2ª peça do mês – fevereiro 2018

No Dia de São Valentim, destacamos um exemplar da coleção de bilhetes-postais.
Faz parte do espólio doado à Universidade de Aveiro por António Cértima.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Inst. proprietária – Universidade de Aveiro
Coleção – Bilhetes postais
Tipologia – Bilhete-postal ilustrado
Temática – Amor
Título – L’éternel Feminin (Sanguines)
Medidas – 9 cm x 13,8 cm (LxA)
Data – nd
Impressão – França
N.º de série – 48
N.º inventário- UA-CR-3
Informação técnica: Cartão sem dobragem; Cartão
Descrição
Rosto do bilhete-postal – Ilustração vintage do início do século XX realizada pelo artista francês Louis ICART (1880 – 1950). Esta ilustração representa uma jovem mulher com um dos seios desnudado segurando com as mãos uma escova de cabelo.
Verso do bilhete-postal – Poema manuscrito pelo escritor António de Cértima.
Transcrição do conteúdo manuscrito:

“BÔDAS DA VITIMA TARDE…

O estio morre-morre ardentemente…
Tombam do alto os frutos sazonados
E eu, que amei, vendo-os cair silente
Neles eu vou contando os meus pecados…

Que o ver frutos cair perturba a gente…
Vamos, amor, que sejam bem fadados
Os frutos belos que divinamente,
Eu colho nos teus lábios perfumados!

E o estio morre – morre sumptuoso
Entre perfumes, risos e a alegria
Dos frutos espalhados pelo chão…

Vem meu amor, no teu andar nervoso,
E que los celebraremos este dia
Com os últimos frutos da Paixão!

António “

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António de Cértima

António de Cértima

Nasceu a 27 de julho de 1894, na freguesia da Giesta, Oiã, Oliveira do Bairro. Recebeu o nome de batismo de António Augusto Gomes Cruzeiro e foi o quarto filho do casal António Francisco Cruzeiro e Thereza de Jesus Pereira Gomes.
Fez a instrução primária na sua terra natal em 1904 e prosseguiu os estudos no Liceu de Aveiro, frequentou o curso de Direito, adquiriu conhecimentos de línguas estrangeiras, nomeadamente Francês, Espanhol, Inglês, Italiano e línguas árabes.
Inicialmente trabalhou como caixeiro no estabelecimento comercial de sua mãe. Em 1914 deu os primeiros passos no jornalismo. Em 1921, foi secretário da nova revista Talábriga e tornou-se uma figura regional notável ao lado de aveirenses de prestígio, como Alberto Souto, Lourenço Peixinho, Homem Christo, entre outros. Em 1922 foi para Lisboa onde se dedicou ao jornalismo de forma ativa. Relacionou-se com figurar literárias da época – Mários Domingues, Assis Esperança, Ferreira de Castro, Guedes de Amorim – e fez um trabalho jornalístico notável.
O jornalismo e o seu gosto pela aventura levou-o a Paris onde realizou entrevistas singulares a artistas contemporâneos, tais como: a Condessa Mathieu de Noailles, Henry-Marx, Victor Margueritte.
Publicou, nos anos 50, artigos para a revista sevilhana Archivo Hispalense. A sua obra literária traduziu-se em cerca de três dezenas de títulos de diversos géneros, entre os quais se destacam a poesia, narrativa, crónica, viagem, conto, romance e estudos diversos.
Iniciou a sua vida diplomática em 1926. Foi nomeado Vice-cônsul no Suez, Egito. Em 1927 foi nomeado Cônsul de Portugal em Dacar, Senegal. Transitou para o consulado de Sevilha em 1932 onde permanecu até 1949 e onde viveu os anos difíceis da Guerra Civil Espanhola e da II Grande Guerra. Regressou a Portugal nos anos 50 e foi reconhecido a nível internacional como um Embaixador da Cultura Portuguesa.
António de Cértima teve uma vida social intensa e preenchida e foi um homem de amores diversos. Casou aos 54 anos, com D. Maria Arminda de Castro Lacerda, uma lisboeta natural do Caramulo. Em 1949 nasce a filha do casal – Maria de Fátima Lacerda de Cértima.
Faleceu com 89 anos, no Caramulo, a 20 de outubro de 1983, deixando uma vasta e diversificada obra literária.

Fonte(texto): http://www.ua.pt/sbidm/biblioteca/page/23052Fotografia: https://www.jb.pt/wp-content/uploads/2017/12/Ant%C3%B3nio-de-C%C3%A9rtima-retrato-1.jpg
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2ª peça do mês – janeiro 2018

Na segunda quinzena de janeiro, destacamos uma pintura de um conhecido artista local: Artur Fino.

Inst. proprietária – Univ. de Aveiro
Coleção – Pintura Universidade de Aveiro
Título – S/ Título
Autor- Artur Fino
Data – 1990
Descrição – Técnica mista sobre madeira. Estilo abstrato geométrico.
Dimensões – 125 x 150 cm.

 

 

Recorde a nossa conversa com o pintor aveirense Artur Fino: http://blogs.ua.pt/galeria/?page_id=2078

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Dia Mundial do compositor – 15 de janeiro

Hoje, no Dia Mundial do Compositor, relembramos Frederico de Freitas e o seu espólio, doado à Universidade de Aveiro pela sua filha Elvira de Freitas.

Frederico de Freitas (1902-1980) foi das figuras mais mediáticas na área da música portuguesa durante o séc. XX. Para além de compositor, era também chefe de orquestra, musicólogo e pedagogo, articulista e crítico musical. No seu percurso profissional destacam-se vários cargos tais como: fundador da Sociedade Coral de Lisboa, professor no Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa, crítico musical no jornal “Novidades”, diretor musical na Companhia de Bailados “Verde-Gaio”, maestro na Orquestra de Câmara e Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional e Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto e sócio fundador (mais tarde Presidente da Assembleia Geral) da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses.

Como artista multifacetado abordou praticamente todos os géneros musicais desde a música religiosa e de ópera, ao teatro ligeiro e música de filmes, da música de Câmara concertante à canção para canto e piano. Do seu trabalho destacam-se “As Sete Palavras de Nossa Senhora”, “A Severa”, “Quinteto de Sopros”, “D. João e as Sombras”, “O Livro de Maria Frederica” entre muitos outros.

Frederico de Freitas viu o seu trabalho ser reconhecido com o Prémio Nacional de Composição (Carlos Seixas) em 1926 e o Prémio Domingos Bontempo em 1935.

Por todo este contributo à sociedade portuguesa e o seu grande mérito, o espólio do compositor Frederico de Freitas foi doado à Universidade de Aveiro (UA) em 2010 pela Dra. Elvira de Freitas (filha do compositor) e representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento e investigação da área da música pelos docentes e investigadores da UA, assim como para investigadores e especialistas externos a esta universidade.

A importância deste património levou a Fundação Calouste Gulbenkian a conceder um financiamento à Universidade de Aveiro para o desenvolvimento de um projeto que incluiu a organização, tratamento técnico, cuidados de preservação e disponibilização deste espólio ao público.

O espólio é composto por:

› Partituras de Frederico de Freitas e de outros compositores (entre os quais Berta Alves de Sousa), entre editadas e não editadas;

› Correspondência recebida e expedida de caráter pessoal e profissional (cartas, postais de correio, postais ilustrados);

› Transcrições de campo de música popular portuguesa;

› Recortes de imprensa nacional e estrangeira;

› Fotografias;

› Revistas e jornais nacionais e estrangeiros (com artigos sobre o compositor e a sua música, artigos escritos pelo compositor e, de salientar, alguns artigos escritos pela própria esposa do compositor, Consuelo Varona);

› Programas de eventos musicais (sob a direção de Frederico de Freitas, outros apenas com as suas músicas);

› Notas pessoais e textos manuscritos (planos de organização de concertos, rascunhos de correspondência profissional).

É de salientar que o espólio tem sido muito consultado, quer por utilizadores internos como externos à Universidade de Aveiro (total de 25 utilizadores) com maior destaque aos alunos e professores do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA-UA), cujos estudos e projetos são muito frequentes, entre os quais a apresentação na conferência internacional Europe of Nations, Universidade de Aveiro, 2011, com a publicação em ata do artigo “Eclecticism and portugalidade in the works of voice and piano of Frederico de Freitas“, pela Prof. Doutora Helena Marinho.

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1ª peça do mês – janeiro 2018

Iniciamos 2018 com o pé direito e sempre com o intuito de divulgar ao público as nossas coleções!
Destacamos, na primeira quinzena deste mês, uma peça da coleção de cerâmica contemporânea. Trata-se de um exemplar em faiança, fabricado na zona das Caldas da Rainha, que evoca as famosas peças de Rafael Bordalo Pinheiro.

Inst. proprietária – Univ. de Aveiro
Coleção – Cerâmica contemporânea
Denominação – Jarro ou canjirão
Data de fabrico- Séc. XX
Fábrica – Faianças Subtil
Dimensões – 24 cm alt.; 12 cm. larg.
Doador – Francisco Madeira Luís
Descrição – Peça moldada e modelada. Formato bojudo, gargalo alto e cilíndrico, com boca de formato oval e bico levantado. Base circular e pega grande em forma de C. Decorado com ornamentos vegetais no bojo, gargalo e tampa.
Decoração policroma em tons de castanho, verde e amarelo. Evoca as peças cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro.

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2ª peça do mês – dezembro 2017

Ainda no mês de dezembro, voltamos a destacar peças das coleções museológicas da Universidade de Aveiro. Trata-se de um conjunto de exemplares da coleção de Filatelia, uma nova coleção, ainda em fase de tratamento, que integra o vasto espólio doado à UA pela família do Professor Aldónio Gomes. Os quatro selos aqui apresentados versam a temática alusiva à época natalícia em que nos encontramos, e foram emitidos a 23 de dezembro de 1989, na República Democrática de São Tomé e Príncipe.

Inst. proprietária – Univ. de Aveiro
Coleção – Filatelia
Denominação – Natal ’89
Data de emissão- 23-12-1989
Doador – Professor Aldónio Gomes
Denteado- 13¾ x 14
Valor facial – 25 Db
Catálogo Afinsa – ST-RP 747 | ST-RP 748 | ST-RP 749 | ST-RP 750
Medidas – 36 x 51 (mm)
Descrição – Série de selos de S. Tomé e Princípe, do Natal de 1989. Ilustrações: Virgem –Tiziano; Adoração da criança – Durero; Rubens; Virgem Mãe (Capela de Sistine) – Raphael.
Números de inventário – UAAGF(S)ST061_1989 | UAAGF(S)ST062_1989 | UAAGF(S)ST063_1989 | UAAGF(S)ST064_1989

Veja também outros objetos filatélicos alusivos à quadra natalícia:

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1ª peça do mês – dezembro 2017

 

 

 

 

Inst. proprietária – Univ. de Aveiro
Coleção – Guarda-joias
Designação – Beatriz Costa
Data de manufatura- 1996
Autor- Joaquim Domingos Capela
Doador – Joaquim Domingos Capela
Dimensões – 6x6x6 cm.

Este guarda-jóias foi dedicado à grande artista Beatriz Costa, cujo estado de alma era representado pela alegria. Com forma cúbica, tem em duas das faces, o seu rosto embutido de uma forma estilizada, na outra face estão embutidos dois rectângulos em madeira branca lembrando, assim, os “lençóis da Aldeia da Roupa Branca”. A actriz era conhecida pessoalmente pelo autor.

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2ª peça do mês -novembro 2017

 

 

 

 

 

 

 

Inst. proprietária – Univ. de Aveiro
Coleção – Cartofilia (bilhetes postais)
Título – [ILHA DE MOÇAMBIQUE – Dançarina de Tufo]
Fotógrafo- João Cardoso
Doador – Aldónio Gomes
Dimensões – 15x10cm.
Nº inventário-UA-AG-CR-29/4
Informação técnica: Logótipo de uma empresa “Coofimagem”; Cartão sem dobragem; Papel
Descrição – Dançarina de Tufo.

O tufo é uma dança de origem árabe, ligada à religião muçulmana, que pode ser praticada em cerimónias, festas e datas específicas do calendário islâmico. Ela tornou-se vulgar na região nortenha de Moçambique, mais precisamente, no litoral das províncias de Cabo Delgado, Nampula e Zambézia. É uma dança essencialmente feminina, na qual os homens apenas participam como instrumentistas. Todavia, há casos em que os grupos são compostos só por mulheres.

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Em exposição na Biblioteca da UA: “Frederico de Freitas: O Homem, o Músico e o Maestro”

Na data em que se assinala 115 anos do nascimento do compositor português Frederico de Freitas, os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia (SBIDM) da Universidade de Aveiro apresentam ao público uma exposição intitulada “Frederico de Freitas: O Homem, o Músico e o Maestro”, organizada no âmbito de um programa de pequenas exposições temáticas, na Biblioteca.
Esta exposição tem como objetivo continuar a promover a divulgação do espólio pessoal deste compositor português, através de uma mostra de diversos documentos pertencentes ao mesmo e relacionados entre si por ordem cronológica.
O espólio pessoal do compositor Frederico de Freitas, doado à Universidade de Aveiro, em 2010, e integrado no acervo da sua Biblioteca, é composto por um vasto conjunto de partituras (algumas inéditas), programas de concertos, artigos de imprensa (jornais, revistas), discos, fotografias, um vasto conjunto de correspondência e alguns manuscritos.
Por representar uma grande oportunidade para o desenvolvimento de projetos de investigação na área da música, este espólio teve um primeiro tratamento documental financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do projeto «Recuperação, tratamento e organização de acervos documentais», a que os SBIDM se candidataram, em 2010.
Deve-se à filha do compositor, Elvira de Freitas, entretanto falecida, a doação deste espólio à Universidade. Após a morte desta pedagoga e compositora, a família também decidiu fazer doação do seu espólio à UA, estando este já integrado nos acervos especiais da Biblioteca.
A exposição estará patente no hall de entrada da Biblioteca, de 15 de novembro a 9 de dezembro.

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