No mês de outubro destacamos 3 discos de goma-laca

Hymnos, sons da nossa história…

Hymno, expressão usada no séc. XIX e início do séc. XX, são composições musicais escritas para louvar ou glorificar um deus ou outra individualidade, tendo mais tarde dado origem à palavra hino!

Nos casos concretos, são marcas duma monarquia que estava finando, de revoluções que anunciavam  tempos de mudança, e dum presidente, o primeiro, eleito em regime republicano.

O “Hymno Nacional Português” com a mesma melodia do Hino Constitucional de 1826, é aqui dedicado a D. Carlos I, que com a morte deste e do filho D. Luís (regicídio), marca o fim da monarquia em Portugal.

O “Hymno do Minho” é também conhecido por “Hymno da Maria da Fonte”, símbolo minhoto de um ano de revoluções em Portugal, 1846, em que vozes e armas se levantavam contra o governo de Costa Cabral.

O “Hymno de Manoel D’Arriaga” simboliza a primeira presidência em Portugal. Com a Implantação da República em 1910, surge em 1911 a eleição do primeiro Presidente da República Portuguesa, Manoel D’Arriaga.

Concluindo, esclarece-se que estes hymnos são hinos patrióticos, em que as individualidades representam a liberdade, a defesa e a grandeza dum povo, seja através de populares, reis ou presidentes.

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Peça do mês – outubro 2015

Inst. proprietária – Universidade de Aveiro

Categoria – Cerâmica (faiança)

Denominação – Bule de caldo

Data – séc. XX

Fábrica – Fábrica de Alcântara

Dimensões – alt. 7 cm; larg. 19 cm.

Doador – Francisco Madeira Luís

Peça moldada. Formato globular com bico saliente e pega lateral circular. Estampagem monocroma de motivos vegetalistas na cor verde.

Pequeno bule ou molheira para administrar alimentação líquida a doentes acamados.

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Peça do mês – setembro 2015

UA-ML-G-55

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro

Categoria –Gravura

Título – Sem título

Autor – António Pimentel

Data – 1976

Numeração – 55/200

Edição – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses

Medidas – 56 x 76 cm.

Nº inventário – UA-ML-G-55

Técnica – Serigrafia a 10 cores.

Faz parte de uma coleção de gravuras editada pela Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (SCGP), pioneira no fomento e reabilitação da arte da gravura em Portugal no séc. XX. Esta coleção foi doada por Francisco Madeira Luís e é composta por 257 gravuras.

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Peça do mês julho/agosto 2015

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Pintura
Título – Plage près d’Albufeira
Autor – Hélène de Beauvoir
Data – 1942
Técnica – Óleo sobre tela
Medidas – 55×65,5cm.
Nº inventário – UA-HB-P-18

Em 1995, Hélène de Beauvoir realizou uma exposição na Universidade de Aveiro, de pinturas a óleo e desenhos de paisagens e cenas da vida quotidiana, pintadas durante a sua estadia no nosso país durante a Segunda Guerra Mundial, tendo doado essas obras à Universidade de Aveiro. A Universidade dedicou a sala de exposições da Biblioteca à pintora atribuindo-lhe o seu nome.

Biografia da pintora em http://blogs.ua.pt/galeria/?page_id=198

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mux2015

Nos dias 29 e 30 de junho, decorre na sala do senado da Reitoria, a 1ª edição do mux2015, encontro sobre design, tecnologia e comunicação em museus, organizado pelo Departamento de Comunicação e Arte e Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia da Universidade de Aveiro.

No dia 29 pelas 16h será realizada a apresentação “Práticas e projetos em Museologia do sBIDM da Universidade de Aveiro” por Ana Bela Martins e Cristina Cortês. Serão abordadas as várias coleções museológicas, assim como o desenvolvimento do projeto em curso na área da museologia: a implementação da plataforma para gestão e divulgação das coleções museológicas, o Collective Access.

Mais informações e consulta do programa do encontro em: http://mux.web.ua.pt/

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Peça do mês – junho 2015

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Discos 78 rpm
Tipo de material – Goma-laca
Título – São João Bonito: marcha popular
Intérpretes – Maria das Neves, Vasco Sant’Anna, Ribeirinho, Maria da Graça, António Silva e coro
Local de edição – Lisboa?
Editora – Master de Estúdio
Data – Gravado em 193-?
Nº de editor – 803-5
Doador – José Moças

Junho é o mês dos Santos Populares. Um pouco por todo o país, o povo sai à rua para participar nos arraiais. À típica sardinha assada, com a broa, junta-se o vinho. Dança-se, usam-se os martelinhos e o alho porro.  Oferecem-se manjericos com lindas quadras e veem-se as marchas a desfilar.

É deste clima festivo que retiramos um excerto duma canção do filme O Pátio das Cantigas. Os atores Maria das Neves e Vasco Sant’Anna, além do restante elenco, interpretam de forma excepcional a marcha popular São João Bonito.

A ação passa-se num típico pátio lisboeta, com as suas gentes e as suas vidas simples, com os seus problemas, confusões e alegrias. E esta, como outras canções que fazem parte da banda sonora do filme, são elementos marcantes dum povo e das suas tradições.

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Inauguração da exposição “O azulejo de Aveiro – memórias, fábricas e padrões”

Foi inaugurada hoje pelas 14.30h, no átrio da Reitoria, a exposição “O azulejo de Aveiro – memórias, fábricas e padrões”. Esta exposição faz parte do programa “SOS Azulejo”, organizado em parceria pela Universidade de Aveiro, Fábrica Centro Ciência Viva e Câmara Municipal de Aveiro e que está a decorrer no dia de hoje.

O Projeto “SOS Azulejo”, criado em 2007, é de iniciativa e coordenação do Museu de Polícia Judiciária, e tem como base a preservação do Património Azulejar Português face aos casos preocupantes de furto, vandalismo e incúria. O projeto conta com várias entidades parceiras cuja junção permite uma otimização de recursos e a cobertura do leque de vertentes necessárias à efetiva proteção e valorização deste património especial. Este projeto foi galardoado em 2013 com o Grande Prémio Europa Nostra atribuído pela Federação Pan-Europeia para o Património Cultural Europa Nostra sob a égide da Comissão Europeia.

A Universidade de Aveiro (UA) como parceira do Projeto SOS Azulejo, tem desenvolvido ações de investigação no domínio da conservação e restauro de fachadas azulejares, com enfoque nos séculos XIX e XX, resultando em teses de mestrado e doutoramento aplicadas, permitindo estabelecer bases ao nível de técnicas e materiais a utilizar nas ações de conservação. Tendo sido por duas vezes galardoada com o Prémio SOS Azulejo, de atribuição anual, a UA tem promovido a divulgação nesta área, resultando no VI Seminário SOS Azulejo, que decorreu em 5 de dezembro de 2014, com ampla participação.

Face à importância do Património Azulejar Português, com características ímpares a nível internacional, é de destacar a manifestação particular deste património na Região de Aveiro, cujos centros urbanos exibem ampla diversidade de cores e padrões. Nesta região, sendo Ovar, com a sua riqueza decorativa profusamente espalhada pelas ruas, denominada Cidade Museu do Azulejo, também Aveiro tem um património muito especial, quer pelo facto de se distinguir como centro produtor de azulejo, quer pela quantidade de fachadas decoradas com azulejos do início do XX traduzindo a adoção duma nova expressão decorativa inserida em novos estilos arquitetónicos. Interligando os diversos centros urbanos da região, o elemento azulejar aparece tanto em contexto de casas rurais como nas extravagantes casas “de brasileiro” que pautam a paisagem, criando uma continuidade nos percursos entre as cidades.

Com as diversas ações do projecto “SOS Azulejo” pretende-se, assim, caminhar no sentido de salientar a relevância do Património Azulejar da Região de Aveiro, sensibilizando para a sua preservação e para o seu lugar especial como elemento diferenciador da nossa cultura.

Programa “SOS Azulejo” | 6 de maio | Aveiro:

9h30 – 12h30, Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro
Feira de Ciência, Artes e Ofícios sobre o tema azulejo.
Apresentações de trabalhos de alunos das escolas envolvidas.

14h30 – 16h00, Reitoria da Universidade de Aveiro
Inauguração da Exposição “O azulejo de Aveiro – memórias, fábricas e padrões”.
Mostra de painéis e trabalhos desenvolvidos pelas escolas.

21h30 – 23h00, Edifício da antiga Capitania do Porto de Aveiro
Café de Ciência – Aveiro&Azulejo
Conversa informal com Álvaro Domingues, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto; João Carqueijiero, ceramista; Paula Seabra, do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro; e Vasco Peixoto de Freitas, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

informação retirada de ua_online (jornal digital na Universidade de Aveiro)
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Peça do mês – maio 2015

escultura1web

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro

Categoria – escultura

Título – A substância dos livros – vol. XI: o princício e o fim (das coisas)

Autor – João Cunha e Costa

Matéria – Ferro, cerâmica vidrada e ardósia piroexpandida

Esta peça fez parte da exposição ” A substância dos livros” que esteve patente entre o dia 3 até ao dia 18 de outubro de 2013 na Sala de exposições Hélène de Beauvoir, na biblioteca da Universidade de Aveiro. O autor doou à universidade esta escultura, que passou a integrar a coleção de escultura da Universidade de Aveiro.

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Mostra coletiva de quatro artistas plásticos da Universidade de Aveiro

Mostra coletiva de quatro artistas plásticos da Universidade de Aveiro” assim se intitula a exposição a decorrer entre 13 e 30 de abril de 2015, na sala de exposições Hélène de Beauvoir da Biblioteca da Universidade de Aveiro. O evento constitui a primeira de outras exposições que é pretendido posteriormente alargar a outras temáticas e a outros membros da Universidade de Aveiro. Pretende desta vez divulgar trabalhos de pintura realizados por colaboradores desta comunidade.

A exposição conta com pinturas de autores autodidatas como: Adelaide Morgado, António Rato, Helena Ribeiro e João Melo. São 27 obras expostas que abordam temáticas pintadas a óleo, a acrílico e a aguarela.

As paisagens salineiras e coloridas de Aveiro figuram nas telas de António Rato e de João Melo, contrastando com o género surrealista de Adelaide Morgado e de Helena Ribeiro, a qual aponta também para o género abstrato.

Visitar a exposição “Mostra coletiva de quatro artistas plásticos da Universidade de Aveiro” é, pois, uma ótima oportunidade para conhecer ao vivo a diversidade de produções plásticas feitas por gente da “casa”.

Ribeira do Porto, António Rato, 2015, Óleo s/ tela, 100cm X 90cm  O véu, Helena Ribeiro, 2012, Acrílico sobre tela, 100cm X 80cm

Nestum, Bomboca, mete nojo e o outro, Adelaide Morgado, 2014, Aguarela, 56cm X 76cm  Bateiras da Ria de Aveiro II, João Melo, 2013, Acrílico sobre papel, 60cm X 30cm

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Peça do mês – abril de 2015

CT-ML-I-491

Instituição proprietária – Universidade de Aveiro
Categoria – Material gráfico
Subcategoria – Cartazes
Título – O povo está com o MFA
Autor – João Abel Manta
Editor – MFA – Dinamização Cultural – Acção Cívica
Data de edição – [197-?]]
Dimensão – 33 x 33 cm.
Nº inventário – CT- ML-I-491

 

João Abel Manta

João Abel Manta (Lisboa, 1928) é um arquitecto, pintor, ilustrador e cartoonista português.

Autor de uma obra multifacetada, centrada sobretudo na arquitetura, desenho e pintura, João Abel Manta afirmou-se no panorama cultural português a partir do final da década de 1940. Nos anos que se seguiram teve importante atividade no domínio da arquitetura, que abandonaria progressivamente em favor das artes, destacando-se como um dos maiores cartoonistas portugueses das décadas de 1960 e 1970. Nos anos anteriores e posteriores ao 25 de Abril publicou regularmente, em jornais de grande tiragem, trabalhos emblemáticos da situação político-social portuguesa nesse período de transição (queda da ditadura e implantação de um regime democrático). Na década de 1980 redirecionou uma vez mais a sua obra, centrando-se prioritariamente na pintura.

Informação retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Abel_Manta

Movimento das Forças Armadas

O MFA ou Movimento das Forças Armadas foi uma organização ilegal arquitetada dentro do exército português durante a ditadura de Salazar, que teve também um papel de destaque no início da Terceira Republica Portuguesa. Esta organização era maioritariamente constituída por oficiais de baixa graduação e foi responsável pelo golpe militar conhecido como a Revolução dos Cravos, que acabou com o Estado Novo em Portugal no dia 25 de Abril de 1974.

O MFA aparece no ano de 1973 como um movimento de oficiais jovens que combatiam em África. Estava constituído por militares de ideias de esquerda e as razões que agitavam os seus membros eram o desejo de liberdade democrática e o descontentamento da política seguida pelo governo em relação à Guerra Colonial. Os seus principais objectivos eram o fim da guerra, a retirada das tropas das colónias, eleições livres e suprimir a polícia política portuguesa (PIDE: Polícia Internacional e de Defesa do Estado).

A sua ação mais relevante foi o golpe de estado da Revolução dos Cravos. No dia 25 de Abril de 1974, o MFA tomou os pontos estratégicos do país e derrubou o regime ditatorial. As tropas foram comandadas no terreno por diversos capitães, entre os quais Salgueiro Maia, que comandou as tropas vindas da escola de cavalaria de Santarém. No quartel da Pontinha, as operações eram dirigidas pelo brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho.

Durante este turbulento processo de transição, o MFA teve um papel fundamental na vida política portuguesa.

Depois das mobilizações do 28 de Setembro de 1974, o general Spínola foi obrigado a renunciar à presidência da República, que foi entregue ao general Costa Gomes. Em Março de 1975 e depois da tentativa de golpe de estado spinolista, o MFA anunciou que se tinha iniciado a transição ao socialismo em Portugal. Foram nacionalizadas toda a banca e a maior parte da indústria. Também se iniciou um processo de reforma agrária.

Em abril de 1975 sofreu um revés eleitoral a favor do Partido Socialista. No verão de 1975 o Partido Socialista e o Partido Social-democrata saíram do 4º governo provisório, dirigido pelo militar Vasco Gonçalves, do MFA, que era acusado de não respeitar a democracia e de querer impor um regime socialista.

O PREC (Processo Revolucionário em Curso) acabou com o golpe de estado de 25 de novembro através do sector moderado do MFA, liderado por Ramalho Eanes.

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