não poderia estar mais de acordo… Frequentemente tentei convencer os Biotecnólogos de que esta era uma oportunidade para jovens empreendedores dado que o mercado português ainda estava virgem no conceito…  Recentemente perdeu a virgindade mas a ideia continua a ser boa… Esta é uma das áreas em que a distinção serviço/produto é muito ténue. Uma boa cerveja com um mau serviço ou acompanhamento não tem sentido… Locais agradáveis com cerveja trivial já há muitos… O sucesso resulta de uma boa combinação dos dois factores…

Consta que a Praxis, uma microcervejaria que se instalou na margem sul do Mondego lá para Coimbra, teve alguns problemas iniciais com o serviço. Se os teve já os terá ultrapassado e a cerveja e o local valem a pena. Cervejas há de 4 tipos, uma loura, uma âmbar, uma escura e uma de trigo para agradar aos gostos mais diversos… A esplanada e a vista são magníficas… E no quesito alimentação também não estão mal. O Path fez aqui a sua festa de Natal e não se arrependeu (felizmente há sempre quem não beba para trazer os outros de volta a casa…). Experimentem… A ideia continua a valer a pena, ainda há mercado para muita microcervejaria neste país…

We did it!

Quem seguiu as minhas aulas não se espanta com esta capa da primeira Economist deste ano… Aos olhos de um português parece que ela nos está a fazer um gesto proverbial… E nós homens merecemo-lo… Vale a pena ler o artigo motivado pela força de trabalho feminino nos EUA ter atingido os 50%. Fiquem com estes números:

 “They earn almost 60% of university degrees in America and Europe. By 2011 there will be 2.6m more women than men studying in Americam universities.”

“In the EU women have filled 6m of the 8m new jobs created since 2000.”

“In America 3 out of 4 people thrown out of work since the recession began are men; the female unemployment rate is 8.6%, against 11,2% for men.”

“Goldman Sachs calculates that increasing women’s participation in the labour market to male levels will boost GDP by 21% in Italy, 19% in Spain…”

OXO Good Grips (mais cozinha)

Esta semana é dedicada à cozinha… Este produto conheci-o num livro do Henry Petroski que é talvez o melhor divulgador de engenharia em livros e revistas… Curiosamente apesar de haver muitos livos de divulgação científica editados entre nós a Engenharia não parece conhecer muito sucesso junto dos editores… Se puderem leiam os livros do Petroski que são interessantíssimos… Ele tem também uma disciplina de desenvolvimento de produtos mas para Engº Mecânicos… Disperso-me…

Este post era para fazer uma declaração de amor pelos produtos da OXO. Não resisti a transcrever para aqui a descrição que deles fazem aqueles livros de design da Phaidon editados pelo Público… Está lá tudo sobre o desenvolvimento de novos produtos… Ora leiam…

“Porque motivo os utensílios de cozinha magoam as mãos?” Foi esta a interrogação que levou Sam Farber a criar uma série de utensílios de cozinha de utilização fácil designado “Good Grips”. A sua mulher Betsey sofria de artrite nas mãos e tinha dificuldade em usar os utensílios de cozinha convencionais. Em 1989, Farber, empresário e diplomado em Harvard, lançou a OXO International. A filosofia desta empresa, exprime o desejo de criar produtos que possam ser utilizados por pessoas com todos os tipos de capacidade física, tamanho ou idade. Farber contactou inicialmente a Smart Design, uma empresa de design industrial com sede em Nova Iorque, para criar uma gama de produtos. Após uma pesquisa exaustiva sobre os requisitos ergonómicos para os utilizadores em geral, chefes de cozinha profissionais e doentes com artrite, a empresa respondeu às instruções fornecidas e criou uma gama de produtos de cozinha acessíveis, confortáveis, de grande qualidade e aspecto agradável. A Smart Design iniciou a pesquisa através de entrevistas a consumidores e chefes de cozinha, analisando o observando os efeitos do envelhecimento. A partir destes estudos, a empresa dividiu os movimentos da mão e do pulso em três categorias: torcer e virar, empurrar e puxar, e espremer. Os designs para a colher de gelado e o descascador correspondiam à primeira categoria, os raladores e as facas á segunda, e o esmagador de alhos e a tesoura á terceira categoria. Entre os primeiros 15 produtos da gama Good Grips lançados em 1990, o descascador de vegetais exemplifica a marca. Tal como o seu nome implica, o ponto-chave do produto está na sua pega. Esta é fabricada em Santoprene, um propileno de plástico/borracha, suave e flexível, que impede a mão de escorregar. É também durável e lavável na máquina de lavar a louça. Com as suas pegas flexíveis patenteadas inspiradas no guiador da bicicleta, o cabo adapta-se confortavelmente à mão independentemente do tamanho, idade ou capacidade física do utilizador. Actualmente a OXO fabrica cerca de 500 produtos com base nos mesmos princípios. Todos os anos a empresa lança 50 novos produtos, apresentando todos uma solução inovadora para os problemas vividos pelos utilizadores durante as suas tarefas quotidianas. Os produtos que respondiam aos requisitos de design orientados para uma minoria satisfazem agora as exigências de um público mais vasto.”

E fiquem com o descascador… Uso um destes… E não tenho artrite…

Tendências

A revista Entrepreneur seleccionou as 10 1/2 tendências para 2010 que poderão guiar-vos no desenvolvimentos de novos produtos e negócios… São áreas que continuarão a crescer apesar da crise… A maior parte delas são-vos familiares  de certeza e a 10,5 já cá foi abordada… Mas vale a pena dar uma vista de olhos no artigo de qualquer forma… Podem encontra-lo aqui.