A 6.ª edição “Territórios Públicos: encontro de mediação e serviços educativos” realizou-se nos dias 1 e 2 de fevereiro de 2024 no Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre, Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré e em vários espaços culturais do Município de Ílhavo, e contou com intervenção da investigadora Rosa Madeira (CIDTFF, DEP, UA).
Esta edição, que abordou transversalmente o tema da Liberdade, contou com várias conversas, apresentação e debate de casos de boas práticas, oficinas, e o espetáculo”Homo Sacer”, da companhia Bestiário com Maria Gil.
O programa incluiu, na manhã do primeiro dia, um painel em que se conversou sobre cultura e liberdade, política e revoluções, sobre justiça e abstenção, com Sara Barros Leitão, Samuel Úria e Bruno Gascon, sob a moderação de Bruno dos Reis.
Durante a tarde foram apresentados três casos de boas práticas, sob a moderação de Luís Miguel Loureiro: “Esta Máquina Cerca o Ódio e Força-o a Render-se”, da ondamarela; o caso da banda “5ª Punkada”, nascida na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC); e o “FILMar,” da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.
“Homo Sacer” abriu o segundo dia do encontro. O grupo de atores e criadores esteve em residência artística na Gafanha da Nazaré, onde trabalhou com a comunidade cigana residente no Município de Ílhavo para a criação de um espetáculo sobre anticiganismo a partir das suas histórias, da História, e do livro “Homo Sacer e os Ciganos” de Roswitha Scholz.
A manhã deste dia terminou com uma conversa com a equipa do espetáculo e os participantes do Territórios Públicos, moderada pela investigadora Rosa Madeira, do CIDTFF do Departamento de Psicologia e Educação da Universidade de Aveiro.
3 oficinas ocuparam a tarde do segundo dia: “(Des)Liberdade”, orientada por Magda Novais, da associação PlastiCena, que através de jogos e exercícios teatrais desafiou os participantes a pensar o 25 de Abril e a Liberdade; “Pregões e Pregoeiros”, por Alexandra Marques e Fátima Dias do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (AMAP), que falaram sobre a importância da escuta e da oralidade e dos pregões como antecedentes da publicidade e das redes sociais; e “Liberdade – Discursos e Representações nos Museus”, conversa orientada por Gabriela Nicolau dos Santos, da Universidade de Aveiro, sobre espaços culturais enquanto mediadores entre as comunidades, a arte e os conflitos sociais, económicos e culturais.



