Peça do mês – abril de 2015

CT-ML-I-491

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Material gráfico
Subcategoria – Cartazes
Título – O povo está com o MFA
Autor – João Abel Manta
Editor – MFA – Dinamização Cultural – Acção Cívica
Data de edição – [197-?]]
Dimensão – 33 x 33 cm.
Nº inventário – CT- ML-I-491

 

João Abel Manta

João Abel Manta (Lisboa, 1928) é um arquitecto, pintor, ilustrador e cartoonista português.

Autor de uma obra multifacetada, centrada sobretudo na arquitetura, desenho e pintura, João Abel Manta afirmou-se no panorama cultural português a partir do final da década de 1940. Nos anos que se seguiram teve importante atividade no domínio da arquitetura, que abandonaria progressivamente em favor das artes, destacando-se como um dos maiores cartoonistas portugueses das décadas de 1960 e 1970. Nos anos anteriores e posteriores ao 25 de Abril publicou regularmente, em jornais de grande tiragem, trabalhos emblemáticos da situação político-social portuguesa nesse período de transição (queda da ditadura e implantação de um regime democrático). Na década de 1980 redirecionou uma vez mais a sua obra, centrando-se prioritariamente na pintura.

Informação retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Abel_Manta

Movimento das Forças Armadas

O MFA ou Movimento das Forças Armadas foi uma organização ilegal arquitetada dentro do exército português durante a ditadura de Salazar, que teve também um papel de destaque no início da Terceira Republica Portuguesa. Esta organização era maioritariamente constituída por oficiais de baixa graduação e foi responsável pelo golpe militar conhecido como a Revolução dos Cravos, que acabou com o Estado Novo em Portugal no dia 25 de Abril de 1974.

O MFA aparece no ano de 1973 como um movimento de oficiais jovens que combatiam em África. Estava constituído por militares de ideias de esquerda e as razões que agitavam os seus membros eram o desejo de liberdade democrática e o descontentamento da política seguida pelo governo em relação à Guerra Colonial. Os seus principais objectivos eram o fim da guerra, a retirada das tropas das colónias, eleições livres e suprimir a polícia política portuguesa (PIDE: Polícia Internacional e de Defesa do Estado).

A sua ação mais relevante foi o golpe de estado da Revolução dos Cravos. No dia 25 de Abril de 1974, o MFA tomou os pontos estratégicos do país e derrubou o regime ditatorial. As tropas foram comandadas no terreno por diversos capitães, entre os quais Salgueiro Maia, que comandou as tropas vindas da escola de cavalaria de Santarém. No quartel da Pontinha, as operações eram dirigidas pelo brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho.

Durante este turbulento processo de transição, o MFA teve um papel fundamental na vida política portuguesa.

Depois das mobilizações do 28 de Setembro de 1974, o general Spínola foi obrigado a renunciar à presidência da República, que foi entregue ao general Costa Gomes. Em Março de 1975 e depois da tentativa de golpe de estado spinolista, o MFA anunciou que se tinha iniciado a transição ao socialismo em Portugal. Foram nacionalizadas toda a banca e a maior parte da indústria. Também se iniciou um processo de reforma agrária.

Em abril de 1975 sofreu um revés eleitoral a favor do Partido Socialista. No verão de 1975 o Partido Socialista e o Partido Social-democrata saíram do 4º governo provisório, dirigido pelo militar Vasco Gonçalves, do MFA, que era acusado de não respeitar a democracia e de querer impor um regime socialista.

O PREC (Processo Revolucionário em Curso) acabou com o golpe de estado de 25 de novembro através do sector moderado do MFA, liderado por Ramalho Eanes.

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